A alta montanha aparece, finalmente, neste Giro! Dia muito complicado, de sobe e desce constante e com nova chegada em alto? Aguentará Attila Valter a liderança?

 

Percurso

3500 metros de desnível acumulado positivo em apenas 157,8 quilómetros é o que os ciclistas terão pela frente. 7 subidas no menu, sendo 4 delas categorizadas.



Logo a abrir o Colle della Groce (6,9 kms a 3,4%), seguindo-se Passo Godi (13,9 kms a 4,1%). Uma longa descida de 30 quilómetros deixa os corredores no sopé do Fonte Ciarlotto (11,4 kms a 4,5%) e, após nova descida, surge Forca Caruso (12,7 kms a 4,5%).

Sem um único metro plano aparece mais uma descida que leva ao começo da subida a Ovindoli (12,4 kms a 5%). É a subida mais longa do dia e no seu topo ficam a faltar 20 quilómetros para a chegada. Pela primeira vez no dia, seguem-se pouco mais de 12 quilómetros de plano, antes da Rocca di Cambio (2,5 kms a 4,7%).

Rapidamente os ciclistas entram na subida final para Campo Felice (5,9 kms a 5,7%). A primeira fase é a mais dura, com 1600 metros a 8,1%, coincidindo com um sprint bonificado. Os derradeiros 1500 metros são em gravilha e têm uma inclinação de 8,2%.

 

Táticas

Esta é a última oportunidade para se fazerem diferenças na primeira, por isso acreditamos que os ciclistas vão dar tudo, não se sabe quando poderão ter um dia mau. O mau tempo vai continuar presente, a chuva até pode não aparecer, no entanto é quase certo que o vento volte a marcar presença.



Se o vento marcar presença com intensidade, a INEOS Grenadiers será a equipa a tomar conta das operações, já o fez nos últimos dias. Colocará pressão nos seus rivais, desgastando-os em direção ao final de etapa. Se isto acontecer, os corredores terão pela frente uma etapa muito rápida.

Quando a calma reinar, uma fuga pode formar-se e, tal como hoje, ter o seu sucesso. A Groupama-FDJ não tem equipa para controlar de perto uma fuga por isso vai depender muito da constituição da mesma. Se existirem nomes perigosos, esta não terá sucesso.

 

Favoritos

Nas etapas de montanha já existentes, Egan Bernal tem-se mostrado o corredor mais forte. Até agora, o colombiano não mostrou debilidades físicas e tem estado com muita vontade, sendo dos corredores mais ativos. O mau tempo e a gravilha não serão problemas e terá, sempre, um bloco forte.



Gino Mader tentou entrar na fuga de hoje mas não lhe foi dada autorização por estar perto demais na geral. No final, perdeu algum tempo e, agora, está a quase 5 minutos. O talento do suíço é muito, já ficou evidenciado na etapa 6, sobe muito bem e não tem receio do mau tempo.

 

Outsiders

Giulio Ciccone é da região onde a etapa de amanhã termina, conhece bem as estradas, por isso, é de acreditar mais uma boa exibição. O italiano tem tentado várias vezes mas a vitória ainda não lhe sorriu, veremos se é amanhã numa subida que lhe assenta muito bem.

Remco Evenepoel tem estado muito bem, não tem acusado a falta de competição. Na verdadeira chegada em alto já feita nunca pareceu em dificuldade, parece que o trabalho de montanha e a perda de peso estão a surtir efeitos. Muito explosivo, o final de amanhã é ideal. O jovem belga quererá chegar à camisola rosa.



A Movistar tem tentado algumas vezes através de fuga, Einer Rubio pode ser a aposta de amanhã. O início complicado ajudará o pequeno colombiano a estar na frente, ele que vem de bons resultados antes do Giro. Ainda algo desconhecido, poderá aproveitar esse facto para conquistar um grande triunfar.

 

Possíveis surpresas

Dan Martin tem conseguido seguir os melhores nas primeiras etapas de montanha, o final de amanhã volta a ser muito bom para si pelo que a vitória que tanto anseia pode estar para chegar. Simon Yates parece estar a guardar-se para outros voos mas não pode continuar a perder muito tempo, terá que seguir com os da frente, gosta deste tipo de finais. Aleksandr Vlasov e Hugh Carthy ainda estão em crescendo de forma, deverão estar com os melhores mas dificilmente podem vencer. Para a fuga, muita atenção a Bauke Mollema. O holandês esteve sossegado no dia de hoje, talvez guardando energias para esta etapa, que lhe assenta melhor, tem mais dureza e um final complicado. Ruben Guerreiro tentou bastante no começo da tirada, mostrou vontade, não conseguiu e no final deu um apoio fundamental a Hugh Carthy. Geoffrey Bouchard, Matteo Fabbro, Koen Bouwman, Clement Champoussin são trepadores bastante competentes e, num dia de inspiração, a vitória pode sorrir-lhes. Por fim, Alessandro de Marchi pode voltar à carga, a etapa é dura mas o veterano italiano está em grande forma.



 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Jefferson Cepeda e Antonio Pedrero.

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