Depois da confusão que foi o dia de hoje, amanhã os sprinters voltam a ter nova oportunidade! Alguns foram ao chão, muitos outros nem estiveram na luta. Quem será o mais forte?
Percurso
Dia ainda mais fácil que hoje, sem contagens de montanha, o que revela a facilidade da etapa que os ciclistas terão pela frente. 149, 5 quilómetros, uma tirada curta onde o final volta a ser técnico.
A 2800 metros do fim surge uma rotunda, seguindo-se outra a 1900 metros. Já dentro do quilómetro final, aparece uma curva a 800 metros, logo seguida de outra a 600 metros. Para além disso, o final tem nos últimos 200 metros uma inclinação de praticamente 6%.
Táticas
Depois da carnificina de hoje, amanhã esperamos um dia calmo, há muitos corredores que ficaram mal tratados e não quererão entrar em loucuras. Houve sprinters a cair e outros que nem chegaram a estar na disputada devido às mesmas quedas. A Alpecin-Fenix está mais confiante que nunca, devemos vê-la na frente, e a Groupama-FDJ e a Deceuninck-QuickStep devem juntar-se de modo a anular a fuga do dia.
Favoritos
Mark Cavendish não disputou o sprint final mas não caiu, apesar de ter ficado retido numa das muitas quedas. O britânico está pronto para a “vingança” após uma oportunidade falhada e isso costuma motivar ainda mais os grandes campeões. Num final como este, o comboio e o lançamento do sprint serão essenciais e, tal como dissemos ontem, quem tem Michael Morkov está mais perto de vencer.
A aposta de hoje da Alpecin-Fenix foi Tim Merlier por isso acreditamos que amanhã continue a ser o belga, ainda para mais depois da forma como ganhou. A confiança está em alto, já venceu no Giro e no Tour, e o final em subida é perfeito para si. Tem um grande comboio à sua disposição.
Outsiders
Esta é uma chegada ideal para Peter Sagan, que gosta de finais em ligeira subida. O eslovaco estava a pensar entre os pingos da chuva nas quedas de hoje, mas já na reta da meta viu Caleb Ewan deitá-lo ao chão. Levantou-se prontamente pelo que não deve ser nada de preocupante. Tem a camisola verde em mente, não pode falhar em mais nenhuma chegada ao sprint.
Sem Caleb Ewan, Arnaud Demare fica com mais responsabilidade, é um dos sprinters mais ganhadores e em melhor forma em 2021. O francês vem com uma equipa maioritariamente focada em si, tem praticamente todo o seu comboio habitual, incluindo o fiel Jacopo Guarnieri. Uma chegada em ligeira subida também lhe assenta bem.
Cees Bol foi mais um dos muitos que não sprintou hoje e é outro que gosta de finais em ligeira subida. É certo que o final algo técnico pode não o favorecer porque se perde fácil do seu comboio, mas se o conseguir seguir tem uma grande oportunidade para vencer, uma vez que a Team DSM é das melhores neste tipo de trabalho e nestas chegadas.
Possíveis surpresas
Se Wout van Aert tiver liberdade para fazer a sua corrida, esta é uma chegada muito boa para si. Por natureza o campeão belga já é um corredor rápido, então com uma ligeira inclinação ainda vai conseguir ganhar mais vantagem para os sprinters puros. Na Trek-Segafredo, esta chegada encaixa nas características de Mads Pedersen e Jasper Stuyven, dois corredores muito completos e que, nos melhores dias, conseguem estar na discussão destes finais. O 3º lugar de hoje dará muita confiança a Nacer Bouhanni, está de regresso ao Tour à procura de uma vitória que lhe falta na carreira. É um corredor que não tem medo de arriscar. Michael Matthews e Sonny Colbrelli deverão estar mais confiantes ao verem esta chegada, é um final que lhes assenta bem, com mais dureza talvez fosse melhor mas já se conseguem aproximar da velocidade dos homens mais rápidos. Por fim, atenção a Jasper de Buyst, Bryan Coquard, Christophe Laporte e Danny van Poppel.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Andre Greipel e Max Walscheid.