Após a primeira chegada em alto da competição, os sprinters voltam a ter nova oportunidade de batalhar para vitória. Teremos Wout van Aert ou Kaden Groves a bisar em Sevilha?

 

Percurso

Uma etapa sem grande história, 177 quilómetros entre Fuente del Maestre e Sevilha, sem contagens de montanha, apenas alguns pequenos topos que apenas servirão para desgastar os sprinters mais puros. O final é bastante simples, perfeito para uma rápida ao sprint, com uma reta da meta de … 3700 metros!

Táticas

Como já referimos anteriormente, os sprinters têm de aproveitar as suas oportunidades, não são assim tantas. Um dia de “descanso” ativo e baterias recarregadas para nova batalha. Alpecin-Deceuninck e Visma|Lease a Bike voltam a ser as equipas mais interessadas, foram as que já venceram e as que têm os sprinters mais rápidos da competição.



Até podem existir algumas subidas na primeira parte da etapa, no entanto ainda fica longe do final e uma ou duas equipas não conseguem controlar uma corrida dessa forma. Assim, esperamos uma nova chegada ao sprint com todo o pelotão, tal como aconteceu nos primeiros dias.

 

Favoritos

Wout van Aert já conseguiu a vitória que tanto procurava, agora irá ter menos pressão e isso pode soltá-lo para mais triunfos. Edoardo Affini tem feito um trabalho fabuloso na aproximação aos finais, é muito importante. Se o belga voltar a agarrar a roda de Kaden Groves ao invés de lançar o sprint da frente, a vitória estará mais perto.

Kaden Groves tem de acreditar que um lançamento da sua equipa pode resultar em vitória. Foi assim que o australiano venceu no ano passado, a confiança estará mais alta, finalmente venceu em 2024. Está numa luta acesa pela classificação por pontos, todos irão contar. Depois de um dia acessível, a sua ponta final pode prevalecer.

 

Outsiders

Arne Marit mostrou em Castelo Branco que é um ciclista talhado para estes finais mais planos, conseguiu o seu melhor resultado de sempre em Grandes Voltas. A Intermarché-Wanty fez um trabalho muito bom, com Vito Braet a funcionar como lançador. Se partirem da frente podem surpreender.



A estreia em Grandes Voltas já valeu dois top-10 a Pavel Bittner mas o checo quer mais, não tivesse ele ganho duas etapas na Vuelta a Burgos. Aqui a concorrência é outra, para melhor, mas Bittner conhece as suas capacidades e a vitória está mais perto de acontecer depois do boost de confiança conseguido.

Jon Aberasturi tem fazido valer a sua experiência nas chegadas ao sprint, dois top-10 incluindo um pódio. Aos 35 anos, continua a ser um ciclista muito fiável, devido ao seu bom posicionamento. É certo que a vitória será muito complicada, todos os ciclistas que já referimos são mais rápidos, mas com a pontinha de sorte nunca se sabe.

 

Possíveis surpresas

Corbin Strong tem sido muito regular, sabe-se posicionar muito bem mas também tem-se denotado que não tem a velocidade de ponta dos sprinters mais puros. O final e a etapa são acessíveis, será mais complicado. Bryan Coquard tem tido uma Vuelta para esquecer, o francês é um dos sprinters mais conceituados só que isso não é tudo, é preciso mostrar esses resultados na estrada. Tem de aparecer rapidamente se quer mostrar que está presente. Arjen Livyns é a aposta da Lotto-Dstny, um lugar entre os 10 melhores será positivo para o belga.



Pau Miquel é a esperança da Kern Pharma, o espanhol gostaria de um final mais duro, assim sendo um top-10 será o melhor que pode alcançar. Carlos Canal, Ide Schelling, Owain Doull e Felix Engelhardt são outras alternativas que merecem ser mencionadas para o top-10. Achamos muito complicado de acontecer, no entanto, se uma fuga tiver sucesso olho em nomes como Kasper Asgreen, Sander de Pestel e Victor Campenaerts.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Kim Heiduk e Antonio Soto.

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