Aí estão as clássicas do empedrado! Num ano atípico, poucas serão estas provas e, com o cancelamento do Paris-Roubaix, a competição de amanhã ganha, ainda mais, importância.

 

Percurso

O traçado mantém-se praticamente inalterado em relação àquele que a maioria dos ciclistas presentes fizeram na temporada transata. 232,5 kms no total, às quais se juntam as 11 subidas.



Como é tradicional nas clássicas belgas, os primeiros 130 kms são totalmente planos, mas com as condições climatéricas, poderão ser absolutamente decisivos. A primeira subida é o Scherpenberg a faltar 102 kms, com mais 4 ascensões a surgiram entre os 92 kms e os 84 kms para o final, numa rápida sucessão. Esta fase será decisiva para o desfecho da corrida e poderá definir se os sprinters irão discutir a vitória ou não.

Seguem-se 30 kms sem subidas mas as dificuldades surgem com 3 setores de steratto praticamente feitos de forma sucessivas (Hill, Christmas Truce e The Catacombs), num total de 4 kms deste “piso”.

A 54,5 kms do fim, a corrida entrará na fase decisiva com as últimas 6 subidas a fazerem-se em 20 kms (Monteberg – Kemmelberg – Scherpenberg – Vidaigneberg – Banenberg – Kemmelberg). De todas estas subidas, o Kemmelberg, que será feito por duas vertentes diferentes, é a mais dura: na primeira são 400 metros a 7.2% e na segunda 600 metros a 12.1%. Ultrapassado o Kemmelberg, ficam a faltar 34,5 kms para o final, num traçado totalmente plano, que pode originar algum reagrupamento, numa batalha que se espera muito dura.

 

Tácticas

Geralmente na Gent-Wevelgem temos os sprinters, num grupo reduzido, a discutir o pódio ou mesmo a vitória, aqueles que estão em melhor forma. E a questão é sempre a mesma, quem vai explodir a corrida nas colinas? Este ano a resposta é fácil. Certamente Mathieu van der Poel vai atacar de longe, tal como o holandês gosta e tem feito em quase todas as provas deste género.



O único que parece capaz de seguir Mathieu van der Poel é o vencedor da Milano-SanRemo Wout van Aert. Será que os 2 antigos rivais de ciclo-crosse se vão conseguir entender para afastar os puros sprinters? Eventualmente podem vir a precisar de ajuda, nesse caso nomes como Stefan Kung, Oliver Naesen e Mads Pedersen estão em grande forma e também não estão propriamente interessados num sprint final.

Na lista de equipas com sprinters e sem ninguém que pareça capaz de acompanhar os mais explosivos nas subidas estão a Bora-Hansgrohe de Ackermann, a Deceuncinck-Quick-Step de Bennett, a Lotto-Soudal de Ewan e a UAE Team Emirates de Kristoff, a menos que haja uma grande aliança entre estas equipas e uma força de perseguição enorme dificilmente os atacantes serão alcançados.

 

Favoritos

Obviamente Mathieu van der Poel é um dos nomes a entrar nesta categoria, vencedor do BinckBank Tour graças a um incrível ataque de longe, foi 6º na Liege-Bastogne-Liege no dia seguinte. Está finalmente a alcançar o nível que esperávamos e a distância da prova não será um problema para ele. A equipa terá de endurecer a corrida logo nas primeiras subidas.



Wout van Aert é um possível vencedor em todos os cenários. Vimos como no Tour ele conseguiu bater-se de igual para igual com puros sprinters e aqui tem a vantagem de ser uma corrida algo dura. Como também é excelente no contra-relógio pode escapar-se sozinho para a vitória e gostará das suas possibilidades num duelo directo com Mathieu van der Poel.

 

Outsiders

Finalmente Sonny Colbrelli encontrou o seu melhor nível. O italiano já tinha impressionado em subida na última semana do Tour e terminou o BinckBank Tour em 6º, completando isso com um 4º posto na Brabantse Pijl. É dos sprinters capazes de se manter próximo de van Aert e van der Poel, resta saber se encontrará a combinação certa para vencer. Tem em Ivan Garcia Cortina um elemento fundamental.

Oliver Naesen caiu na etapa inaugural do BinckBank Tour, pensou-se que estaria lesionado no joelho, mas o belga recuperou e foi brilhante na última etapa, seguindo as acelerações de Soren Kragh Andersen. É alguém que tem uma boa ponta final e que pode aproveitar uma guerra psicológica entre os 2 favoritos, foi 3º no ano passado.



A Quick-Step sabe que a sua melhor chance é reservar as tropas e manter o bloco junto de Sam Bennett caso o irlandês esteja num bom dia. Recorde-se que em 2017 ele esteve no grupo principal, em subidas curtas e explosivas ainda se consegue defender.

 

Possíveis surpresas

Mads Pedersen é um corredor muito interessante, outro ciclista que gosta de corridas duras, mas que não é tão explosivo como os 2 favoritos, no entanto é um bom sprinter e a sua ponta final assusta. Os sprinters terão a vida algo dificultada com tanta gente a tentar atacar, mas caso a prova se decida num grupo restrito obviamente Alexander Kristoff, Pascal Ackermann e Caleb Ewan são nomes a ter em conta (não acreditamos que Ewan consiga passar). Outros sprinters que podem perfeitamente fazer top 5 são Hugo Hofstetter, Luka Mezgec (daqueles que passa muito bem a montanha), Christophe Laporte, Danny van Poppel e Ethan Hayter. Stefan Kung deverá ser um elemento activo, mas dificilmente ganhará a corrida pelas suas características, e o mesmo se aplica a Matteo Trentin. Cuidado ainda com o jovem talento Nils Eekhoff e com Michael Valgren, que está a subir de forma.



 

Super-Jokers

Os nossos super-jokers são Tim Merlier e Jasper Stuyven.

 

Tips do dia

Sonny Colbrelli melhor que Matteo Trentin – > odd 1,65 (stake 1)

Wout van Aert no pódio – > odd 1,65 (stake 1)

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