Com a entrada no fim-de-semana, regressa também a média montanha e nova possibilidade para uma fuga triunfar.
Percurso
A viagem para o sul de França faz-se com mais uma maratona de 200 quilómetros com partida em Macon e chegada a Saint-Etienne. Os primeiros 40 quilómetros são relativamente planos e com o sprint intermédio situado nesta fase da etapa podemos ver as equipas dos sprinters a querer controlar.
As primeiras dificuldades surgem logo de seguida numa sequência de três contagens de segunda categoria e uma de terceira categoria em pouco mais de 45 quilómetros. Os ciclistas chegam a meio da etapa e voltam a apanhar mais duas segundas categorias a partir do quilómetro 133, a que se segue uma subida não categorizada mas também ela dura.
Se até aqui não se devem fazer diferenças mas apenas para diminuir o pelotão e também a fuga a 13 quilómetros do fim surge o Cote de la Jalliere (1,9 kms a 7,9%), uma curta mas dura subida que pode levar a ataques. Uma descida procede a subida final de 700 metros a 6,9%, que tem o seu topo a 2500 metros da chegada.
Favoritos
Um terreno “rompe pernas” está mesmo a pedir o sucesso de uma fuga. Não duro o suficiente para os homens da geral e muito duro para os homens rápidos, acreditamos que ninguém vai querer perseguir e a Trek-Segafredo vai apenas controlar quem entrará na fuga apenas no sentido de não perder a camisola amarela.
Este tem sido o ano de afirmação de Maximilian Schachmann. O agora campeão alemão tem um motor incrível, é bastante explosivo e adapta-se que nem uma luva neste tipo de terreno, basta ver os resultados dele nas Ardenas. As subidas finais são perfeitas para um ataque seu e mesmo num pequeno grupo será dos mais rápidos.
Rui Costa tem aqui a primeira etapa feita à sua medida. Sempre que o português ganhou no Tour foi após uma subida já bem perto da meta, tal como vai acontecer no dia de amanhã. Nos últimos dois dias perdeu tempo para ter liberdade para entrar em fugas e o ataque na etapa 5 mostra que o ex-campeão do Mundo está motivado e confiante que a vitória irá chegar. Sprinta bem em grupos restritos.
Outsiders
Jesus Herrada tem aqui também uma etapa à sua medida. O espanhol teve um mês de Junho fantástico e antes do Tour foi 3º nos Nacionais de Espanha. Este ano está a subir melhor que nunca e mesmo assim não perdeu a sua ponta final. É a grande esperança da Cofidis para ganhar uma etapa.
A Lotto Soudal tem sido protagonista todos os dias, seja com Caleb Ewan ou Tim Wellens, e pensamos que agora é hora de Tiesj Benoot aparecer. Cada vez melhor trepador, foi 4º na Volta a Suíça, o belga tem-se guardado a pensar numa etapa à sua medida, como é esta, que faz lembrar uma clássica.
Não acreditamos que o pelotão consiga discutir a vitória mas se tal cenário vier a acontecer, Julian Alaphilippe é o grande favorito. O francês quer voltar a vestir a camisola amarela e tem amanhã uma chegada que lhe assenta que nem uma luva. Alaphilippe é dos melhores, senão o melhor, do Mundo nesta duras e explosivas subidas e quando atacar ninguém o conseguirá seguir.
Possíveis surpresas
Greg van Avermaet tem também o objetivo de vencer uma etapa e repetir o feito de outras temporadas. Esta etapa está no limite para si no entanto no Tour já ganhou etapas ainda mais duras que esta. Dentro da CCC Team, atenção ao muito combativo Alessandro de Marchi que sabe escolher bem as etapas para entrar em fugas. Dentro dos “sprinters”, Michael Matthews e Peter Sagan são aqueles que têm maiores hipóteses de poder discutir a vitória. Voltamos a realçar que a Astana é das equipas que mesmo estando na luta pela geral gosta de colocar ciclistas em fuga e Omar Fraile e Pello Bilbao são dois ciclistas perfeitos para esta tirada, explosivos e com uma boa ponta final. Por fim, olho em Lilian Calmejane, Thomas de Gendt, Damiano Caruso e Alberto Bettiol como possíveis ciclistas a entrar na fuga do dia. Entre os favoritos, Dylan Teuns e Alejandro Valverde são aqueles que mais luta podem dar ao já referido Julian Alaphilippe.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Michael Valgren e Rein Taaramae.