As clássicas World Tour estão de regresso e hoje é tempo para uma tradicional prova desta altura do ano. Plouay recebe um pelotão de luxo para mais uma edição da competição.

 

Percurso

Após ter mudado o percurso no ano passado, por altura dos Campeonatos da Europa, a Clássica de Plouay manteve o novo figurino. Recapitulando, foram introduzidas novas subidas, subidas essas mais longas que as habituais mas, também, menos subidas feitas de forma consecutiva, favorecendo a perseguição.



253,5 quilómetros feitos em torno de Plouay, num terreno de sobe e desce constante, característico desta região de França. No total serão 14 subidas, várias delas feitas por mais que uma ocasião. Logo a abrir, o pelotão faz as duas derradeiras subidas no entanto a corrida só deverá animar nos últimos 35 quilómetros.

Aí surge o Berg ar Salud (500 metros a 7,4%). Será preciso esperar 10 quilómetros pela subida de Marta (800 metros a 9,1%) e, logo de seguida Pont-Neuf (1000 metros a 5,5%). 1500 metros depois o pelotão passa pela meta e a seguir os ciclistas passam por Lezot (700 metros a 5,6%).

Restam apenas 12 quilómetros para a chegada e será a subida de Pont-Neuf a definir a seleção final. A partir daqui, o final é muito rápido em direção à meta, restando apenas 1500 metros. O final é em ligeira subida.

 

Táticas

O percurso deste ano é ainda mais duro que em anos anteriores no entanto a pergunta que se coloca é a mesma de sempre: aguentarão os sprinters ou os puncheurs conseguirão quebrar a resistência?

Cada vez com mais acumulado, esta clássica aproxima-se das provas das Ardenas mas será preciso endurecer bastante. UAE Team Emirates e Deceuninck-QuickStep serão as principais equipas, deverão endurecer bastante a corrida, pois sabem que os seus ciclistas só podem vencer se os principais homens rápidos ficarem para trás.

 

Favoritos

Julian Alaphilippe irá fazer a sua última corrida em França com a camisola do arco-íris. Só isso será uma enorme motivação para o francês, que tem aqui uma clássica perfeita para as suas características, deverá atacar nas colinas finais. Regressou à competição na quinta-feira e tendo os Mundiais como objetivo já tem que se encontrar bem.



Vindo de vencer a Volta a Noruega, Ethan Hayter quererá continuar a sua grande temporada, onde já soma 7 triunfos! O jovem britânico é um talento enorme, tem uma explosão impressionante neste tipo de subidas e em grupos restritos é muito rápido.

 

Outsiders

Tadej Pogacar regressa à competição após o Tour de France no entanto nunca podemos descartar um coelho da cartola do esloveno. Raramente vemos Pogacar em má forma, tem vindo a preparar os Mundiais e já vimos do que ele é capaz em clássicas duras como a Liege-Bastogne-Liege.

Uma marcação cerrada a Alaphilippe poderá abrir as portas a Mikkel Honoré. O dinamarquês vem de ser 2º numa semi-clássica belga, onde estava na sombra de Remco Evenepoel. Sem tanta pressão, o ciclista da Deceuninck-QuickStep poderá conquistar uma grande vitória. É muito completo.



O sprinter com mais hipóteses é Giacomo Nizzolo, ele que também tem como grande objetivo os Mundiais e tem vindo a mostrar, nas últimas semanas, que está a subir muito bem. Ninguém quererá levar o campeão europeu para o risco de meta, será muito atacado, por isso terá que sofrer.

 

Possíveis surpresas

Diego Ulissi é uma grande alternativa dentro da UAE Team Emirates, esta é a praia do veterano italiano, anda sempre bem nas clássicas e aparenta sempre boa fora. Já na Deceuninck-QuickStep, não podemos descartar Davide Ballerini, italiano que nos seus melhores dias sobe muito bem e alia isso à sua excelente ponta final. Muito cuidado com Jasper Stuyven, vem de um estágio, é um corredor muito combativo e este é o tipo de terreno onde o belga se dá bem. Ide Schelling, Ben Hermans, Benoit Cosnefroy e Valentin Madouas estiveram em evidencia em provas recentes, são opções muito credíveis para um excelente resultado. Por fim, atenção a Anthony Turgis, Dion Smith, Pascal Eenkhorn, Michael Valgren e Sergio Higuita.




 

Super-jokers

Os nossos super-jokres são Andrea Vendrame e Biniam Ghirmay.

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