Etoile de Besseges 2020 - 50st Edition - 5th stage Ales - Ales 10,7 km - 09/02/2020 - Benoit Cosnefroy (FRA - AG2R - La Mondiale) - Alexys Brunel (FRA - Groupama - FDJ) - Alberto Bettiol (ITA - EF Pro Cycling) - photo Regis Garnier/BettiniPhoto©2020

Em virtude do cancelamento de algumas provas, em especial da Volta à Comunidade Valenciana, a Etoile de Besseges ganhou um protagonismo acrescido e conta com o melhor alinhamento de sempre.



 

Percurso

Esta é uma corrida que já vai na sua 51ª edição e que tem uma presença consolidada no calendário. O perfil de outros anos mantém-se, 4/5 etapas com o início da corrida em Bellegarde e final com um contra-relógio em Alès, uns anos mais dura, outros anos menos complicada nas jornadas intermédias.

Etapa 1

144 kms com início e final em Bellegarde, sendo que o grande destaque vai para o último quilómetro visto que a meta coincide com uma subida de 600 metros a 6,9%, com rampas acima dos 10%.

Esta chegada no Cote de la Tour apenas se fez por 1 ocasião nos últimos anos, tendo sido ganha em 2020 por Alexys Brunel, num dia mais duro que este, também por causa do vento. O pelotão chegou completamente fraccionado. Outra pequena curiosidade, Bryan Coquard já ganhou a etapa inaugural da Etoile de Besseges por 2 vezes, sempre em Beaucaire.

 

Etapa 2

Uma tirada perfeita para os sprinters e perfeita para este início de temporada, 154 kms relativamente simples, apenas com 1610 metros de desnível. Esta chegada realizou-se em 2019, com vitória de Laporte diante de Venturini.




Etapa 3

Um dia onde a montanha vai começar a aparecer, serão 3000 metros de desnível, maioritariamente concentrados na primeira metade da etapa. Ainda existe cerca de 1 kms a 6,5% a 16,5 kms da meta, será a última chance para deixar algum sprinter para trás. Em 2020 ganhou a fuga com Dries de Bondt e Georg Zimmermann, o pelotão era de 80 unidades. Marc Sarreau foi o vencedor em 2018 e 2019, sempre em grupos de 70 a 80 ciclistas.

 

Etapa 4

Hora das decisões com um acidentado circuito final a permitir algumas diferenças importantes. A subida de 1,1 kms a 5,5% que coincide com a meta irá ser ultrapassada por 4 vezes e ainda há mais algumas colinas e falsos planos pelo caminho. Aqueles que sejam piores no contra-relógio têm de tentar alguma coisa

 

Etapa 5

Quase 11 kms vão muito provavelmente decidir esta Etoile de Besseges, um traçado onde normalmente os mais fortes e mais completos vencem, já que tem uma grande parte plana e depois 2,5 kms a 6%, com quase 1 kms a 10% pelo meio.

Lista de vencedores em Alès: Jerome Coppel em 2012 e 2016, Anthony Roux em 2013, Tobias Ludvigsson em 2014, Bob Jungels em 2015, Tony Gallopin em 2017 e 2018, Christophe Laporte em 2019 e Alberto Bettiol em 2020.




Tácticas

Com um perfil de 2 chegadas ao sprint, 2 chegadas em topos e 1 contra-relógio, esta prova decidir-se-á no último dia e nas bonificações adquiridas ao longo dos restantes, é preciso ser um bom contra-relogista e explosivo ao mesmo tempo

 

Favoritos

Alberto Bettiol surpreendeu em 2020 e só foi 2º porque logo na jornada inaugural ficou muito longe dos primeiros. Tem o hábito de começar bem as temporadas, é um bom especialista nestes contra-relógios com cerca de 10 kms e é explosivo suficiente para conseguir algumas bonificações.

Início de temporada e Tim Wellens são conjunto de palavras que conjugam muito bem. O belga entra sempre muito bem nas épocas: 5º na Volta ao Algarve do ano passado, 3 vitórias em 2019 e 2017 e 2 vitórias em 2018. Muito completo, o belga é perfeito para este tipo de competição e mostrou muita vontade no passado domingo.

 

Outsiders

Felix Grosschartner está cada vez um ciclista mais completo e o 9º lugar na última Vuelta comprova isso. O austríaco tem ganho espaço dentro da Bora-Hansgrohe e começa o ano como líder. Defende-se nos contra-relógios e em finais inclinados é bastante explosivo, tendo já ganho uma etapa deste género numa edição da Vuelta a Burgos.



Ficamos muito agradados com a exibição de Benjamin Thomas no GP La Marseillaise. Longe de ultrapassar facilmente as dificuldades, tem vindo a melhorar nesse aspeto, o especialista de contra-relógio tem aí o seu ponto forte e, vindo da pista, tem a capacidade de explosão necessária para alguns finais.

Sem uma grande subida propriamente dita há que considerar Mads Pedersen para a classificação geral, pois o dinamarquês é dos poucos bons contra-relogistas que consegue sprintar com os melhores. A Trek vem com um bom comboio e sabe que Nibali e Mollema não terão hipóteses neste percurso, vêm só para ganhar ritmo.

 

Possíveis surpresas

A INEOS Grenadiers vem com um bloco poderoso no entanto não é em Egan Bernal que as esperanças deverão estar depositadas. Filippo Ganna tem o contra-relógio a seu favor (apesar da dureza), resta saber como está a sua condição física para ultrapassar as pequenas dificuldades. Michal Kwiatkowski e Geraint Thomas são outras sólidas apostas, corredores muito completos e que se adaptam a este terreno. Bauke Mollema é um poço de regularidade nas provas por etapas e costuma abrir bem as épocas, veremos se volta a confirmar. Christophe Laporte é um antigo vencedor da competição e nunca pode ser deixado de parte, mas a forma parece não ser a melhor, ele que tem vários finais ideais para si. Greg van Avermaet quererá dar continuidade ao grande momento da AG2R Citroen e estrear-se da melhor maneira possível com as novas cores, numa prova perfeita para si. Atenção aos jovens Ethan Hayter e Andreas Kron, dois bons valores que se tiverem liberdade dentro da sua equipa podem conseguir um grande resultado.



 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Lennard Kamna e Mads Wurtz.

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