Depois da primeira chegada em alto, é tempo dos sprinters voltarem à ribalta. Conseguirão todos eles ultrapassar as dificuldades e discutir a vitória?

 

Percurso

174,1 quilómetros entre Catania e Messina numa etapa que pode ser dividida em duas fases. Os primeiros 75 quilómetros são tudo menos fáceis, com uma contagem de montanha de segunda categoria a ser o maior obstáculo. Portella Mandrazzi (19,6 kms a 4%) promete complicar a vida dos sprinters antes dos últimos 75 quilómetros planos.



Falando do final em Messina, os últimos 2 quilómetros têm duas curvas bastante apertadas, a última delas a apenas 750 metros do fim.

 

Táticas

Que papel terá a subida de Portella Mandrazzi na etapa? Em teoria, esta é uma etapa para os sprinters no entanto hoje já se viu que alguns deles estão com dificuldades quando a estrada inclinada, pelo que não seria de admirar ver outras equipas a testar estes homens rápidos. O caso mais concreto é o de Mark Cavendish, em dificuldades durante grande parte do dia.

Formações como a Intermarché-Wanty e Alpecin Fenix, para Biniyam Ghirmay e Mathieu van der Poel respetivamente, terão que aumentar o ritmo pois sabem que sem alguns dos sprinters terão mais hipóteses de vitória. O final também não é fácil, é importante estar bem colocado, a existência de um lançador será fundamental.

 

Favoritos

Caleb Ewan é, dentro dos principais sprinters, um dos que sobe melhor e, ainda no início do Giro, deverá ter ainda muita energia para aguentar um possível endurecimento da subida. O problema do australiano poderá estar na colocação, peca muitas vezes neste aspeto, e dificilmente terá o seu comboio completo. Conseguindo colocar-se melhor a vitória estará mais perto, viu-se pela ponta final na etapa 3.



Caso a corrida seja bastante endurecida, Biniyam Ghirmay será dos ciclistas que mais terá a ganhar. O eritreu está a realizar uma época fenomenal, tanto se tem batido com os melhores sprinters como com os puncheurs. Sabe-se colocar bem, será fundamental.

 

Outsiders

Num cenário de sprint mais alargado, e da forma que o vimos a sprintar no domingo, Mark Cavendish tem que ser considerado o grande candidato. O Giro ainda está no início, o britânico quererá aproveitar enquanto as energias ainda são muitas. Terá, pelo menos, Davide Ballerini para o final, vamos ver se consegue ultrapassar a subida, hoje não foi um dia nada fácil.

Arnaud Demare também terá esta etapa marcada no seu livro de prova, o gaulês sobe relativamente bem e tem no Giro um dos grandes objetivos da temporada. Esteve muito forte no domingo, talvez no melhor sprint da temporada. Não acreditamos que tenha o comboio completo mas Ramon Sinkeldam deverá lá estar.



Porque não pensar na vitória de Mathieu van der Poel? No cenário já referido para Ghirmay, o neerlandês será, também, um dos grandes candidatos, ele que se sabe colocar bem e, mesmo dizendo que não tem a maglia ciclamino como objetivo, tentará marcar o maior número de pontos possível.

 

Possíveis surpresas

Giacomo Nizzolo e Fernando Gaviria realizaram sprints distintos no domingo, se o italiano não teve potência no final, o colombiano voltou a mostrar que está pronto para a luta. Uma etapa mais dura encaixa na perfeição nos dois ciclistas. A subida de Portella Mandrazzi não será problema para Simone Consonni, Vincenzo Albanese, Edward Theuns e Filippo Fiorelli, todos eles sobem relativamente bem e têm uma oportunidade de ouro para conseguir um excelente resultado. Já Phil Bauhaus, Alberto Dainese ou Cees Bol esperam por uma corrida menos endurecida onde, certamente, terão mais chances de vitória.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Pascal Eennkhoorn e José Joaquin Rojas.



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