Com as energias recarregadas, o pelotão regressa à estrada para uma nova chegada em alto, desta vez no Santuário de Nossa Senhora da Assunção.

 

Percurso

O regresso da Volta a Portugal faz-se em Águeda, num dia com 171,3 quilómetros, com chegada a Santo Tirso. Até lá, o pelotão terá pela frente um terreno ondulante, com três contagens de montanha (não muito longas nem muito duras) e outros três sprints intermédios.



O último sprint intermédio fica à entrada do Santo Tirso e praticamente no início da subida para o Santuário de Nossa Senhora da Assunção (6,5 kms a 6,1%). Esta é uma subida muito regular, com as percentagens a rondarem os 6-7%.

 

Táticas

Até agora temos assistido a uma Volta a Portugal bastante tática, uma marcação cerrada entre a W52-FC Porto e a Efapel. Amanhã o dia é relativamente fácil até à subida final pelo que será muito complicado vermos ataques, ou seja, tudo se deve decidir na subida final.

2017 foi o último ano que a “Grandíssima” aqui terminou a vitória sorriu a António Barbio através de uma fuga. David Belda, um puro trepador, venceu em 2014, no entanto o top-10 ficou apenas separado por 9 segundos, o que mostra que a subida não é dura o suficiente para diferenças assim tão grandes. Cândido Barbosa venceu neste local em 2005 e 2007, o que significa que os puncheurs também têm hipóteses.

 

Favoritos

A Efapel soma já três triunfos na Volta a Portugal e uma 4ª vitória é bem possível já amanhã. Maurício Moreira tem-se mostrado muito forte na montanha e, nos finais, tem conseguido usar a sua já conhecida muito boa ponta final, como se viu na Torre e na chegada à Guarda. Está a realizar uma temporada de sonho.



Dentro dos puros trepadores, Joni Brandão é o corredor com a explosão necessária para este final. Na chegada a Castelo Branco, o português conseguiu surpreender tudo e todos e na chegada à Guarda foi quem mais perto esteve de Maurício Moreira, num final em empedrado que não o favorecia. A subida de amanhã adapta-se melhor às suas características e o facto da W52-FC Porto ter várias opções poderá ser importante.

 

Outsiders

Abner Gonzalez tem sido uma das agradáveis surpresas da Volta a Portugal. O campeão porto-riquenho vinha a andar muito bem mas o que tem feito nestes 5 dias é de muita qualidade. Ainda não é um corredor muito marcado e isso poderá ser importante para uma possível vitória.

Amaro Antunes tem-se mostrado muito forte desde o início da Volta a Portugal e, agora, está numa posição muito boa para conseguir revalidar o título. É certo que há corredores mais explosivos, mas o ciclista da W52-FC Porto pode arrancar de longe e consegue manter o esforço durante algum tempo, ao estilo de como já fez no Malhão.



Um corredor que pode aproveitar o facto de estar mais afastado na geral é Tiago Antunes. O ciclista português tem tido um ano muito regular e, antes da lesão, estava a conseguir excelentes resultados. Na Guarda já se mostrou bem, está em crescendo.

 

Possíveis surpresas

Dentro dos puncheurs, Luís Gomes é outro dos nomes a ter em atenção. O ciclista da Kelly/Simoldes/UDO tem estado muito ativo, procura revalidar a classificação por pontos e esta é uma chegada que lhe assenta bem. Daniel Freitas foi uma agradável surpresa na etapa da Guarda, onde foi 7º, mostrando que é mais do que um sprinter, passa bem a média montanha e gosta de finais inclinados. Talvez este final seja longo demais, no entanto, se a corrida for pouco atacada estará na luta. Frederico Figueiredo estará, com toda a certeza, na luta, é um trepador muito forte, tem-se mostrado muito bem e será no jogo tático que o podemos ver a vencer pela 2ª etapa consecutiva. Vicente Garcia de Mateos, Henrique Casimiro, António Carvalho e João Rodrigues são outras opções. Para uma fuga, que também pode ter hipóteses, muita atenção a João Benta, Sergio Samitier, Laurens Huys, Jesus del Pino e Gonçalo Leaça.



 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Luís Fernandes e Gavin Mannion.

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