Segunda tirada consecutiva em que os sprinters devem ser os protagonistas, desta vez o final será num circuito de automobilismo, será Jasper Philipsen capaz de bisar nesta Volta a França?

Percurso

Uma das jornadas mais acessíveis desta edição, 182 kms entre Dax e Nogaro, com o sprint intermédio a meio da etapa e a contagem de 4ª categoria (bem fácil) dentro dos 30 kms finais. O dia vai estar mais ao menos como hoje em termos de clima, perfeito para a prática da modalidade, cerca de 25 graus de temperatura com vento fraco a moderado. Passemos então para os quilómetros finais, que ocorrem dentro de um circuito de automobilismo. Isto faz com que haja imensas curvas entre os 5 e os 2 kms para a meta, algo que no mapa parece exagerado porque a estrada é extremamente larga. As últimas 2 curvas são a 900 metros e a 700 metros da meta, a recta da meta é bem maior do que hoje.

Tácticas

Não há grande estratégia aqui, uma fuga no máximo com 2/3 ciclistas que será facilmente controlada pelas equipas dos sprinters. Depois as equipas da geral vão querer estar na frente por causa dos cortes e das quedas e às vezes é nestas jornadas aparentemente inofensivas que os acidentes acontecem. A partir daí vai haver duelo de comboios e dos homens rápidos.

Favoritos

Dylan Groenewegen – A Jayco hoje falhou um pouco no timing, ainda assim o holandês até conseguiu um bom resultado. Tradicionalmente fazem uma boa análise do que aconteceu e corrigem, vão querer imitar o que a Alpecin fez hoje e se há ciclista que consegue isso é Luka Mezgec, dos lançadores mais experientes e eficazes do pelotão.




Fabio Jakobsen – Hoje a Quick-Step fez quase tudo bem, foram quase perfeitos num final técnico. Dominaram a frente do pelotão até ao quilómetro final, mas Kasper Asgreen não teve a capacidade e explosão de continuar na frente com o ritmo dos rivais. Veremos se aprenderam com o erro, possivelmente será Yves Lampaert o antepenúltimo elemento do comboio, nota-se bem a falta de Florian Senechal neste alinhamento.

Outsiders

Jasper Philipsen – Todos vão ter o belga nos favoritos e com razão para isso, hoje foi perfeita e o seu comboio também. Deambularam pela frente sem gastar recursos e perder posições e atacaram na altura certa com um lançamento incrivelmente bem medido por parte de Mathieu van der Poel. Philipsen é incrível a colocar-se mas a concorrência é de peso, esta estratégia não vai resultar sempre, será que falha amanhã?

Mads Pedersen – Por alguma razão o comboio que habitualmente trabalha tão bem falhou redondamente, talvez seja prejudicial concentrarem-se também na colocação de Ciccone e Skjelmose. O dinamarquês prefere um sprint em grupo mais reduzido, no entanto sprints longos e lançados de longe também lhe assentam bem, esperará que Kirsch e Stuyven o consigam colocar melhor.

Phil Bauhaus – É dos melhores ciclistas do Mundo a “surfar” entre rodas e comboios, de alguma forma logra quase sempre uma colocação aceitável. Restava saber se tinha a condição física e hoje viu-se que tem e o pódio que conseguiu hoje será certamente um motivo de confiança e a Bahrain quer muito esta vitória.

Possíveis surpresas

Mark Cavendish – Mostrou debilidades assim que o terreno sobe, só que amanhã quase que não sobe e isso é bom para o britânico. Continua sem grande comboio, apenas com Cees Bol e hoje fez top 10 mesmo sem grande colocação, continuo a achar que a vitória será quase impossível, mas o pódio uma possibilidade.




Wout van Aert – É um corredor que está mais a apostar nos sprints em grupo reduzido e não está a mostrar assim tanta vontade de ir à camisola verde quanto isso. Isso pode implicar que amanhã não arrisque tudo e não se queira colocar no meio da confusão. Hoje mostrou que bem colocado pode perfeitamente ir à etapa.

Jordi Meeus – Conta com um lançador de luxo, o problema maior é o posicionamento para não terem de fazer recuperações dentro dos 2 quilómetros finais.

Sam Welsford – Já se viu que o comboio da DSM não está incrível, Welsford é muito poderoso e tem uma ponta final incrível, até que ponto não seria melhor arriscar e escolher uma roda e seguir nessa roda até aos 200 metros finais? Um pouco como Bauhaus.

Caleb Ewan – A Lotto-Dstny até fez um bom trabalho hoje, estiveram quase sempre na frente e Ewan nem perdeu muito a roda do seu lançador, mas isso não vai acontecer sempre, o australiano prefere um final num pequeno topo.

Peter Sagan – Hoje viu-se bem que está completamente fora dela.

Christophe Laporte – Bom, se Wout van Aert escolher não se meter na confusão o francês da Jumbo-Visma terá uma boa oportunidade e poderá perfeitamente fazer pódio.

Biniam Girmay – Ocasionalmente faz bons resultados neste tipo de etapas, mas hoje viu-se bem que o comboio é curto e frágil, colocar-se bem será um desafio hercúleo, perde em quase todos os duelos corpo a corpo.

Corbin Strong – Vai estar na luta, não tem a ponta final necessária numa etapas destas.

Bryan Coquard – O mesmo de Corbin Strong, precisa de um pelotão de 60/70 ciclistas para brilhar.

Super-Jokers

Os nossos Super-Jokers são: Soren Waerenksjold e Jenthe Biermans

 

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