Entramos no terreno predileto da Vuelta! Primeiro final nos tradicionais “muritos” espanhóis. Teremos Primoz Roglic de regresso à liderança?

 

Percurso

Requena recebe a partida da 6ª etapa da Vuelta, com os primeiros 72,5 quilómetros a serem muito rápidos, quase todos eles em descida, com a excepção de 4 pequenos topos. Seguem-se praticamente 90 quilómetros de terreno plano até á decisão da etapa.



Será no Alto de la Montaña de Cullera que tudo será decidido. Apenas 1900 metros mas com uma pendente média de 8,7%! O mais duro aparece ainda no primeiro quilómetro, com os segundos 500 metros a serem a 12%, com os derradeiros 500 metros a serem mais fáceis, a “apenas” 6,7%.

 

Táticas

Quem irá perseguir? É esta a grande pergunta. Até se pode pensar que a Trek-Segafredo poderia colocar-se na frente do pelotão para anular a fuga no entanto Primoz Roglic está tão perto que o esloveno será, de forma natural, o camisola vermelha no final do dia. Com tudo isto, seria uma tarefa inglória para a equipa norte-americana.

Com tudo isto, uma fuga tem grandes hipóteses de vingar. É de esperar uma luta feroz pela presença na frente, numa fuga que deverá ser bastante numerosa, talvez a maior desta edição da Vuelta.

Os últimos 50 quilómetros serão muito expostos e, apesar das previsões meteorológicas não apontarem para vento forte, o nervosismo será muito o que significa que o pelotão quererá estar todo na frente e, deste modo, andará muito rápido. Assim, a fuga terá que ter uma vantagem muito sólida que quiser triunfar.

 

Favoritos

Odd Christian Eiking chegou em grande forma, estando em destaque em San Sebastian e na Arctic Race. A Intermarché-Wanty já soma um triunfo e vencer outra etapa na primeira semana seria um sonho para a equipa e para Eiking. Quando está bem, o norueguês é um corredor muito forte neste tipo de subidas.



Sem um líder para a classificação geral, esperamos ver a Lotto Soudal ao ataque e aí entra Andreas Kron. O dinamarquês é um especialista neste tipo de finais, tem um instinto muito bom para escolher as fugas certas. Ainda bastante novo, conseguiria aqui a vitória mais importante da carreira.

 

Outsiders

Maximilian Schachmann está já bastante atrasado na classificação geral e, com isto, pode começar a focar-se nas etapas. O campeão alemão tem grandes resultados nestes finais, é um corredor muito explosivo e, numa fuga, será sempre um dos corredores mais fortes.

Devido a tudo o que já dissemos, também não será de estranhar se os favoritos discutirem a etapa. A Jumbo-Visma não deverá fazer muito trabalho mas se a oportunidade surgir Primoz Roglic não vai querer desperdiçar. O esloveno é dos melhores do mundo neste tipo de finais, terá que ter uma equipa forte no seu apoio pois poderá ser bastante atacado.



A última vez que uma etapa terminou aqui Alejandro Valverde foi 2º, porque não pensar numa vitória do espanhol? Uns anos antes e este era um final onde o Bala seria o favorito indiscutível no entanto com a qualidade e facilidade que demonstrou em Picón Blanco faz acreditar na vitória.

 

Possíveis surpresas

Adam Yates mostrou muita vontade em Picón Blanco, tem aqui o grande objetivo de 2021, não pode falhar. Estando bem, este é o tipo de subida que o britânico gosta. O seu companheiro Egan Bernal também é uma boa aposta para este tipo de chegadas. Entre os homens da classificação geral, Giulio Ciccone e Felix Grosschartner podem ser os maiores rivais dos nomes já referidos. A Astana veio para vencer etapas, amanhã é um dia ideal para Alex Aranburu estar na frente, o espanhol que iniciou a Vuelta muito forte e quererá estar na disputa da camisola verde. Com Romain Bardet fora da luta, Michael Storer deverá ter liberdade por parte da Team DSM para integrar a fuga, ele que chegou muito forte, se manteve a forte é um perigo. Andrea Bagioli e Mauri Vansevenant são opções muito credíveis dentro da Deceuninck-QuickStep, podem ambicionar a camisola vermelha e são puncheurs de enorme qualidade. Nomes como Jesus Herrada, Guillaume Martin, Sergio Henao, Robert Stannard e Magnus Cort não podem ser descartados, são já ciclistas experientes e sabem o que é preciso para vencer.



 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Thymen Arensman e Jonathan Lastra.

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