O tão aguardado 14 de Julho é já amanhã! O Dia da Bastilha é aquele dia em que todos os franceses querem ganhar a etapa. Será que o vão conseguir?
Percurso
O Tour continua pelo Maciço Central desta vez com uma etapa de 170,5 quilómetros entre Saint-Etienne e Brioude. Esta é mais uma tirada complicada, com muito sobe e desce, tal como a de hoje mas não tão dura. Na primeira metade há uma 1ª categoria bem dura mas tudo deve ser decidido na subida final.
O Cote de Saint-Just tem o seu topo a 13 quilómetros do fim. Esta subida tem 3,6 kms a 7,3%, podendo ser palco para ataques. Segue-se a descida muito rápida para a meta, que ainda na sua primeira metade tem uma pequena subida.
Favoritos
Depois do que vimos hoje, e com a etapa a ser mais fácil, acreditamos que as equipas dos sprinters mais duros vão querer controlar a corrida e procurar a vitória. A Team Sunweb e a Bora-Hansgrohe devem, mais uma vez, chegar-se à frente e controlar de perto a fuga, numa etapa mais uma vez perfeita para os seus ciclistas. Do mesmo modo, também podemos ver estes “sprinters” a meterem-se em fuga se as suas equipas não tiverem capacidade para perseguir.
Hoje Peter Sagan esteve no elástico mas com muito esforço conseguiu manter-se no grupo da frente e ainda sprintar para uns preciosos pontos na camisola verde. Com a etapa de amanhã a não ter subidas tão duras vemos o eslovaco a aguentar no pelotão e a procurar a segunda vitória. Não seria de estranhar vê-lo em fuga, pois já o fez no passado.
Numa das várias etapas que Sagan esteve em fuga, foi Michael Matthews que bateu o nessa altura campeão do Mundo ao sprint: falamos do Tour 2016. Depois de hoje ter batido o eslovaco ao sprint, a moral de “Bling” deve estar em alta e vimos uma Sunweb muita ativa na perseguição, pelo que o australiano encaixa na perfeição nos dois cenários.
Outsiders
Esta etapa é um dos grandes objetivos de Sonny Colbrelli em todo o Tour. Fazendo lembrar um clássica e em parte os Nacionais de Itália, o transalpino deve estar confiante que consegue passar com os melhores. Após um dia difícil consegue igualar a sua ponta final com a dos seus adversários e num grupo mais reduzido não terá o problema do mau posicionamento.
Matteo Trentin foi mais um dos sprinters que chegou na frente e mais um que não tem medo de entrar em fuga. É claro que o campeão europeu não tem a velocidade de ponta dos rivais já referidos mas também sabemos da astúcia do italiano neste tipo de etapas. Se conseguir ter Daryl Impey ao seu lado pode muito bem surpreender.
Um dos ciclistas que espera que nenhum dos homens rápidos entre na frente é Greg van Avermaet. O campeão olímpico quer uma vitória e a CCC Team necessita disso. Sabe-se que não é rápido para bater os nomes já falados, no entanto já os conseguiu bater noutras ocasiões. Podem, também, tentar atacar.
Possíveis surpresas
Edvald Boasson Hagen é mais um homem rápido que não tem medo de entrar em fugas e, ao contrário de muitos, tem o que é necessário para atacar já perto do final e nunca mais ser apanhado pois sabe que ao sprint dificilmente ganha. Sendo dia da Bastilha é certo vermos ciclistas franceses na luta pela etapa. Julien Simon é um puncheur clássico e já terminou uma etapa no top 10, Rudy Molard pode ter liberdade dentro da Groupama-FDJ e Anthony Turgis é mais um clássico ciclista francês, muito combativo e adaptado a este tipo de orografia. Outros nomes a ter em atenção para a fuga são Wout van Aert, Jasper Stuyven, Nils Politt, Toms Skuijns, Jesus Herrada e Odd Christian Eiking.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Fabio Felline e Matej Mohoric.