Está na hora da primeira chegada em alto da Volta a Portugal! A subida ao Alto da Torre irá marcar o primeiro duelo entre os trepadores na tentativa de fazer diferenças.

 

Percurso

159 quilómetros entre a Sertã e o alto da Torre. 140 quilómetros de algum sobe e desce, com 3 contagens de montanha e mais 5 pequenas colinas, que servirão para aquecer os motores dos ciclistas.



A passagem pela cidade da Covilhã, onde está situada uma meta volante, marcará o início da subida para a Torre (20,2 kms a 6,4%). A partir a estrada inclina, e muito! Os primeiros 10,3 quilómetros são a 7,4%, altura em que os ciclistas passam nas Penhas da Saúde e em Piornos. Após dois quilómetros mais acessíveis, um deles em descida, a estrada volta a inclinar para os derradeiros 6100 metros que têm uma inclinação média de 7,1% até à chegada ao ponto mais alto de Portugal Continental.

 

Táticas

Pelo 3º dia consecutivo, devemos ver a Glassdrive/Q8/Anicolor no comando do pelotão, com Afonso Eulálio e Fábio Costa a terem muito trabalho pela frente, talvez até à Covilhã. Com o bloco mais forte, acreditamos que as restantes equipas vão deixar a formação de Ruben Pereira comandar na subida para a Torre e ver no que dá o desgaste da mesma.

Mesmo assim, a equipa de Águeda tem várias opções pelo que também pode atacar à vez de forma a obrigar as restantes equipas a terem que trabalhar. Têm acontecido ataques de longe, ainda no ano passado Alejandro Marque venceu assim, mas tudo se deve decidir nos derradeiros 6,1 quilómetros. A grande rival da Glassdrive/Q8/Anicolor deve ser a Efapel Cycling, equipa também com várias alternativas.

 

Favoritos

Mauricio Moreira está de regresso ao nível que apresentou na Volta a Portugal do ano transato, onde mostrou ser o mais forte nas principais chegadas em alto. Tanto pode ganhar com um ataque de longe como esperando pelo sprint. O uruguaio tem uma explosão incrível e sabe que aí consegue ganhar segundos preciosos na luta pela vitória.



Uma alternativa na Glassdrive/Q8/Anicolor é Frederico Figueiredo. O português foi o ciclista mais regular até ao início da prova quando a estrada inclinava, tendo já 4 vitórias, incluindo duas chegadas em alto. Muito combativo, o trepador luso não tem medo de atacar e a sua equipa pode apostar nele para mexer de longe.

 

Outsiders

Joaquim Silva começou bem a temporada, inclusive no estrangeiro, onde foi 9º na Vuelta as Astúrias, para depois se preparar para a Volta a Portugal. O português é um dos melhores trepadores do pelotão nacional, está numa equipa muito forte, e não se admirem que ataque de longe. Este é o terreno predileto do ciclista de 30 anos.

No regresso a Portugal, Délio Fernandez tem ido de menos a mais, programando o seu pico de forma na perfeição. O 3º lugar no recente GP Douro Internacional ter-lhe-á dado muita confiança para a Volta a Portugal. O galego de 36 anos conhece esta subida muito bem, já aqui venceu em 2015. Já não tem a explosão de outros tempos, prefere chegar isolado.



António Carvalho é outro nome a considerar na Glassdrive/Q8/Anicolor. O português aparece sempre na altura da Volta a Portugal, e o 2º lugar no GP Douro Internacional é prova disso. Aos 32 anos, e já com triunfo na Senhora da Graça, conquistar a Serra da Estrela seria um marco importante. Deverá ser chamado ao trabalho cedo, mas numa corrida mais tática pode triunfar.

 

Possíveis surpresas

A Efapel Cycling poderá dar muitas dores de cabeça à Glassdrive/Q8/Anicolor e, para além de Joaquim Silva, tem em Tiago Antunes e Henrique Casimiro duas excelentes opções. Ambos deram muito boa conta de si no prólogo, mostraram excelente forma. Se Henrique Casimiro já é um poço de experiência, Tiago Antunes tem sido uma das confirmações da temporada, não é um puro trepador mas se aguentar até aos quilómetros finais é um perigo. Alejandro Marque venceu neste local o ano passado, nunca pode ser descartado mas sabe que a ganhar tem que ser da mesma forma, algo que será difícil pois os rivais já sabem o que esperar. Luís Fernandes e Hugo Nunes são as opções na Rádio Popular-Paredes-Boavista, não nos admiramos que um deles ataque de longe. Vicente de Mateos é o líder da Aviludo-Louletano, veremos se volta ao seu nível antigo, aí é um sério candidato. Nas equipas nacionais, olho em Bruno SIlva e Hélder Gonçalves. Por fim, nas equipas estrangeiras, atenção a Jhojan Garcia, Adriá Moreno e Pelayo Sanchez.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são André Cardoso e Jesus del Pino.




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