O Monte Farinha é o palco da última chegada em alto da Volta a Portugal, naquela que é a derradeira oportunidade para os trepadores fazerem diferenças.

 

Percurso

A verdadeira etapa rainha, 5 contagens de montanha, 2 delas de 1ª categoria compactadas em 146 kms e a chegada mítica à Senhora da Graça. A primeira grande subida é em Sabroso do Aguiar (4 kms a 4,7%), seguindo-se as metas volantes de Pedras Salgadas e Vila Real. A faltar cerca de 65 kms os ciclistas têm a subida de Torqueda (9300 metros a 4,1%), sendo encadeada com o Velão (5 kms a 3,6%).



A subida do Barreiro deve partir por completo o pelotão, são 9900 metros a 6,4% e novamente a média é estragada por um quilómetro praticamente plano (os últimos 3200 metros são a 9,6%). Segue-se uma longa descida e a entrada apoteótica em Mondim de Basto, onde uma multidão costuma receber os corredores. A subida da Senhora da Graça é conhecida por todos, 8400 metros a 7,5% com os últimos 2 quilómetros a serem especialmente duros, acima dos 8%.

 

Táticas

Pela primeira vez nesta Volta a Portugal a W52 FC Porto está de amarelo. Amanhã iremos ver o comboio portista na frente do pelotão foi preciso esperar pela última etapa. Acreditamos numa corrida calma até à subida do Barreiro onde, tal como hoje aconteceu em Torneiros, a corrida pode explodir.



Os comandados de Nuno Ribeiro estão com a liderança no entanto sabem que tem que atacar uma vez que Alejandro Marque está muito perto e mesmo Maurício Moreira não está longe o suficiente para irem descansados para o contra-relógio. A estratégia de hoje não foi ideal, ao desgastar João Rodrigues entre as subidas, sendo que e o português não foi muito útil na Serra do Larouco.

Amanhã a história pode ser outra, não seria de estranhar ver alguém da W52-FC Porto na fuga para, nessa fase, existir alguém “extra” para trabalhar e guardar João Rodrigues para a subida final. A Efapel seguirá na roda, tal como tem acontecido, e responderá aos ataques, resguardando os seus líderes para o final.

 

Favoritos

Mais uma vez vimos Maurício Moreira distanciar-se da concorrência numa chegada em alto, algo que já tinha acontecido na Guarda, na Torre e em Santo Tirso. O uruguaio está muito forte, tem uma explosão incrível e sabe que aí consegue ganhar segundos preciosos na luta pela vitória.



Amaro Antunes sabe que tem que atacar. O português é um dos ciclistas deste pelotão que já venceu nesta subida, precisamente no ano passado, altura em que só sopa amarela para nunca mais a largar. Muito explosivo, o camisola amarela tentara fazer a diferença na parte final pois sabe que tenho uma equipa muito forte em seu redor.

 

Outsiders

Frederico Figueiredo conta já com uma vitória nesta Volta a Portugal, no dia em que fugiu com Amaro Antunes. Não será descartar que amanhã aconteça o mesmo, já que o corredor deve ter o papel de marcar diretamente o camisola amarela. Está muito perto na geral no entanto como é um contra-relogista mais débil poderá ter uma pequena liberdade.

Poderá chegar uma altura em que W52 FC Porto se irá focar em vencer uma etapa uma vez que ainda não conseguiu nesta edição. É aqui que entra Joni Brandão. Vimos o português a trabalhar para a equipa no entanto amanhã se não conseguirem distanciar os seus rivais poderá ser mais poupado. É dos poucos que consegue rivalizar com a ponta final de Maurício Moreira.



O Louletano-Loulé Concelho tem tentado muito nos últimos dias mas há um homem que tem estado discreto, talvez pensado nesta etapa. Falamos de Jesus del Pino, um experiente ciclista espanhol, que há muitos anos está em Portugal. Del Pino é muito completo e terá o apoio da sua equipa, todos os dias tem colocado 2/3 corredores na frente.

 

Possíveis surpresas

Alejandro Marque voltou a ser dos melhores, como seria de esperar, o galego foi ao seu ritmo ao invés de ir ao choque. Muito experiente, conhece perfeitamente os seus limites e, num dia como o a Torre pode surpreender. Abner Gonzalez mostrou os primeiros sinais de fraqueza nesta Volta no entanto pode ter sido apenas um dia mau, nas restantes chegadas em alto esteve excelente, sempre entre os melhores. Henrique Casimiro voltou a fazer uma excelente etapa, está em 5º da geral e tentará manter esse lugar, correndo mais na defensiva. Teremos a melhor versão de António Carvalho? O português sabe o que é ganhar aqui no entanto hoje voltou a ceder cedo. Para uma fuga, esperamos uma luta entre Bruno Silva e Roniel Campos pela montanha, será muito importante para as suas equipas vencer. Vicente Garcia de Mateos, Joaquim Silva, Diego Lopez, Nuno Meireles, Ben King e Sergio Samitier são outras opções a considerar.




Super-jokers

Os nossos super-jokers são Pedro Miguel Lopes e Juan Filipe Osorio.

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