Após dois dias mais complicados, está na hora dos sprinters aparecerem! Dia praticamente plano mas onde as dificuldades serão outras.
Percurso
Pontivy vai acolher a primeira chegada ao sprint da Volta a França, num dia praticamente plano, onde se destacam apenas duas quartas categorias. Apesar disso, há várias pequenas subidas, a última delas a 7500 metros da chegada, sendo que depois se segue uma descida até aos derradeiros 3 quilómetros.
Aí aparecem as curvas, e logo duas de forma consecutiva a 2300 metros da chegada. A acrescentar, a 1600 metros do fim, a estrada fica mais estreita, reduzida a uma via, seguindo-se, 200 metros depois, uma nova curva. A partir daqui estamos na longa reta da meta, onde a estrada volta a alargar.
Táticas
Dia sem grandes dificuldades, onde devemos ver Deceuninck-QuickStep, Lotto Soudal, Groupama-FDJ e talvez Alpecin-Fenix a trabalharem. Será crucial entrar na frente na descida a 7,5 quilómetros da chegada, prevê-se chuva o que pode levar a cortes e a possíveis ataques devido à perigosidade da estrada.
No final, também será essencial um comboio, devido às muitas curvas consecutivas e será importante entrar com, pelo menos, 2 homens à frente do seu sprinter, uma vez que a reta ainda é longa.
Favoritos
A missão de Caleb Ewan é vencer etapas nas 3 Grandes Voltas e porque não pensar em conseguir o triunfo no Tour logo à primeira tentativa? O australiano não costuma vencer logo ao 1º sprint no entanto já tem alguns dias de competição, o que o favorece. Para além disso, traz o seu comboio habitual com Tosh van der Sande, Roger Kluge e Jasper de Buyst, três corredores muito fiáveis naquele final.
Teremos o regresso de sonho de Mark Cavendish? Quem tem Michael Morkov está mais perto de triunfar e a adição de Davide Ballerini é importante. O britânico, por vezes, tem falhado a roda de Morkov, tem que confiar mais no seu lançador pois se o fizer já se viu que está muito mais perto da vitória.
Outsiders
Arnaud Demare parte em busca do sonho verde, após um ano e meio de grande nível. O francês não tem apostado muito nos sprints intermédios, apesar de lá estar sempre, talvez poupado energia para a etapa de hoje. Miles Scotson e Jacopo Guarnieri vão ser importantes e Demare confia nos seus companheiros de olhos fechados, correm há muito tempo juntos.
Com a Trek-Segafredo nunca se sabe, mas com uma reta de meta longa e condições de chuva, Mads Pedersen deve ser a aposta. O dinamarquês adora este tipo de etapas e finais, onde consegue colocar na estrada toda a sua potência. Caiu no sábado, mas sempre grandes consequências. Edward Theuns e Jasper Stuyven formam o seu comboio.
Peter Sagan é dos corredores que não tem medo de arriscar, neste tipo de finais entra sempre bem colocado e isso vale muito. A longa reta da meta não o favorece mas se os seus rivais lançarem o seu sprint cedo mais, isso pode dar uma oportunidade de ouro ao eslovaco.
Possíveis surpresas
Quem será a aposta da Alpecin-Fenix? Tim Merlier caiu ontem e Jasper Philipsen vem de lesão, no entanto o último foi ao sprint intermédio de hoje, pelo que está focado na classificação por pontos, o que pode levar a indicar que seja a aposta para amanhã. Cees Bol tem uma equipa focada em si, o seu comboio é bastante extenso, veremos se o holandês o consegue seguir, não será fácil, perde-se com facilidade, ainda por cima num final técnico. Caso contrário, a reta da meta é ideal para si. Danny van Poppel e Nacer Bouhanni têm feito alguns sprints de grande nível este ano, chegam motivamos, após alguns anos de ausência do Tour, a motivação tem que estar no máximo. Sonny Colbrelli, Michael Matthews e Bryan Coquard prefeririam um dia e um final mais duro, não devem almejar mais que um top-10 final.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Max Walscheid e Ivan Garcia.