Entre os dias de montanha, os sprinters voltam a ter uma oportunidade para brilhar em Oliva. Conseguirá alguém impedir o hat-trick de Kaden Groves?

 

Percurso

203 quilómetros planos em que as poucas dificuldades (colinas de pequena dimensão estão localizadas na primeira metade. Os 90 quilómetros finais são totalmente planos, o sonho dos roladores e dos sprinters. Incrível como com tantas longas rectas existe uma curva a 90 graus e uma rotunda já bem perto da meta.



O terreno é propício a algumas tentativas de bordures, o abundante terreno plano, longas rectas e a exposição ao vento junto à costa. E a intensidade do vento até corresponde a essas eventuais intenções, o problema é a dimensão do mesmo, para a hora da chegada prevê-se cerca de 30 km/h, mas com direcção frontal/lateral.

 

Táticas

Dia relativamente tranquilo, sem dificuldades, antes da chegada do fim-de-semana. Com uma Vuelta com tão poucas oportunidades para os sprinters, as suas equipas não vão desperdiçar mais uma oportunidade. A Alpecin-Deceuninck vai assegurar que a fuga é pequena, sendo fácil de controlar e evitar possíveis dissabores. Talvez receba a ajuda da Team DSM, outra formação com um dos ciclistas mais rápidos do pelotão.

O final bastante técnico obriga a um bom posicionamento se quiserem estar na luta pela vitória, pelo que um bom comboio ou, pelo menos, um bom posicionamento será fundamental antes da curta reta da meta. Tentar surpreender de longe também não pode ser descartado.

 

Favoritos

Kaden Groves tem dominado as chegadas ao sprint, já venceu em ligeira subida, numa longa reta da meta, só falta numa curta reta da meta. Com uma equipa totalmente dedicada para si, tem estado sempre bem posicionado. Partindo da frente será muito difícil de superar.



A presença de Rui Oliveira será fundamental para Juan Sebastian Molano, o colombiano conta com um dos melhores lançadores da Vuelta do seu lado. Esteve perto na terça-feira, não nos admirávamos que tentasse arrancar mal fosse feita a curva para a reta da meta.

 

Outsiders

Este não é um final que se adapta a Alberto Dainese, o italiano peca pela sua colocação e nem sempre consegue seguir as rodas certas. Num final bastante técnico, é um handicap enorme para um dos principais sprinters presentes. Se estiver na roda de Groves pode sonhar com a vitória.

Filippo Ganna não esteve longe da surpresa no dia de ontem, uma melhor colocação e podia ter vencido. Com uma ponta final cada vez mais rápida, o italiano pode surpreender. A curta reta da meta acaba por o favorecer e impedir uma maior velocidade dos puros sprinters. Pode surpreender de longe.



Edward Theuns sabe-se colocar como poucos e, num final como este, é um passo importante para um bom resultado. O experiente belga pode não ter a velocidade dos seus rivais, mas conhece os sprints como poucos, se os seus rivais cometerem erros o triunfo pode acontecer.

 

Possíveis surpresas

Marijn van den Berg tem falhado no posicionamento, um dos seus pecados que o impede de um melhor desempenho. Se estiver melhor colocado, já mostrou que tem velocidade para lutar pelo triunfo. Milan Menten é muito regular, com alguma sorte à mistura pode sonhar com um resultado de grande nível, como aconteceu na terça-feira. Dries van Gestel tem sido uma agradável surpresa, posiciona-se muito bem e tem dado o destaque importante à TotalEnergies e a si próprio. Longe de ser um puro sprinter, o pódio já era um grande resultado. A curta reta da meta faz acreditar que o posicionamento será essencial e a ponta final pode não ser tão importante e, aí, corredores que se sabem posicionar como Samuel Watson, Hugo Page e Hugo Hofstetter podem estar entre os primeiros. Para o top-10, olho, ainda, em Ivan Garcia Cortina, Davide Cimolai, Matevz Govekar e Orluis Aular.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Jesus Ezquerra e David Gonzalez.



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