Longa maratona ao 3º dia de Giro, com uma etapa onde o final é bastante complicado, o que pode deixar alguns homens rápidos para trás. Quem irá sobreviver e levantar os braços?

 

Percurso

Uma das maratonas deste Giro, com 216,9 quilómetros, num dia que pode ser dividido em duas fases, uma primeira plana, até ao quilómetro 173 e depois uma ondulada, com com duas subidas categorizadas. Valico dei Laghi Di Monticchio (6,3 kms a 6,4%) eValico La Croce (3,1 kms a 6,1%) sucedem-se em poucos quilómetros, com o topo da última subida a estar a menos de 20 quilómetros do final.



Segue-se uma rápida descida até ao sprint bonificado à falta de 15 quilómetros e, até à chegada em Melfi, a estrada é em ligeira subida. O final é algo técnico, com bastantes curvas e com os últimos 300 metros a 3,3% de média.

 

Táticas

Esta é uma daquelas etapas onde sabemos, desde logo, que na parte final, algumas equipas vão forçar o ritmo para tentar deixar alguns sprinters para trás. Trek-Segafredo, EF Education e Jayco devem ser as equipas a tomar a iniciativa, só que por outro lado, as subidas não são assim tão duras e estando no início de uma Grande Volta, os ciclistas ainda estão relativamente frescos, pelo que dificilmente veremos muitos homens rápidos a cederem. Alguns vão ficar para trás, mas não muitos.

 

Favoritos

O azar bateu à porta de Mads Pedersen no dia de hoje, o dinamarquês estará ainda mais motivado para conseguir um bom resultado amanhã, não só para libertar a pressão mas começar a somar pontos. A Trek-Segafredo pode forçar o ritmo, sabe que Pedersen não irá ficar para trás e, depois da subida ainda terá bastantes elementos para controlar.



Kaden Groves tem subido cada vez melhor, o australiano pode não ser conhecido por essa habilidade mas nos seus melhores dias não tem dificuldades. O ciclista da Alpecin-Deceuninck terá toda a equipa a trabalhar para si mas sabe que tudo depende de si, principalmente nas subidas. Se chegar ao final, é um dos grandes candidatos.f

 

Outsiders

Esta deve ser uma das etapas que Michael Matthews tem marcado no livro de prova desde o início, é nestes dias com um final duro que Bling pode aproveitar passar com facilidade e não sofrer, ao contrário dos seus rivais. A Jayco irá dar tudo, sabem que é com Matthews que mais hipóteses têm de ganhar e quanto mais reduzido foi o grupo melhor.

Porque não pensar em Primoz Roglic? O esloveno é um especialista neste tipo de chegadas e, depois dos sprinters sofrerem nas subidas, o corredor da Jumbo-Visma estará ainda mais confiante. Na Vuelta, muitas vezes, dominou. No seu pensamento, está na hora de começar a recuperar o tempo perdido, e na melhor do que com uma vitória e bonificações.



Vincenzo Albanese pode ser um nome alternativo, só que o italiano chegou a voar ao Giro e tem que aproveitar este momento de forma para conseguir um grande resultado. O ciclista da EOLO não é ganhador, poucas são as vitórias na carreira, mas se há altura em que pode aproveitar o seu momento é este.

 

Possíveis surpresas

Esta é uma etapa ao jeito de Magnus Cort, não acreditamos é que o dinamarquês ainda esteja na melhor forma, pelo que dificilmente irá vencer, só num dia em que tudo seja perfeito. Andrea Vendrame é mais um nome a considerar, é neste tipo de etapas que o transalpino pode conseguir um bom resultado, só que nos últimos tempos não se tem imiscuído muito nas chegadas rápidas, talvez protegendo-se e pensando nos dias mais duros. Entre os sprinters, Jonathan Milan até consegue passar bem as dificuldades, estará ainda mais motivado depois do triunfo de hoje. Simone Consonni, Jake Stewart e Alberto Dainese são outros nomes que podem estar na luta. Entre os homens da geral e classicómanos Tao Geoghegan Hart, Remco Evenepoel, Patrick Konrad e Samuele Battistella, são dos nomes que vemos a poderem estar na discussão, principalmente, se a corrida for mais endurecida, têm uma boa ponta final quando a estrada inclina.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Andrea Pasqualon e Filippo Fiorelli.



By admin