Depois de dois dias de muito sofrimento, os sprinters voltam a ter nova oportunidade de lutar pela vitória em Bordéus. Conseguirá alguém parar Jasper Philipsen?

 

Percurso

Uma das jornadas mais acessíveis da Volta a França, 169 kms até Bordéus num dia com menos de 1000 metros de acumulado e somente 1 contagem de montanha. O final é muito característico, muito urbano, os primeiros 5 kms têm uma recta muito grande, uma parte muito técnica incluindo a passagem por uma ponte e uma recta da meta com cerca de 1000 metros para finalizar a tirada.



 

Tácticas

Teoricamente este é um dia para o 3º sprint do Tour, de caras. Ainda há muitos sprinters em competição e muitos sprinters que ainda não ganharam, no entanto a fuga até terá algumas chances amanhã, o pelotão vai ter de ficar muito atento. Dizemos isto porque já há muito cansaço acumulado, porque haverá vento de costas na maioria da etapa e não haverá assim tantas equipas a trabalhar (Quick-Step tem Jakobsen magoado, Alpecin já se viu que não vai ajudar porque já ganhou 2 etapas). O que poderá matar as hipóteses de uma escapada é que há áreas perigosas para “bordures”, isso vai levar a que as equipas da geral queiram estar sempre bem posicionadas.

 

Favoritos

Jasper Philipsen – Ganhou as primeiras 2 etapas ao sprint e um terceiro triunfo não seria de descartar, tem a vantagem de até passar bem a montanha, o que quer dizer que sofreu menos do que outros rivais. Ainda tem o comboio a pleno e se Mathieu van der Poel fizer mais um lançamento daqueles pode ser meia vitória.

Caleb Ewan – Tem sido aquele que mais perto tem estado de Philipsen, tem-se posicionado até bastante bem quer tenha sido por sorte ou saber. Há 2 dias viu-se um Ewan muito próximo de bater o belga e isso certamente deu-lhe outra confiança, mas há 2 problemas, Guarnieri já abandonou e Jasper de Buyst está a recuperar de uma queda.

 

Outsiders

Dylan Groenewegen – Ainda não se conseguiu colocar como deve ser e sabe que aqui tem uma grande oportunidade antes que venham mais jornadas de montanha e dias de média montanha onde não deverá conseguir estar junto dos melhores. Mezgec ainda é dos melhores lançadores, mas o resto da equipa tem de ajudar o esloveno.

Mads Pedersen – As coisas não têm resultado para o dinamarquês, não tem tido nem a ponta final nem a colocação para disputar o triunfo. Continuo a achar que tem um dos melhores comboios aqui e talvez com algum desgaste acumulado nas pernas dos rivais a explosão fique mais igualada, o que é bom para Pedersen.



Phil Bauhaus – É incrível como o sprinter alemão não tem um comboio propriamente dedicado e mesmo assim consegue colocar-se quase sempre bem, é um dos melhores nessa arte. Continuo a achar que será muito complicado vencer, mas outro pódio é perfeitamente possível.

 

Possíveis surpresas

Fabio Jakobsen – Um pódio já seria surpreendente, ainda está a sofrer bastante por causa da queda.

Mark Cavendish – Tem sofrido na montanha, este é o seu terreno. O britânico tem conseguido posicionar-se bem, não tem estado na posição perfeita, caso o consiga o pódio já seria um resultado para se orgulhar neste último Tour.

Sam Welsford – Ainda não se viu em nenhum sprint, a DSM não tem conseguido posicionar o seu sprint convenientemente, agora que tiveram tempo para reagrupar e conversar sobre o que fizeram de mal será que vão conseguir corrigir?

Wout van Aert – Foi completamente ao limite hoje ao contrário de alguns rivais, será que mesmo assim vai arriscar meter-se na loucura de um sprint?Não vai querer sair do Tour sem um triunfo está claro.

Alexander Kristoff – Tem tendência a melhorar com o passar dos dias no Tour, chega sempre a Paris até relativamente fresco e já deve conseguir competir melhor amanhã após 2 jornadas de montanha.



Jordi Meeus – Ainda está um pouco longe de conseguir competir com os melhores, veremos mesmo se é aposta da equipa depois de ter trabalhado muito durante a etapa de hoje.

Danny van Poppel – É um dos melhores lançadores do pelotão e pode beneficiar com alguma hesitação ou alguma queda que haja, não seria de todo surpreendente se fosse ele o sprinter escolhido pela Bora-Hansgrohe.

Bryan Coquard – Não tem explosão suficiente para competir com os melhores num final destes, mas é um dos corredores mais regulares nos sprints e deve estar no top 10, até porque quer o pódio na classificação por pontos.

Biniam Girmay – Não é um puro sprinter e não tem conseguido boas colocações, com um bom posicionamento pode fazer top 5, mas o seu terreno ainda não chegou.

 

Super-Jokers

Os nossos Super-Jokers são: Christophe Laporte e Mathieu van der Poel.



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