Está na hora de todas as decisões! A Volta a Portugal entra na sua fase final e, hoje, é tempo para nova chegada em alto, desta vez à Serra do Larouco.

 

Percurso

Continuamos bem a Norte de Portugal, desta vez muito perto da fronteira com Espanha. Apesar de haver uma montanha de 2ª categoria pelo caminho – Bolideira (19 kms a 2,5%) – as hostilidades podem ser abertas em Torneiros, uma ascensão duríssima de 4600 metros a 8,3%, que está a 40 kms da meta.



Depois a aproximação a Montalegre é relativamente plana até à subida final que é longa, com 8600 metros, mas não excessivamente dura, com 6,1% de inclinação média. É daquelas montanhas com é importante ter equipa e onde se poupa energia atrás dos colegas.

 

Táticas

A etapa de ontem veio baralhar, ainda mais, as contas da classificação geral. Rafael Reis é, novamente, camisola amarela e muitos corredores aproximaram-se dos primeiros lugares. Neste momento a Efapel tem 4 corredores no top-10 pelo que se torna a equipa a abater.



Após três etapas consecutivas para a fuga, amanhã é tempo de os favoritos voltarem à luta pela vitória. Acreditamos numa corrida bastante endurecida, com os primeiros ataques a surgirem na complicada subida de Torneiros. Vai ter que ser a W52-FC Porto a mexer e aí se verá quais os estragos feitos no pelotão que já deverá ser muito curto.

Uma cavalgada épica, com cerca de 40 quilómetros não está fora de questão, uma corrida muito dura favorecerá este tipo de corrida. Como sempre veremos a marcação direta entre W52-FC Porto e Efapel, quando um corredor de uma das equipas atacar, outro sairá no seu encalce.

 

Favoritos

Uma corrida mais controlada e com ataques apenas na Serra do Larouco será perfeito para Mauricio Moreira. Até agora, o uruguaio tem-se mostrado um dos ciclistas mais fortes da Volta, aproveitando todas as oportunidades para ganhar tempo. Está a subir melhor que nunca e é muito explosivo.



João Rodrigues pode ser a peça a ser lançada pela W52-FC Porto na subida de Torneiros. O vencedor de 2019 está um pouco atrasado e, apesar de não acreditarmos que tenha muita liberdade, este tende a acabar bem as provas. Se há corredor com a combatividade para atacar de longe e fazer uma super-etapa é este.

 

Outsiders

Joni Brandão tem estará atento às movimentações de Mauricio Moreira e se há corredor que o pode superar é o português, um corredor também muito explosivo. O ciclista da W52-FC Porto tem boas recordações desta subida, em 2019 foi o melhor dos favoritos e, nesse dia envergou a amarela. A motivação estará em alta.

Tal como aconteceu na etapa da Guarda, Frederico Figueiredo deverá marcar Amaro Antunes e não seria de estranhar vermos este duo a saltar do pelotão. Se tal acontecer, não seria de estranhar ver o corredor da Efapel sempre na roda e, no final, atacar para o triunfo, mais um neste Volta.



Abner Gonzalez e a Movistar mostraram ambição hoje, ao defender a sua camisola da juventude. O campeão porto-riquenho ainda não está a acusar desgaste, estão muito forte e poderá aproveitar a marcação entre W52-FC Porto e Efapel, para atacar e fugir. Mostrou na Torre que é um perigo.

 

Possíveis surpresas

Já aqui referimos que Amaro Antunes terá Frederico Figueiredo como a sua sombra, não será fácil tirar o rival da roda no entanto o português é um trepador incrível e está em grande forma à procura de repetir o triunfo do ano passado. António Carvalho tende a ir de menos a mais na Volta a Portugal, o ciclista da Efapel acaba sempre muito forte a competição, não se admirem de uma grande exibição deste amanhã. Terá Alejandro Marque a liberdade que usufruiu na Torre? Duvidamos, as equipas já estão em alerta no entanto o galego sabe muito de ciclismo, fará toda a subida ao seu ritmo e se vir uma oportunidade não vai desperdiçar. Henrique Casimiro e Tiago Antunes têm sido muito regulaesr, esperamos o mesmo amanhã. Como reagirão Joaquim Silva, Vicente Garcia de Mateos, Ricardo Vilela e Javier Moreno ao esforço de ontem? Estão bem posicionados na geral, têm muita experiência no entanto após a etapa dura de ontem não seria de estranhar vê-los a ceder cedo. Para uma fuga, olho em Sergio Samitier, Laurens Huys, Mason Hollyman, César Fonte e Bruno Silva.




Super-jokers

Os nossos super-jokers são José Felix Parra e Jesus del Pino.

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