Kuurne - Belgium - wielrennen - cycling - cyclisme - radsport - Dylan GROENEWEGEN (Netherlands / Team Lotto NL - Jumbo) pictured during 70th Kuurne-Bruxelles-Kuurne 2018 (1.HC) - photo Dion Kerckhoffs/Cor Vos © 2018

O fim-de-semana de abertura das clássicas termina com a Kuurne-Bruxelles-Kuurne. Esta é uma prova mais amiga dos sprinters no entanto os classicómanos que hoje não estiveram tão bem vão querer redimir-se.

 

Percurso

O fim-de-semana de abertura terminar com um total de 201,1 kms. O primeiro terço da corrida é predominantemente plano, com 3 só colina para amostra. Após 33 kms surge o Volkegemberg (500 metros a 4,8%). O Onkerzeleberg (2,1 kms a 3%) fica ao km 68.5  antes de entrarmos na fase decisiva da corrida, com a maioria das colinas e troços de empedrado.



Em rápida sucessão aparecem o Kanarieberg (1 km a 7,7%), o famoso Kruisberg (1,9 kms a 4%), o Hotondberg (2,7 kms a 3,1%) e ainda o Cote de Trieu (1,3 km a 7%). No entanto, as maiores diferenças costumam ser feitas no mítico Oude Kwaremont, a 85 kms da meta, com 2,2 kms a 4% e em empedrado. Logo a seguir vem o Kluisberg (1,1 km a 6,3%), para dificultar ainda mais a vida dos sprinters. Mais 12 kms e estão pela frente as últimas oportunidades para fazer diferenças, 2 kms de empedrado em Varent, o Tiegemberg (0,8 kms a 5%), o Holstraat (1 kms a 5,2%) e para finalizar o Nokereberg (0,35 kms a 5,7%).

Esta última colina está ainda a 50 kms da meta, o que permite reagrupamentos antes do final caso as diferenças não sejam extremas. A corrida termina com 2 voltas num circuito de 15 kms nos arredores de Kuurne. A última curva situa-se a 600 metros da meta, e é um ponto decisivo desta chegada se ainda houve comboios para lançar os sprinters.

 

Favoritos

Esta é uma corrida muito aberta. Nas últimas 4 edições, vimos duas vezes grupos reduzidos chegar ao final, ao passo que nas outras duas edições foram sprinters a triunfar.

O vencedor do ano passado foi Dylan Groenewegen e após a boa exibição que vez na Volta ao Algarve parte como um dos grandes favoritos. Leva já duas vitórias em 2019 e conta com Danny van Poppel como um lançador de luxo. É verdade que Groenewegen não é dos sprinters com maior resistência no entanto tem vindo a melhorar este aspecto. Se o deixam chegar na frente, será difícil batê-lo.



Uma corrida mais dura irá favorecer Matteo Trentin, ele que está em grande forma, contando já com mais vitórias em 2 meses de temporada do que em todo o ano passado. Está a subir melhor que nunca e continua muito rápido. É certo que não tem a ponta final de alguns dos sprinters presentes, mas com uma prova mais dura chegará mais fresco que os demais.

 

Outsiders

Num cenário de um grupo maior, Pascal Ackermann é, também, um forte candidato, ele que não esteve na forma desejada na Volta ao Algarve pois nunca conseguiu estar na luta pelas etapas ao sprint. É um ciclista razoável a passar este tipo de percurso e mesmo que fique para trás, algo que é plausível, tem uma forte equipa para o trazer de volta. No final, terá Rudiger Selig e Jempy Drucker, um comboio de luxo.

Sonny Colbrelli é mais um sprinter que espera por uma corrida bastante endurecida. Hoje estava na frente quando a queda de Tiesj Benoot partiu o grupo da frente e depois ficou sem pernas. Amanhã, o percurso é mais fácil e o italiano já demonstrou ser um excelente ciclista de clássicas. Conta já com um triunfo em 2019.

Estamos curiosos para ver o que Jasper Philipsen pode fazer amanhã. Hoje o percurso tornou-se duro demais no entanto amanhã poderá ser diferente, ele que enquanto sub-23 era um dos principais destaques neste tipo de provas. No Tour Down Under sprintou contra alguns dos melhores do mundo e conseguiu vencer uma das etapas pelo que amanhã não seria uma surpresa se isso voltasse a acontecer.



 

Possíveis surpresas

É quase certo vermos os principais classicómanos atacarem na parte mais seletiva da corrida. Aí, surgem os nomes que estiveram na frente na Omloop Het Nieuwsblad: Zdenek Stybar, Oliver Naesen, Alexey Lutsenko e Yves Lampaert. Será difícil ver um ciclista destes a vencer dado que a distância para a meta ainda é muita. Dentro dos principais sprinters, destacamos Nacer Bouhanni, ele que parece em boa forma, adapta-se a este percurso e já terminou por uma vez no pódio. Foi com alguma surpresa que vimos Giacomo Nizzolo ganhar no Tour of Oman no entanto amanhã será complicado repetir o cenário, já que ainda não o vemos nas condições ideais. Danny van Poppel será o plano B da Jumbo-Visma caso Dylan Groenewegen não esteja na frente, tal como Jempy Drucker na Bora-hansgrohe. Atenção, ainda, a Florian Senechal, Maguns Cort, Edward Theuns e ao vencedor de 2016, Jasper Stuyven.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Davide Ballerini e Jens Debusschere.



Tip do dia

Não encontramos nada de valor, pelo que não deixaremos nenhuma tip para a prova de amanhã.

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