É hoje que se disputa a única clássica espanhola presente no World Tour, a Clasica San Sebastian. Duras subidas e adeptos fervorosos caracterizam esta região do País Basco, prometendo espectáculo.
Percurso
228,7 quilómetros é a extensão da prova que começa e acaba em San Sebastian. Após uma fase plana, surge a primeira dificuldade do dia, a Meaga (3,9 kms a 3,3%), ao km 27,2. Nada de muito duro, servindo apenas para se formar a fuga do dia. Seguem-se Iturburu (7,4 kms a 4,8%) e Alkiza (4,5 kms a 5,7%), estando estas dificuldades ultrapassadas com 81,4 kms percorridos.
A dureza da prova vai-se começar a sentir a 100 kms da chegada. Os ciclistas entram num circuito de 35,7 kms a ser percorrido por duas vezes. Primeiro sobe-se o Alto de Jaizkibel (7,5 kms a 5,8%) e depois Arkale (2,7 kms a 6,4%). Na última passagem, os ciclistas ficam a 30 kms da chegada.
Depois da primeira passagem pela meta, a 16 kms do fim, surge a dificuldade final, que fica a menos de 10 kms da chegada. É o Murgil Tontorra (1,9 kms a 10,2% mas com rampas a 20%). Uma descida muito técnica pode fazer diferenças, antes dos 3000 metros finais que são planos.
Favoritos
Estando situada logo após o Tour de France, muitos dos ciclistas que participam na Grande Boucle fazem esta prova aproveitando o seu momento de forma. Assim, na grande maioria das vezes são ciclistas que fizeram o Tour que estão na discussão da corrida.
Julian Alaphilippe teve um Tour de sonho e nunca pareceu acusar o cansaço de 3 longas semanas de competição. Está a subir melhor que nunca, sendo estas duras subidas bascas perfeitas para si e tem uma excelente ponta final, vaso chegue um grupo reduzido.
Após um Tour em que muito trabalhou, Egan Bernal tem uma oportunidade para brilhar. O trepador da Team Sky é um talento incrível e depois de um Tour fantástico pode muito bem conseguir uma grande vitória. Não é lento, mas sabe que tem de deixar a maioria para traz e o colombiano é capaz disso.
Outsiders
Um especialista de clássicas é Daniel Martin. O irlandês acabou o Tour numa excelente forma e é daqueles ciclistas que não tem medo de atacar de longe, tentando partir a corrida. Se estiver em, é quase certo vê-lo na frente. Sabe que para ganhar não pode levar muita gente consigo.
Bauke Mollema é um poço de regularidade na prova basca. Sempre que participou fez top 10, sendo que conta já com uma vitória. O Tour não lhe correu de feição, no entanto melhorou com o passar da competição. Para ganhar terá de chegar isolado, como fez em 2016.
Talvez o final do Tour tenha mostrado as primeiras debilidades em Primoz Roglic, no entanto após uma semana de descanso o esloveno deve já estar recuperado. Uma das confirmações do Tour, Roglic adapta-se que nem uma luva a estas subidas e é bastante rápido em grupos restritos.
Possíveis surpresas
A correr em casa, Mikel Landa deve estar muito motivado para conseguir um bom resultado. O basco lidera a Movistar e depois de um final de Tour onde mostrou melhores sensações pode conseguir o triunfo. Quem também melhorou no final do Tour foi Ilnur Zakarin, que terminou a Grande Volta muito forte, sendo que se ainda mantém essa forma é um perigo, mas para ganhar terá que chegar isolado. Daqueles ciclistas que não fizeram o Tour, Tim Wellens é o maior perigo, ele que acabou de ganhar o Tour de Wallonie. Ainda não parece estar no seu melhor, no entanto o belga melhorou, e muito, nas subidas mais longas esta temporada, e se o deixam chegar podem perder para Wellens. Nomes como Steven Kruijswijk, Diego Ulissi, Rigoberto Uran, Ion Izagirre, Pierre Latour e Mikel Nieve devem ser sempre tomados em atenção, já que vêm do Tour e mostraram boa forma.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Bob Jungels e Gorka Izagirre.
Tips do dia
Julian Alaphilippe no pódio -> odd 1,83
Mikel Nieve melhor que Jelle Vanendert –> odd 1,53 Yannick Ngakoue Authentic Jersey air max donna