Depois de um dia muito importante para a classificação geral, está na hora dos sprinters voltarem a brilhar! Teremos novo triunfo de Mark Cavendish ou Tim Merlier ou vamos ver um novo vencedor em etapa?
Percurso
Estão de volta as etapas planas e esperemos que corra como a última, sem quedas. Não há grandes dificuldades montanhosas, um paraíso para os homens rápidos. Passemos então directamente para o final da jornada. Os comboios vão começar a lutar pelo posicionamento a 5 kms da meta, já que a cerca de 3,5 kms do final há uma sequência de 2 rotundas que vão esticar muito o grupo.
Uma viragem a 90 graus a 2,2 kms da meta e outra parecida a cerca de 1,6 kms antecedem a longa recta da meta, um cenário que desta vez parece adequada a uma competição desta importância.
Tácticas
Um dos melhores comboios da corrida já não irá à luta dado o abandono de Caleb Ewan, também será menos uma equipa a perseguir, mas os fugitivos terão poucas hipóteses para alcançar o sucesso. O mais provável é vermos a Alpecin-Fenix e a Quick-Step a perseguir e a controlar de perto.
Favoritos
O triunfo de Mark Cavendish deu-lhe certamente muita confiança e libertou-lhe muita pressão de cima. O britânico tem agora a camisola verde e uma motivação acrescida, é bem possível que voe ainda mais alto com ela, ainda para mais com um lançador como Michael Morkov. Num sprinter como Cavendish muitas vezes a confiança e o feeling é tudo. Já ganhou por 2 vezes nesta cidade.
Etapa relativamente fácil, portanto, a aposta da Alpecin-Fenix deverá ser Tim Merlier. O belga ganhou logo na primeira oportunidade e Jasper Philipsen tem-se revelado um elemento fundamental nesta estratégia. O poderoso sprinter da equipa Profissional Continental nem sempre se coloca bem, mas aqui tem um bom comboio.
Outsiders
Mads Pedersen caiu logo ao 1º dia e isso deixou-o com mazelas muito feias. Tem vindo a recuperar de dia para dia, ontem foi 8º, o que foi um bom sinal, e hoje poupou energia e aproveitou para ganhar mais forças no contra-relógio. Deverá estar bem melhor amanhã e é preciso não esquecer que Pedersen tem excelentes ajudas de Stuyven e Theuns.
Nacer Bouhanni tem 2 pódios até agora na prova, tem sido uma agradável surpresa. O sprinter francês nem tem muito apoio, mas tem conseguido colocar-se muito bem, algo em que ele sempre foi bastante bom. Terminou a 4ª etapa em recuperação e até estava frustrado com o 2º lugar, está sedento por mais.
Arnaud Demare desiludiu bastante até agora, o francês nem sequer tem conseguido disputar os sprints, seja por quedas ou por falta de colocação nas fases decisivas. Será que a falta de Ramon Sinkeldam está a impactar assim tanto o rendimento do comboio da Groupama-FDJ? Esta etapa 6 será o tira-teimas, é urgente para Demare conseguir sequer um bom resultado.
Possíveis surpresas
Finalmente à 6ª etapa deveremos ver Wout van Aert num sprint em pelotão compacto, o belga não tem estado presente nestes finais por opção ou imposição das circunstâncias. Agora já terá liberdade para tal, a camisola verde ainda é uma possibilidade. Esta é uma chegada pouco técnica para ciclistas muito poderosos. Encaixa bem nesta descrição a figura enorme de Cees Bol, que nesta fase da carreira parece fazer 1 ou 2 sprints de classe mundial por ano, será amanhã esse dia? Também André Greipel tem amanhã uma boa oportunidade, o alemão sempre teve algumas dificuldades de colocação, contará com a ajuda de Rick Zabel. Peter Sagan obviamente tem de ser mencionado, só que o eslovaco gostaria de um grupo mais reduzido e já teve 2 quedas fortes neste Tour, poderá não estar a 100%, o pódio é bem possível, o triunfo muito complicado. Sprinters como Bryan Coquard e Christophe Laporte gostam de mais dureza para restringir o grupo, bem como Michael Matthews ou Sonny Colbrelli.
Super-Jokers
Os nossos Super-Jokers são: Jasper Philipsen e Jasper de Buyst.