O World Tour está de regresso com a Clássica San Sebastian, um momento que marca a entrada no terço final da temporada. Geralmente realizada logo após o Tour, em ano de Olimpíadas isso não aconteceu, o que confere outra dimensão à corrida.

 

Percurso

Em relação ao traçado desta prova, não há grandes mudanças em relação a outros anos, são 222 kms com mais de 4000 metros de acumulado, o que torna esta corrida própria para trepadores que gostem de pendentes muito elevadas. A primeira fase da corrida tem cerca de 160 kms, 3 subidas e aí o mais importante é poupar energia para o que aí vem.



Uma primeira definição, muitas vezes com ataques de figuras secundárias acontece em Jaizkebel, com 7.9 kms a 5,5%. É uma ascensão que engana muito porque tem 2 kms praticamente planos a baixar a média. Os primeiros 3 kms têm 7,5%, por exemplo. Segue-se a subida de Erlaitz, com os seus 10,6% durante 3900 metros, um momento decisivo na corrida, uma subida que anda sempre entre os 9% e os 12%.

Caso ainda haja diferenças para fazer há a subida de Murgil a cerca de 7 kms da meta, à qual se segue uma rápida aproximação ao final. Tem 2.1 kms a 10,9%, terrível quando as forcas já escasseiam.

 

Táticas

Vamos ver como estão os ciclistas que vêm dos Jogos Olímpicos, com 2 longas viagens e 2 mudanças drásticas de fuso horário envolvidas. Havia o mesmo receio em relação aos corredores que foram directos do Tour para Tóquio, mas o ritmo e a condição física prevaleceram.

Acreditamos que, mais uma vez, o ritmo seja fundamental, pelo que esses ciclistas podem partir em vantagem. No entanto é de recordar que este é o começo da preparação de muitos atletas para a Vuelta pelo que começam aqui a testar a sua condição física para saberem como se encontram.



A INEOS Grenadiers parte como a equipa a bater, com Egan Bernal, Adam Yates e Gianni Moscon a serem sérias opções à vitória final. As subidas do País Basco são terríveis pelo que aí o apoio não será muito, mas a superioridade tática poderá ser uma vantagem na parte final.

 

Favoritos

Adam Yates vem direto de Tóquio onde, mesmo com pouco ritmo competitivo, conseguiu chegar no grupo perseguidor, o que mostra que está em grande forma. O britânico está a ter um ano muito bom, já venceu aqui em 2015, e este é um percurso perfeito para si, ele que adora subidas curtas e explosivas. A superioridade da INEOS Grenadiers poderá ser fundamental.



Como está o campeão do Mundo? Julian Alaphilippe regressa à competição depois de um Tour onde muito tentou mas os resultados não foram tão bons como noutros anos. O descanso terá sido fundamental para estar em boa forma numa prova que já venceu em 2018. Um percurso ideal para LouLou!

 

Outsiders

Gianni Moscon é capaz do 8 e do 80, o italiano é um corredor de enorme qualidade, resta saber se amanhã estará motivado e se terá liberdade para procurar um bom resultado. Moscon adora este tipo de terreno, as clássicas são a sua praia, e está a ter um ano muito positivo. Não costuma esperar pelo sprint mas é rápido em grupos restritos.

Bauke Mollema não sabe andar mal em San Sebastian. O holandês venceu em 2016 e já conseguiu mais 7 top-10, incluindo 3 pódios. A preparação pode não ter sido a ideal, esteve no Tour, foi a Tóquio para terminar em 4º, e regressou à Europa, mas conhecer as estradas será fundamental. Mollema não tem medo de um desafio.



Estará Jonas Vingegaard recuperado do esforço do Tour de France? O dinamarquês apresentou-se a um nível altíssimo durante as 3 semanas da prova francesa e, se estiver perto ou mesmo ao nível apresentado em França, é um perigo. Corredor muito explosivo, procurará a primeira grande vitória em clássicas.

 

Possíveis surpresas

Estamos bastante curiosos para ver aquilo que Ruben Guerreiro é capaz na prova de amanhã. O português acabou o Tour em grande, está um corredor cada vez mais completo e, apesar de tudo, ainda não é um corredor assim tão marcado. É estranho como Diego Ulissi não tem bons resultados aqui, uma prova que lhe encaixa que nem uma luva, no entanto é explicado pelo facto de nem sempre o seu calendário o permitir. Amanhã será líder da UAE Team Emirates, ele que tem vindo a fazer um calendário mais alternativo. Egan Bernal nunca pode ser descartado, inicia aqui a sua preparação para a Vuelta e, quando está bem, é um perigo em qualquer tipo de prova. Dentro da equipa britânica, atenção a Daniel Martinez. Simon Yates, Giulio Ciccone e Patrick Konrad vêm diretamente de Tóquio, em condições normais estarão na luta, são corredor muito completos, adaptam-se bem a este perfil. Nomes como Mark Padun, Ben Hermans e Ilan van Wilder não podem ser descartados, estão a andar bem. Por fim, olho em Juan Ayuso, o jovem fenómeno espanhol faz a estreia no World Tour, já conta com bons resultados desde que se estreou no World Tour.



 

Super-jokers

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