A Vuelta despede-se de Portugal com mais uma oportunidade para os sprinters, com chegada a Castelo Branco. Será Wout van Aert capaz de vencer com a camisola vermelha?

Percurso

A derradeira etapa em solo nacional começa na Lousã e mais uma longa maratona com mais de 190 quilómetros. Os primeiros 20 quilómetros têm alguns pequenos topos mas não deverão ser usados para endurecer a corrida. O Alto da Teixeira (17,4 kms a 3,2%) e o Alto de Alpedrinha (6,3 kms a 3,3%) são duas subidas bastante longas mas não têm pendentes muito íngremes, pelo que não devem afastar os sprinters.

A última subida fica a mais de 40 quilómetros do fim, a alta velocidade, aproveitando a descida e a fase plana, os ciclistas irão chegar a Castelo Branco para o final da 3ª etapa.

 

Táticas

As oportunidades para os sprinters não são assim tantas, apesar das dificuldades acreditamos em mais uma chegada ao sprint. Primeiro que tudo, as subidas apesar de longas não são duras o suficiente. Este terreno é bastante usado na Volta a Portugal e mesmo aí o pelotão chega muito bem composto a Castelo Branco. O pelotão da Vuelta é ainda mais forte, pelo que deve ser ainda maior.

A juntar a isso, muitos ciclistas querem vencer, os sprinters sabem que têm oportunidades únicas de vencer numa Grande Volta. Wout van Aert também quer vencer, o belga tem esta etapa apontada, já o disse, e vencer como líder seria excelente. A Alpecin-Deceuninck deve dominar a chegada, o comboio hoje não funcionou devido às subidas, amanhã será diferente e importante para a chegada.

Favoritos

Ontem esteve perto, hoje é o dia de Wout Van Aert triunfar. O belga já tem a liderança, que era um dos objetivos, agora é hora de procurar a vitória que tanto quer. Um final em empedrado e com mais um bom lançamento de Eduardo Affini são as condições necessárias.




Pela primeira vez esta temporada, Kaden Groves levantou os braços. O australiano teve um sprint bastante convincente, fruto de estar na posição ideal. Ontem não teve o seu lançador consigo, se o tiver amanhã estará mais perto de vencer.

Outsiders

Um sprint após um dia mais acessível são melhores notícias para Pavel Bittner. O checo é um ciclista muito possante, o que o fará tirar partido desta chegada. Chega muito confiante, fruto das duas vitórias na Vuelta a Burgos.

Corbin Strong tem-se dado muito bem com este tipo de chegadas, sempre na disputa dos primeiros lugares. Com tão poucos sprinters de topo, o australiano deve estar a esfregar as mãos, tem uma excelente oportunidade para vencer numa Grande Volta.

Arne Marit é mais um sprinter bastante possante, um ciclista que é talhado mas estás etapas mais acessíveis. Ontem não conseguiu estar na disputa, tem que dar nas vistas nesta chegada, as suas oportunidades não são assim tantas.

Possíveis surpresas

Bryan Coquard foi uma das desilusões do dia, nem no top-10 conseguiu terminar, muito pouco para a sua qualidade. O gaulês tem de começar a mostrar mais, apesar de não ser uma chegada perfeita para si. Jon Aberasturi irá fazer valer a experiência durante toda esta Vuelta, o basco tem conseguido colocar-se muito bem, a sua regularidade vai-lhe valer um excelente resultado. Apesar de não ser um sprinter, Mathias Vacek pode estar na luta, é uma boa chegada para as suas características.




Pau Miquel foi uma agradável surpresa, o ciclista da Kern Pharma terminou em 4°, alto inesperado. A confiança estará em alto, melhorar já será excelente. Com tão poucos sprinters, Carlos Canal e Jonathan Narvaez são ciclistas que podem estar na luta, a Vuelta acaba sempre por surpreende, por isso acreditamos que queiram estar entre os primeiros. Lennert Van Eetvelt e Stefan Kung são opções que, na teoria, não são assim tão óbvias mas devido às suas características não são de descartar.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Arjen Livyns e Ide Schelling.

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