O pelotão do World Tour continua em terras australianas, desta vez para a Cadel Evans Ocean Race. A maioria dos ciclistas presentes no Tour Down Under estão presentes e o espectáculo está garantido.
Percurso
A prova tem no total cerca de 164 kms e é composta por uma primeira parte de 103 kms e uma segunda parte que inclui 3 voltas e meia a um circuito perto de 16.5 kms. A parte inicial da corrida é efectuada junto à costa, o que pode ser um atractivo, pela possibilidade das tradicionais bordures. Nesta fase inicial a dureza não impera, com o terreno a não ser assaz complicado.
A subida principal do circuito final é a Challambra Crescent, que oficialmente tem 1200 metros a 8.4%. Esta aparece pela primeira vez a 60 quilómetros da chegada, altura em que se entra no circuito final. Segue-se uma descida, até às dificuldades finais, a principal delas a Hyland Road que tem 800 metros a cerca de 6%. Os últimos metros não são técnicos e são perfeitos para uma chegada em pelotão compacto.
Favoritos
Esta corrida tem sido sempre muito animada e há sempre muita incerteza quanto em vencedor. Nas quatros edições anteriores, 3 delas terminaram ao sprint em grupos a rondar os 25 ciclistas, sendo que apenas em 2016 chegou um ciclista isolado. Normalmente os trepadores conseguem distanciar-se em Challambra Crescent no entanto a falta de colaboração tem levado a que sejam sempre apanhados.
Este ano Danny van Poppel vai-se focar mais nas clássicas e tem aqui a primeira oportunidade para tal. O holandês foi consistente no Tour Down Under, apesar de nunca ter conseguido discutir a vitória, e numa das etapas mais duras foi dos poucos sprinters a passar. Quem se lembrar da forma que van Poppel ganhou a Binche-Chimay-Binche não acha esta escolha uma surpresa. Tem estado a subir melhor que nunca e terá o apoio fundamental de Robert Gesink e George Bennett.
Daryl Impey chega a esta prova tal como no ano passado, ou seja, após ganhar o Tour Down Under. Não é o mais rápido do pelotão, mas se os sprinters ficarem para trás a história será outra. Se Lucas Hamilton o ajudar como o ajudou em Willunga Hill, o campeão sul-africano estará, de certeza, na discussão da prova.
Outsiders
Se os principais trepadores presentes chegarem num pequeno grupo, Luis Leon Sanchez tem que ser considerado o grande favorito. O espanhol está a voar neste início de temporada, esteve perto de vencer por várias vezes no Tour Down Under e foi dos mais fortes nas subidas. Tem uma ponta final bastante rápida e também pode tentar surpreender com um ataque perto do final.
Uma das belas surpresas do Tour Down Under foi Ryan Gibbons. O sul-africano pode ter desiludido um pouco nos sprints das etapas finais mas no início esteve fantástico e nas subidas esteve fabuloso, terminando em 11º à frente de muitos trepadores. A Dimension Data tem uma equipa muito forte, com Tom Slagter, Michael Valgren e Ben O’Connor.
Ruben Guerreiro teve mais um excelente Tour Down Under. É verdade que o historial do português nesta prova não é o melhor no entanto o ciclista da Katusha-Alpecin parece estar em excelente forma e os resultados alcançados na semana passada demonstram isso. É bastante rápido em grupos reduzidos.
Possíveis surpresas
O campeão do ano passado Jay McCarthy não está na forma do ano passado e por isso será difícil repetir o triunfo alcançado em 2018, no entanto nunca podemos descorar os australianos a correr em casa. Elia Viviani não teve um Tour Down Under muito bom, ele que também ainda não parece estar na melhor forma, mas se conseguir aguentar com os melhores, algo que nos parece complicado, pode muito bem melhorar o 2º lugar do ano passado e conseguir a vitória. O jovem Jasper Philipsen é mais do que um sprinter e a vitória no Tour Down Under motivou-o ainda mais. Talvez a sua tenra idade seja ainda uma desvantagem para si e uma corrida atacada será complicada para o belga que tem uma equipa muito forte para o apoiar. Olhando para os trepadores, Michael Woods, Wout Poels e Richie Porte são aqueles que podem fazer as maiores diferenças em Challambra Crescent no entanto mesmo que o consigam não os vemos a chegar ao final isolados. Por fim, olho em Alberto Bettiol, Daniel Oss, Michael Valgren, Dries Devenyns e Dylan van Baarle.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Kenny Elissonde e Tadej Pogacar.
Tips do dia
Caleb Ewan fora do top 10 -> odd 2,42
Luis Leon Sanchez no top 10 -> odd 1,53
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