Após muitos adiamentos, o ciclismo está de regresso a Espanha para mais uma clássica. A região de Almeria acolhe os ciclistas numa prova que se deve decidir ao sprint.

 

Percurso

186,5 kms ligam Puebla de Viciar a Roquetas del Mar, duas cidades da região de Almeria. Dia com 1636 metros de desnível acumulado positivo, a maioria destes situando-se na primeira parte do dia, com as ascensões ao Alto de Celín (5,8 kms a 4.6%), Alto de La Alqueria (1500 metros a 6.6%) e Alto de Fuente Marbella (1500 metros a 7%).



Ultrapassada esta subida os ciclistas saem do interior para regressarem ao litoral, fazendo quase todo o percurso junto à costa o que, com o vento a poder aparecer, pode fazer com que a corrida anime bastante. A primeira passagem pela meta faz-se a 26,5 kms do fim, antes de nova passagem a 5,5 kms do fim.

O final não é muito complicado, mas os quilómetros finais têm 5 rotundas, uma delas já no quilómetro final. A reta da meta tem 500 metros, depois de uma curva a 90º graus para a direita.

 

Tácticas

As equipas dos sprinters vão querer, desde cedo, assumir o controlo da corrida numa fuga que deve ser constituída por corredores de equipas espanholas. UAE Team Emirates, Qhubeka ASSOS e Deceuninck-QuickStep serão as equipas mais interessadas, formações que também têm bons comboios, essenciais para o final.

 

Favoritos

Fernando Gaviria costuma começar todas as suas temporadas em grande, com diversos triunfos, por isso devemos esperar o mesmo amanhã. Depois de um ano menos conseguido, o colombiano quererá começar em grande, e tem nos gémeos Oliveira, Maximiliano Richeze e Sebastian Molano um comboio de luxo. Se se encontrar na frente, dificilmente será batido.



A Deceuninck-QuickStep abriu a temporada a todo o gás, com 2 triunfos em 3 dias, e muitos ciclistas a andar bem. Desta forma, não podemos descorar a equipa presente em Espanha, onde Álvaro Hodeg deverá ser o homem principal, ele que precisa de uma grande vitória para voltar a sentir-se confiante. Mais um comboio de luxo, com Mark Cavendish, Jannik Steimle, Florian Senechal e Bert van Lerberghe.

 

 

Outsiders

Giacomo Nizzolo abriu 2021 com algumas incertezas devido a uma lesão no joelho que o apoquentou na pré-epoca. Esta maleita parece já estar ultrapassada, com o campeão europeu a destacar-se na Etoile de Besseges. Muito regular em todo o tipo de chegadas, o italiano conta com uma equipa focada em si e com Matteo Pelucchi e Max Walscheid como lançadores.

Sem Pascal Ackermann, inicialmente previsto, Jordi Meeus salta para a liderança da Bora-Hansgrohe. Nas primeiras provas como profissional, o jovem talentoso belga já deu nas vistas e numa prova bastante simples poderá continuar a surpreender e conseguir o primeiro triunfo do ano.



Marc Sarreau está nas primeiras pedaladas pela AG2R Citroen. O sprinter francês é um dos corredores mais regulares do calendário europeu, onde nos últimos anos tem várias vitórias, e isso é sempre importante para o fator motivacional. A equipa é bastante competente, principalmente com Gjis van Hoecke e Damien Touzé.

 

Possíveis surpresas

Danny van Poppel parece, aos poucos, estar a voltar ao nível de outros tempos, onde era muito regular nas chegadas rápidas. A Intermarché-Wanty traz um bloco forte, com o seu irmão Boy e Andrea Pasqualon a serem os apoios. Timothy Dupont derrotou alguns dos nomes presentes na Etoile de Besseges por isso acreditamos que a confiança do experiente belga esteja em alta, um corredor muito matreiro. Jon Aberasturi, Edward Theuns, Ivan Garcia Cortina, Manuel Belletti e Attilio Viviani são opções válidas para o top-10. Muita atenção ao holandês Arvid de Kleijn a fazer a sua estreia pela Rally Cycling. Não nos podemos esquecer de Lorrenzo Manzin, vencedor da Classica Valenciana no final do mês passado, com uma equipa muito semelhante à que terá amanhã. Nas equipas espanholas, olho em Mikel Aristi e Enrique Sanz.



 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Amund Grøndahl Jansen e Manuel Peñalver.

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