Os sprinters voltam a ter mais uma oportunidade para brilhar neste Giro. Nas duas chegadas rápidas anteriores tivemos dois nomes diferentes a vencer. Teremos estreia ou alguém a repetir?

 

Percurso

181 quilómetros ligam Notaresco a Termoli. A primeira parte da etapa é mais sinuosa, com 6 colinas, onde apenas uma delas é categorizada, sendo essa a mais longa, com quase 5 quilómetros.. Após esta fase, o terreno fica mais fácil e tudo se deverá decidir na chegada a Termoli.



O final é bastante técnico, principalmente os derradeiros 2000 metros. Primeiro com uma curva a 90 graus à direita a 1500 metros do fim, seguindo-se mais duas curvas apertadas.  Depois da passagem pelo pórtico do quilómetro final a estrada estreita e, ao mesmo tempo, curva para a direita e depois para a esquerda, antes de uma reta da meta com 350 metros. Tudo isto acontece com um final em ligeira subida, sendo que a 1800 metros há uma rampa de 12%!

 

Táticas

O final bastante técnico irá exigir bastante dos comboios. Acreditamos, mais uma vez, que Cofidis e Alpecin-Fenix sejam as equipas a entrar mais bem colocadas e, a partir daí, lançar os seus homens rápidos para o triunfo.

 

Favoritos

Tim Merlier saiu frustrado da última chegada ao sprint, depois de lhe ter saltado a corrente e não ter conseguido disputar a vitória. O triunfo convincente na 2ª etapa dará muita confiança ao belga que tem visto a sua equipa, principalmente Alexander Krieger, fazer um excelente trabalho. A “parede” e o final em ligeira subida não serão um problema para si.



Um final técnico e em ligeira subida são boas notícias para Peter Sagan. O eslovaco tem andado sempre entre os melhores mas a vitória ainda não chegou. O seu posicionamento tem sido excelente, pelo que é quase certo entrar sempre entre os primeiros, terá que lançar o seu sprint no momento certo.

 

Outsiders

A Cofidis tem deixado Elia Viviani sempre muito bem colocado que ainda não conseguiu a desejada vitória, apesar de muito boas exibições. Simone Consonni tem feito um trabalho incrível, aparece sempre no momento exato e, amanhã, esperamos mais do mesmo. Os dois italianos não terão dificuldades em estar entre os melhores quando surgirem as inclinações.

Caleb Ewan é um corredor que se adapta muito bem a este tipo de finais. Muito explosivo, o Pocket Rocket adora andar de roda em roda no entanto neste tipo de chegadas terá que entrar muito bem colocado, confiando no trabalho da Lotto Soudal. Se estive na frente, o pequeno corredor será difícil de bater.



O campeão da Europa Giacomo Nizzolo continua a bater na trave, somando já dois segundos lugares. Quanto mais complicada for a chegada, melhor para si, ele que se consegue posicionar bastante bem. Um sprint em ligeira subida são boas notícias. Veremos se o italiano conseguirá a sua primeira vitória de sempre no Giro

 

Possíveis surpresas

Fernando Gaviria tem estado a um bom nível, finalmente na disputa das chegadas ao sprint, algo que já não acontecia a algum tempo. Nos seus tempos áureos, chegadas destas eram ideais para si, vamos ver se o seu comboio voltará a funcionar. Davide Cimolai, Andrea Pasqualon e Andrea Vendrame têm um final perfeito para si, sprinters que gostam de chegadas mais duras para se conseguir aproximar da ponta final de homens mais rápidos. A Jumbo-Visma terá que decidir entre Dylan Groenewegen e David Dekker, o primeiro poderá estar na luta mas também poderá ver aquela “parede” gastar um pouco de energias, algo que não acontecerá com o mais jovem dos holandeses. Matteo Moschetti, Filippo Fiorelli e Max Kanter são alternativas sérias para o top 10.



 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Gianni Vermeersch e Alberto Bettiol.

 

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