A temporada de ciclismo está quase a acabar mas antes do seu término ainda falta a “Corrida das Folhas Caídas”. Il Lombardia é o último monumento da temporada e é a clássica mais importante do Outono e para a qual muitos apontaram como objetivo final.

 

Percurso

241 quilómetros ligam Bergamo a Como para a última grande clássica da temporada. A primeira dificuldade do dia surge ao km 47,5, com o Colle Gallo (7.4 kms a 6%), altura em que a fuga já deve estar formada. Seguem-se praticamente 100 kms planos, com exceção do Colle Brianza (10.3 kms a 3.5%), que fica a meio desta fase da corrida.

A prova começa a ser seriamente dura quando faltarem 72,7 kms para o fim. A Madonna del Ghisallo (8.5 kms 6.2%, com rampas a 14%) é uma subida muito dura e quem sentir dificuldades aqui estará fora da luta. Pouco depois, a Colma di Sormano (6.7 kms a 8.7%, com rampas a 27% e um quilómetro final a mais de 15%) será mais uma difícil subida. Passada a primeira grande sequência de colinas, restam menos de 50 kms para a chegada.

Uma longa descida/fase de plano antecede as duas dificuldades finais. A subida a Civiglio (4.2 kms a 9.7%) é o que se segue, terminando a 14 kms do fim. Se ainda existirem forças, as diferenças têm que ser feitas no Monte Olimpino (1.7 kms a 5.7%), que tem o seu fim a apenas 5800 metros do fim. 3500 metros de descida também podem fazer diferenças, antes dos 2 kms finais planos. A última viragem está a 600 metros do fim, numa estrada com 7 metros de largura.



 

Favoritos

De todas as clássicas do World Tour, esta é aquela que melhor se adapta aos puros trepadores e não é por acaso que muitos dos homens de 3 semanas estão aqui e apontaram o Giro di Lombardia como o objetivo final de 2018.

Thibaut Pinot está a ter um final de temporada fantástico. Após ter terminado a Vuelta, o francês foi 9º nos Mundiais, 5º no Giro dell’Emilia, 2º na Tre Valli Varesini e ganhou a Milano-Torino na quarta-feira. Nas últimas duas corridas foi o mais forte nas subidas, mostrando sempre disponibilidade para atacar e responder a ataques. Juntamente com David Gaudu têm feito uma dupla temível e vai tentar melhorar o 3º lugar de 2015.

Seria incrível o campeão do Mundo Alejandro Valverde estrear-se a ganhar num Monumento. Após uns dias de paragem, tem vindo a melhorar a sua condição física. Na Milano-Torino já se mostrou muito melhor mas para o espanhol o melhor será correr na defensiva, respondendo aos ataques, talvez atacando nas descidas e depois no sprint final “fugir” para a vitória, pois num grupo reduzido será dos mais rápidos.



 

Outsiders

A EF Education First tem uma das equipas mais fortes e uma das opções é Michael Woods. Especialista em clássicas, o canadiano tem sido uma das confirmações deste final de temporada e, juntamente com Thibaut Pinot, foi dos mais fortes na Tre Valli Varesini. Muito explosivo, preferirá chegar sozinho pois nos últimos sprints tem desiludido.

Também Rigoberto Uran é uma carta séria dentro da EF Education First. Mais escondido que o seu companheiro, o colombiano conta já com 3 terceiros lugares nesta prova e quererá melhorar. Leva já uma longa temporada mas as últimas provas mostram um Uran ainda muito forte. A EF Education First pode aproveitar ter 2 ciclistas num grupo reduzido e jogar taticamente.

Nas últimas duas edições em que participou (2015 e 2017), Vincenzo Nibali saiu como vencedor. O Tubarão de Messina é daqueles ciclistas que sabe o que tem de fazer para ganhar em Como e apesar de um final de temporada não muito forte, tem progredido, mostrando-se melhor na Tre Valli Varesini. Para ganhar, terá que chegar isolado e as descidas podem ser essenciais.



 

Possíveis surpresas

Desde os Mundiais que Romain Bardet não parece ter a disponibilidade que apresentou nessa prova, no entanto onde participou não havia dureza necessária para fazer a diferença. Daí não descartarmos Bardet que adora clássicas deste género e não tem medo de atacar. Um ciclista que tem estado sempre na frente mas muito discreto é Primoz Roglic. Um dos azarados dos Mundiais, tem na Lombardia o último objetivo da temporada, ele que não tem grandes resultados em clássicas mas que gosta muito de percursos duros e, em caso de sprint, é bastante rápido. Egan Bernal nunca pode ser descartado. Ainda há poucas semanas teve uma queda grave e já está outra vez a fazer bons resultados. Pode não ser o Bernal que já vimos noutras ocasiões mas se lhe derem liberdade o colombiano pode fazer estragos. Domenico Pozzovivo será o plano B dentro da Bahrain-Merida, David Gaudu e Sebastian Reichenbach serão fundamentais para Pinot e podem, com isso, conseguir um excelente resultado, e Wilco Kelderman parece estar bem após uma Vuelta complicada. Por fim, olho em Jakob Fuglsang e Rafal Majka.



 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Rui Costa e Davide Formolo

 

Tips do dia

Rigoberto Uran melhor que Gianni Moscon -> odd 1,62

Vincenzo Nibali melhor que Gianni Moscon -> odd 1,83

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