A entrada no fim-de-semana faz-se com a chegada do pelotão à região de Murcia. Em teoria um dia plano e propícios aos sprinters mas onde o vento poderá aparecer e ser um grande inimigo.

 

Percurso

Praticamente 174 quilómetros ligam Santa Pola e La Manga del Mar Menor, num dia quase sempre corrido junto à costa do Mar Mediterrâneo e maioritariamente plano. Os primeiros 57 quilómetros serão feitos junto à costa, sendo que depois o pelotão flete para o interior antes de em Playa Honda e aproximar-se da península de La Manga del Mar Menor.




Os derradeiros 10 quilómetros são feitos na já referida península, quase sempre em linha reta, as curvas são pouco acentuadas, pelo que é expectável um final muito rápido. Se estiver vento, aqui também se podem proporcionar bordures.

 

Táticas

Ao correr-se junto à costa o vento estará certamente presente e as previsões apontam para vento cruzado. No entanto, não é esperado que o vento sopre com muita intensidade o que significa que, apesar de direção ser a certa a velocidade não ajudará. O melhor é esperar por amanhã, nem sempre as previsões estão corretas.

Esta é a última etapa para os sprinters em praticamente uma semana, não vão desperdiçar a oportunidade. Deceuninck-QuickStep e Alpecin-Fenix já venceram mas a Groupama-FDJ ainda não e a equipa francesa veio, maioritariamente, focada para estes dias. Tudo aponta para mais uma chegada ao sprint!

 

Favoritos

Fabio Jakobsen já venceu mas quer mais! O holandês disse que o triunfo ao 5º dia serviu para completar a sua recuperação e mostrar que é um dos mais rápidos do mundo e isso é o que temos visto na estrada. Na última chegada ao sprint teve que andar de roda em roda, gastou alguma energia nessa fase. A equipa belga não costuma repetir o mesmo erro duas vezes, amanhã deverá estar muito melhor posicionado.



O seu grande rival tem sido Jasper Philipsen, que tem deixado a pequena desilusão do Tour para trás, contando já com duas vitórias. O triunfo de quarta-feira foi impressionante, a Alpecin-Fenix fez um trabalho excelente, e se amanhã se repetir este cenário seria complicado bater o belga.

 

Outsiders

O que se passa com Arnaud Demare? O ciclista francês está com uma enorme falta de confiança, perde a roda dos seus companheiros com enorme facilidade, mesmo tendo um dos melhores comboios da Vuelta. O final de amanhã é muito simples, isso facilitará o trabalho de Demare. A qualidade e velocidade estão lá, falta dar o click.

Um final simples será do agrado de Alberto Dainese, ele que vai de conseguir o primeiro pódio em Grandes Voltas. O jovem italiano é um corredor muito rápido, e sem a existência de dificuldades nos quilómetros finais conseguirá colocar-se com maior facilidade.



Juan Sebastian Molano tem estado perto mas, até agora, ainda não conseguiu colocar na estrada a forma que o levou a vencer duas vezes em Burgos. Conta com um comboio excelente que, no melhor dos dias, consegue ganhar a frente do pelotão. Amanhã será importante lançar o sprint no momento certo, no 2º dia isso falhou, se o erro estiver corrigido será um perigo.

 

Possíveis surpresas

Jordi Meeus está totalmente recuperado da queda sofrido e prova disso são os top-10 que tem conseguido a partir desse dia. O jovem belga está, ainda, a aprender mas tem um potencial enorme, um grande resultado pode estar para breve. Teremos Magnus Cort na discussão do sprint? O dinamarquês é uma caixinha de surpresas, já somou um triunfo e, sem pressão, poderá tentar nestes finais. Michael Matthews, Piet Allegaert e Riccardo Minali têm sido muito regulares, com uma melhor colocação podem conseguir um grande resultado. Por fim, atenção a Florian Vermeersch e ao duo da Israel Start-Up Nation, Davide Cimolai e Itamar Einhorn, que juntos formam uma dupla forte, independentemente de quem seja a aposta, que acreditamos que seja o israelista.



 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Clement Venturini e Antonio Soto.

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