Após uma etapa complicada, os homens rápidos voltam a ter nova oportunidade para brilhar. Teremos nova surpresa ou será que um dos grandes nomes vai conseguir o triunfo?

 

Percurso

Desengane-se quem achar que o perfil de amanhã é fácil, os primeiros 70 quilómetros são prova disso. Apenas 1 contagem de montanha, mas muitos mais pequenos topos, então se olharmos para os primeiros 30 quilómetros há a contagem de montanha de Passo Serra (3,9 kms a 7,5%) e duas colinas (2200 metros a 7,3% e 2800 metros a 6,1%). A corrida poderá ser bastante endurecida, continua com algumas dificuldades e em subida, até ao sprint intermédio do dia.



A partir daqui o terreno torna-se mais rápido, até ao quilómetro 110, quando surge Oliveto Citra (2,9 kms a 8%). Logo de seguida, 3400 metros a 3,5%, antes de 50 quilómetros finais muito rápidos em direção à meta em Salerno. O final é bastante simples, os últimos quilómetros não apresentam grandes dificuldades, com uma rotunda a ser o destaque a 5 quilómetros do fim. A reta da meta é longa, com cerca de 800 metros.

 

Táticas

Apesar do início bastante complicado, esta é uma etapa que as equipas dos sprinters não vão querer desperdiçar. Alguns puncheurs e classicómanos vão tentar integrar a fuga na primeira parte, acreditamos em bastantes ataques, mas o controlo será apertado, para evitar uma fuga numerosa e, principalmente, com nomes perigosos. A parte final favorece a perseguição e formações como Trek-Segafredo, Alpecin-Deceuninck e Movistar ainda estão de mãos a abanar e vão querer controlar a fuga de perto para, depois, levar os seus líderes à vitória.

 

Favoritos

Em duas oportunidades possíveis, Kaden Groves acabou ambas em 3º. O australiano tem provado ser muito regular, está-se a colocar bem mas falta-lhe a vitória para conseguir subir a confiança, já que a velocidade está lá. Tem um dos melhores comboios da competição, a presença dos experientes Alexander Krieger e Ramon Sinkeldamn será fundamental para partir de uma boa posição.



Mads Pedersen também ainda não tem a vitória que tanto procura. O dinamarquês ficou afastado devido a queda no domingo e ontem foi 2º, só lhe falta subir um degrau. Terá que saber sofrer na parte inicial da jornada, se for colocado sob presão pelas restantes equipas, mas a Trek-Segafredo tem em Pedersen o grande líder e não o vai abandonar. No final, apesar do comboio curto, sabe-se colocar bastante bem.

 

Outsiders

Fernando Gaviria é um ciclista difícil de prever, tanto pode vencer a etapa como passar ao lado da mesma. A confiança está lá, vem de vencer na Romandia, tudo vai depender de como irá passar a primeira parte da etapa e do apoio que terá no final. Não seria de estranhar vê-lo a tentar surpreender com mais um sprint longo.

Jonathan Milan surpreendeu muitos no passado domingo, colocou-se muito bem e depois fez uso de toda a sua potência para derrotar a concorrência. O italiano é um corredor muito possante, pode sofrer na fase inicial, mas quando está bem passa as dificuldades com facilidade. Terá o apoio fundamental de Andrea Pasqualon.



Veremos a Jayco-AlUla a acelerar na parte dura? Não nos admirávamos, já que o plano resultou no dia de ontem, a confiança para repetir o plano está em alta. É certo que as dificuldades estão longe, mas isso só favorece Michael Matthews, o australiano adora dias complicados, e aí consegue a sua ponta de velocidade com a dos rivais.

 

Possíveis surpresas

David Dekker foi uma bela surpresa na etapa 2, mostrou o porquê de em tempos ser uma grande promessa do sprint, a qualidade está lá, só que nem sempre consegue mostrá-la. Terá que sofrer na fase inicial, caso passe será um perigo. Pascal Ackermann colocou-se bastante bem no domingo, não teve pernas no sprint, algo já habitual esta temporada, veremos se amanhã consegue mudar. Simone Consonni, Jake Stewart, Magnus Cort, Andrea Vendrame, Filippo Fiorelli e Vincenzo Albanese não se importam de um dia mais duro, passam bem as subidas, lutar por um pódio/top-5 é o máximo que os vemos a fazer. Acreditamos que a DSM vai voltar a apostar em Marius Mayrhofer, Alberto Dainese seria um candidato mais sério ao triunfo só que a equipa alemã já nos habituou a decisões estranhas.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Andrea Pasqualon e Niccolo Bonifazio.



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