O dia de descanso está aí à porta no entanto falta ainda mais uma etapa, corrida em torno do Parque Natural da Serra da Estrela e que pode provocar novas diferenças na classificação geral.



 

Percurso

O Parque Natural da Serra da Estrela vai servir de pano de fundo para a 5ª tirada da Volta a Portugal depois da incursão no mesmo. Com partida em Oliveira do Hospital a jornada passa por Seia, por Gouveia, para terminar na Guarda. Apesar das maiores dificuldades estarem guardadas para o final este é um dia muito duro, quase 3000 metros de acumulado num sobe e desce constante.

No final há 2 contagens de montanha, a primeira de 2ª categoria tem 14200 metros a 3,4%, é uma subida relativamente acessível raramente passa dos 6%. Depois temos então a contagem de 3ª categoria coincidente com a meta no centro da Guarda, aí são 3000 metros a 6,3%, mas com o último quilómetro a empinar a quase 10% e a ser feito em empedrado.

 

Favoritos

Estando esta etapa antes do dia de descanso esperamos ver os ciclistas deixar tudo na estrada pois, de seguida, terão tempo para recuperar as energias. Esta chegada à Guarda é já tradicional na Volta, noutras edições fez-se depois de passagem pela Torre, e já venceram aqui Amaro Antunes e Gustavo Veloso. Final muito explosivo.

Vicente Garcia de Mateos pareceu dos mais fortes no dia de hoje no entanto não conseguiu disputar o sprint final depois de se ter tido um incidente com Edgar Pinto. O espanhol sempre foi um corredor muito explosivo e, este ano, tem sido aí que se tem destacado. A sua equipa esteve muito ofensiva hoje e amanhã quererá a vitória que fugiu na Torre.



Luís Mendonça esteve perto da vitória em Loures, medindo mal o seu ataque, sendo ultrapassado muito perto da meta. Esta é mais uma chegada ao seu jeito, muito explosiva, para um corredor que se tornou mais que um sprinter. Tendo já feito esta chegada, o ciclista da Rádio Popular-Boavista sabe o momento certo para atacar e conseguir a desejada vitória.

 

Outsiders

De pedra e cal na liderança, Gustavo Veloso tem aqui uma oportunidade para reforçar a sua vantagem. Sempre com disponibilidade física para estar na luta nestes finais, aos 39 anos, o galego ainda não perdeu a sua rápida ponta final e ainda conta com alguma explosão.

Daniel Mestre está na luta pela camisola verde, onde lidera com uma confortável vantagem. Apesar de já ter uma vitória, amanhã pode ser um ciclista protegido, uma vez que tem mais um final ao seu jeito. Mestre é mais que um sprinter, adaptando-se como poucos a esta chegada.

Temos insistido em Marco Tizza mas até agora o italiano não tem conseguido estar na luta, apesar de alguns top 10. Em relação aos ciclistas já referidos, hoje poupou-se mais, o que pode ser importante para o final de amanhã. Típico ciclista transalpino que adora chegadas duras.



 

Possíveis surpresas

A W52/FC Porto possuiu mais cartas e, após o sprint de hoje, João Rodrigues tem que ser considerado como um forte candidato. Tem o “punch” necessário para surpreender os grandes favoritos e, talvez, encurtar a sua diferença para Veloso. Edgar Pinto é outra alternativa na equipa de Nuno Ribeiro, isto se estiver bem após a queda de hoje. Foi incrível a forma como Mikel Aristi ganhou em Loures, um ataque no momento certo e uma explosão incrível. Veremos se o cenário se repete amanhã, conseguindo mais uma vitória para a Euskadi-Murias em solo luso. Por fim, atenção aos estrangeiros Christian Montoya e Danilo Celano, que podem aproveitar a marcação das equipas portuguesas e conseguir vencer.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Daniel Freitas e Jesus del Pino.




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