Está na hora do primeiro grande teste na luta pela classificação geral! Muitas diferenças já foram feitas, por isso é tempo de alguns começarem a recuperar terreno e outros tentarem manter a vantagem.
Percurso
O traçado é algo técnico, algo que tem sido prevalente neste Tour. Apesar de algumas rectas relativamente longas, existem também muitas curvas apertadas, onde se pode ganhar ou perder a corrida.
Em relação à orografia, será um percurso algo plano, apenas tem uma ou outra zona a cerca de 5%, não sendo nada que seja muito disruptivo para o ritmo dos ciclistas.
Estas quedas da 1ª semana vieram baralhar e muito as contas. Praticamente todo o pelotão já foi pelo menos 1 vez ao chão, isso aumenta bastante a possibilidade de uma surpresa porque há mais tendência a haver dias maus e recuperações mal conseguidas
Favoritos
Este é um traçado para grandes motores e Stefan Kung tem um grande motor. O suíço gosta destes contra-relógios de média distância e tem aqui um dos grandes objectivos do ano. Como ainda estamos numa fase inicial de uma Grande Volta o desgaste e a recuperação não terão muita influência aqui. Já ganhou 2 contra-relógios este ano.
Wout van Aert já caiu 1 ou 2 vezes que se tenha visto, mas o belga parece bem apesar disso. Segundo a equipa planeou não se esforçar em demasia nas etapas planas para estar mais fresco amanhã, o que indica que é um dia importante para ele. A equipa bem precisa de um triunfo para levantar a moral.
Outsiders
Kasper Asgreen é um poço de força e potência e tem sido dos contra-relogistas mais regulares do ano, ganhou no Algarve e fez recentemente 3º no Dauphine. Ainda não esteve envolvido em nenhuma queda grave, o que é um passo para estar aqui a 100%.
Stefan Bissegger tem sido uma das sensações da temporada no contra-relógio. A evolução do suíço é clara, até fora do esforço individual. A única questão/dúvida que temos sobre ele é a extensão do contra-relógio. Foi 2º no UAE Tour em 13 kms, 1º no Paris-Nice em 14,4 kms, 2º na Romândia em 10,9 kms. Aqui são 27 kms, será que Bissegger consegue apresentar o mesmo nível?
O estado físico de Primoz Roglic é uma grande incógnita, mas caso o esloveno esteja minimamente bem não duvidem que ele preparou este dia ao milímetro, conhece todas as curvas e tem um plano claro. Estará motivado para mostrar que ainda está neste Tour para lutar e esse combustível muitas vezes é decisivo.
Possíveis surpresas
Mattia Cattaneo tem sido uma agradável surpresa este ano nesta especialidade, está quase sempre no top 10 e impressionou nos Nacionais. Max Walscheid e Soren Kragh Andersen ambicionam um pódio aqui, ambas as equipas precisam de bons resultados e sabem que é uma excelente oportunidade porque estes 2 corredores têm conseguido escapar às quedas. São os 2 roladores muito poderosos. Nome grande e já com alguns triunfos nesta especialidade, Victor Campenaerts tem-se focado noutras áreas e este ano tem-se notado isso. Brandon McNulty seria um nome a ter em conta, a questão é que as quedas deixaram-no muito maltratado, vamos ver como recupera, o mesmo se aplica a Mikkel Bjerg. De ciclistas da geral há alguns nomes que têm de ser mencionadas e que poderão estar na luta. Julian Alaphilippe defende-se muito bem e até agora está bem fisicamente. Quer recuperar a amarela e sabe que pode ganhar aqui ainda mais tempo à maioria dos rivais. Tadej Pogacar fez aquele brilharete no penúltimo dia no ano passado, aqui a música é outra. A fase do Tour é diferente, o traçado também, será complicado fazer pódio na jornada. A Ineos-Grenadiers está ainda a lamber feridas, Porte e Thomas são bons nesta especialidade, mas ambos caíram forte, vamos ver como estão. Por fim, Wilco Kelderman e Rigoberto Uran são semelhantes em alguns aspectos, estão ambos em excelente forma, ambos têm conseguido de certa forma escapar entre os pingos da chuva e ambos conseguem ocasionalmente grandes resultados no contra-relógio. Olho ainda em Jonas Rutsch e Nils Politt.
Super-Jokers
Os nossos Super-Jokers são: Jonas Vingegaard e Miles Scotson.