Uma etapa classificada como plana, mas uma subida de 3ª categoria a meio pode dar ideias a algumas equipas.
Percurso
Uma etapa plana da nova era do ciclismo. 140 kms relativamente fáceis, mas com uma subida de 3ª categoria a meio, com 12,4 kms a 5,2%. Na verdade, são praticamente 25 kms sempre a subir, nunca com grande pendente. Os últimos 35 kms não têm qualquer dificuldade de maior e o vento pode ser um obstáculo, há zonas muito expostas.
Tácticas
Adivinha-se um Sagan e Matthews vs Gaviria e Demare, obviamente com as respectivas equipas ao barulho. A Sunweb e a Bora-Hansgrohe têm boas equipas para destruir a corrida, será que querem já fazer isso à etapa 4 quando ainda há tantas oportunidades? Essa é a grande questão. A Quick-Step gostará dos 2 cenários e pode ser uma importante aliada, tem Hodeg para o sprint puro e Ballerini para o sprint restrito.
Favoritos
Num grupo sem os sprinters mais poderosos pensamos que neste momento o mais forte é Davide Ballerini, que esteve brilhante nos Europeus e durante o último mês. A Quick-Step está muito motivada, ainda para mais com a camisola rosa de João Almeida, mas pode ter falta de homens de trabalho na parte final.
Fernando Gaviria tem 7 vitórias em Grandes Voltas na sua carreira, 5 delas vieram na 1ª semana, o colombiano claramente prefere os sprints antes da dureza montanhosa, visto que é muito possante. Caso quase todos sobrevivam ainda contará com o perigosíssimo comboio composto por Juan Molano e Max Richeze.
Outsiders
Arnaud Demare fartou-se de vencer em Agosto, mas em Setembro ainda não impressionou da mesma forma. Veremos se a condição física do gaulês ainda está afinada amanhã, ele que ainda só tem 3 triunfos em provas de 3 semanas na carreira. A FDJ fez uma grande aposta nele para este Giro e dará tudo.
Peter Sagan continua longe dos seus melhores momentos, amanhã vai querer quebrar um jejum de mais de 1 ano, algo impensável no início da temporada. Na 2ª etapa foi incapaz de segurar Diego Ulissi, faltou-lhe alguma explosão nos metros finais, estará ao nível do Tour.
Num sprint com metade do pelotão é preciso muito cuidado com Simone Consonni. O italiano passa melhor a montanha que Viviani e se Viviani ficar para trás certamente Consonni não vai esperar. No Tour mostrou boa forma e que sprinta bem depois de um dia duro.
Possíveis surpresas
Em caso de sprint com o grupo completo obviamente Elia Viviani e Alvaro Hodeg têm tudo para estar na luta pelo pódio, principalmente Hodeg se contar com a ajuda de Ballerini. De resto não há muitos sprinters de topo, por isso mesmo a Israel Start-Up Nation com Rudy Barbier, Rick Zabel e Davide Cimolai arrisca-se a colocar 2 ou 3 elementos no top 10. Jhonatan Narvaez pode-se intrometer na luta num grupo reduzido, Luka Wackermann está em boa forma mas quanto mais reduzido o grupo melhor para o corredor da Vini Zabu-Ktm e Giovanni Lonardi é a maior esperança da Bardiani para um bom resultado ao longo do Giro. Andrea Vendrame é um nome seguro para o top 10.
Super-Jokers
Os nossos Super-Jokers são: Max Richeze e Fabio Felline