Para finalizar a ponte entre as clássicas e as provas por etapas, o pelotão World Tour desloca-se até à Alemanha para uma das duas clássicas deste nível naquele país.
Percurso
Muito mais curta que em anos anteriores a Eschborn-Frankfurt voltou a fazer mudanças no seu traçado, perfazendo um total de 187,4 quilómetros
O início é plano e a primeira dificuldade é logo a mais dura, o Feldberg (13.2 kms a 4,5%), sendo coroada ao km 48. Segue-se o Ruppertshain (1.4 Kms a 7.6%) antes da entrada na fase mais complicada da prova.
O Mammolshainer (2.9 kms a 6.8%) é ultrapassado pela primeira vez ao quilómetro 81,5 voltando a aparecer 15 quilómetros depois, sendo logo seguido do Billtalhöhe (3.2 kms a 5.8%) e do Ruppertshain.
Ficam a faltar cerca de 80 quilómetros e duas passagens pelo Mammolshainer, a primeira a 47 quilómetros do fim e a segunda a 32 quilómetros. Após ter sido ultrapassado pela última vez o terreno é bastante mais plano comparando o que ficou para trás.
O final é feito em circuito, este de 6 quilómetros, na cidade de Frankfurt. É totalmente plano e tem algumas curvas perigosas a 1200, 800, 600 e 340 metros da chegada.
Tácticas
Uma corrida que geralmente termina sempre num sprint entre 30 a 50 unidades, com os principais sprinters e que anda pelos 40 km/h de média, nem a chuva ocasional tem impedido os homens rápidos de discutir o triunfo.
Favoritos
Alexander Kristoff – Vencedor das últimas 4 edições desta prova seria impossível o norueguês não estar nesta categoria, este ano vai tentar a 5ª. É um traçado muito bom para Kristoff, com alguma dureza que pode eliminar os puros sprinters.
Michael Matthews – A Sunweb é sempre uma equipa muito activa nesta prova e deverá voltar a ser. É que Matthews é dos sprinters que melhor sobre, senão mesmo o melhor aqui e a Sunweb vai querer eliminar e desgastar os rivais e tem uma boa equipa de trepadores para o fazer.
Outsiders
John Degenkolb – Vencedor em 2011, no pódio em 2014 e 2017, o alemão esteve sem competir nos últimos dias e estará bem fresco e motivado para uma nova parte da temporada. Tem alguns bons roladores e lançadores na equipa que o podem ajudar.
Pascal Ackermann – Uma grande incógnita. Tem estado uns furos abaixo relativamente a 2018 e a queda no Tour of the Alps fez temer que o campeão germânico falhasse o Giro. Tem potencial para ganhar e bem que precisa do triunfo para ganhar confiança.
Oliver Naesen – Um dos mais beneficiados se a prova for dura e muito atacada. Foi 3º em 2018 e subiu de nível em 2019, tem apresentado melhorias nomeadamente no campo do sprint e mesmo que haja um sprint com mais elementos tem tudo para fazer top 5.
Possíveis surpresas
Edvald Boasson Hagen – Começou muito bem a temporada, mas depois os problemas físicos voltaram a aparecer e falhou nas clássicas. A Dimension Data tem desiludido e precisa de um grande resultado.
Andre Greipel – A sua contratação tem sido um flop, não há volta a dar, não tem um único pódio desde a Tropicale Amissa Bongo. Greipel tem de começar a fazer pela vida e justificar a sua contratação.
Marco Haller – Depois de uma grave lesão em 2018 o austríaco está a voltar ao seu melhor nível, fez top 20 no Paris-Roubaix e tem assumido a liderança da equipa cada vez que Marcel Kittel falha, o que sido quase sempre.
Hugo Hofstetter – Um sprinter muito regular, um valor seguro dentro da Cofidis e que tem estado em bom plano este ano. Aos 25 anos é tempo de Hofstetter aproveitar os conflitos entre Bouhanni e a Cofidis.
Phil Bauhaus – Será que o gigante alemão vai sobreviver a todas as subidas? Essa é a grande questão, caso sobreviva tem hipóteses legítimas de pódio, principalmente porque tem Marcel Sieberg para o ajudar.
Clement Venturini – Tem progredido muito bem nas últimas temporadas, em 2019 já fez 3 pódios e integrou o top 10 por mais de 10 vezes.
Davide Cimolai – Pode ser a grande surpresa desta prova, discutiu 1 etapa no Tirreno-Adriatico e o que fez na Vuelta a Castilla y Leon contra a armada da Movistar foi impressionante, está em grande forma.
Wallonie-Bruxelles – Todas as grandes figuras da equipa têm estado muito bem este ano, resta saber qual será o escolhido amanhã para liderar a equipa entre Baptiste Planckaert, Emils Liepins e Justin Jules.
Super-Jokers
Os nossos super-jokers são Simon Clarke e Davide Ballerini.