O fim-de-semana de abertura das clássicas continua e quem não esteve tão bem no dia de hoje quererá redimir-se amanhã! Mais um dia com animação garantida.
Percurso
O fim-de-semana de abertura terminar com um total de 197 kms. O primeiro terço da corrida é predominantemente plano, só com 4 colinas para amostra. Após 16 kms surge o famoso Tiegemberg (1,5 kms a 3.5%), sendo que antes da zona de abastecimento ainda surgem o Volkegemberg (900 metros a 4.7%), Boembeek (1,2 kms a 4.8%) e Bossenaarstraat (600 metros a 7.3%).
Entrarmos na fase decisiva da corrida, com a maioria das colinas e troços de empedrado. Em rápida sucessão aparecem o Mont Saint Laurent (1200 metros a 7,5%), o La Houppe (1.6 kms at 6%), Kanarieberg (1 km a 7,7%), o famoso Kruisberg (1,9 kms a 4%), o Hotondberg (2,7 kms a 3,1%) e ainda o Cote de Trieu (1,3 km a 7%). No entanto, as maiores diferenças costumam ser feitas no mítico Oude Kwaremont, a 59 kms da meta, com 2,2 kms a 4% e em empedrado. Logo a seguir vem o Kluisberg (1,1 km a 6,3%), para dificultar ainda mais a vida dos sprinters.
Esta última colina está ainda a 50 kms da meta, o que permite reagrupamentos antes do final caso as diferenças não sejam extremas. A corrida termina com 2 voltas num circuito de 15 kms nos arredores de Kuurne. A última curva situa-se a 600 metros da meta, e é um ponto decisivo desta chegada se ainda houve comboios para lançar os sprinters.
Tácticas
Geralmente esta é uma clássica mais de sprinters, muito mais que a Omloop Het Nieuwsblad. Hoje chegou um grupo bem grande à meta, amanhã é provável que isso se repita. Se analisarmos os últimos 5 anos, por 3 vezes aconteceu o mesmo cenário, a vitória de um ciclista isolado diante de um grupo restrito com muitos sprinters. Stuyven em 2016, Jungels em 2019 e Asgreen em 2020. Sagan ganhou num sprint a 5 em 2017 e Groenewegen foi mais forte num sprint ainda grande em 2018.
O desfecho desta corrida está dependente dos interesses de cada equipa, se têm ou não um sprint capaz de ganhar ou fazer pódio, se têm ou não ciclistas com capacidade para se destacar nas corridas. Analisando os blocos, há claramente o bloco das equipas dos sprinters composto pela Groupama-FDJ de Demare, pela UAE Team Emirates de Kristoff e talvez pela B&B Hotels de Coquard. Este é um bloco muito curto para o normal destas corridas. Olhando para a lista de participantes obviamente há mais sprinters, mas ciclistas como Barbier, Colbrelli, Laporte ou Degenkolb sabem que, em princípio, não devem conseguir bater Demare ou Kristoff no mano a mano e têm de tentar algo. O problema é que quanto mais se encurtar o pelotão, mais pequenos os blocos serão e mais anárquica a corrida será.
Mas há mais factores a considerar. A Quick-Step alinhou hoje com o seu “bloco A” e mostrou que consegue dominar a corrida quase a seu belo prazer, mas amanhã irá com o “bloco B”. Hodeg será a alternativa para um sprint, mas o colombiano não dá propriamente muita confiança. Esperem uma corrida ofensiva dos belgas, que nos últimos 2 anos ganharam esta prova. É quase uma certeza que Mathieu van der Poel irá estar ao ataque apesar de ser um dos sprinters mais fortes em prova, não quer arriscar levar Demare ou Kristoff para o risco. O problema é se com isso não irá ganhar uma guerra difícil de ganhar se acabar sem colegas e em inferioridade numérica. Em relação aos blocos mais interessantes para explodir com a corrida claramente a Ineos Grenadiers e a Ag2r Citroen deram indicações hoje sobre o que podem fazer.
Há ainda mais um factor a referenciar: o clima. Amanhã prevê-se um dia quase sem chuva e com vento relativamente calmo, música para os ouvidos dos sprinters.
Favoritos
Um dos poucos ciclistas capazes de ganhar em 2 cenários, senão o único, é Mathieu van der Poel. O holandês não gosta nada de esperar pelo sprint final e vai querer livrar-se de alguns dos seus rivais. Está em grande forma, tem uma boa equipa ao seu lado e é muito pouco provável que vá trabalhar para Tim Merlier.
A Deceuninck-Quick-Step tem um historial incrível nesta corrida e vai tentar partir a corrida de modo a ter 3 ou 4 ciclistas num grupo de 20 unidades. Lampaert e Asgreen podem ser muito marcados, por isso apostamos num jovem talento de nome Jannik Steimle, bom rolador, boa ponta final e passa bem as colinas, é um nome a ter em conta.
Outsiders
Christophe Laporte hoje provou novamente que está numa forma incrível. O vencedor da 1ª etapa da Etoile de Besseges estará em qualquer corte de 10/15 ciclistas que se forme e será sempre um dos melhores sprinters do grupo em que estiver. Hoje perdeu-se no final, amanhã precisará do melhor Jempy Drucker ao seu lado.
Arnaud Demare tem um bom histórico nesta corrida apesar de nunca a ter ganho, foi 4º em 2012, 6º em 2017 e 2º em 2018, consegue estar presente em muitos finais. Demare está neste momento com a confiança em baixo e à procura das melhores sensações, se for o Demare de 20020 até é o maior candidato.
Alexander Kristoff já aqui esteve por 3 vezes no pódio, 2º em 2015, 2º em 2016 e 3º em 2020. O norueguês vai querer vingar o azar de hoje, quando avariou à beira do quilómetro final, estando numa excelente posição. Aguentou com o pelotão, o que é bom sinal e não tem assim tantos rivais para um sprint.
Possíveis surpresas
Na Deceuninck-Quick-Step quase todos são capazes de uma grande gracinha, Alvaro Hodeg já não tem grandes resultados há muito tempo, Yves Lampaert (5º em 2019) caiu hoje, mas pareceu bem e gosta desta corrida e Kasper Asgreen vai querer defender o seu título, o problema é que o dinamarquês tem de chegar isolado. A Trek-Segafredo esteve mega desaparecida hoje, amanhã deverá jogar a carta de Jasper Stuyven, que adora esta corrida (1º em 2016, 2º em 2017, 5º em 2020), nunca descartando Mads Pedersen. Com Kristoff reservado para um sprint final caberá a Matteo Trentin seguir os melhores quando começarem os ataques, ele que já teve alguns duelos interessantes com Mathieu van der Poel. John Degenkolb é outro possível candidato ao pódio, é dos melhores homens rápidos a passar subidas curtas e tem-se focado nisso nos últimos anos. Thomas Pidcock hoje provou que neste momento é dos mais fortes nas subidas curtas e explosivas, no entanto não o vemos melhor que Mathieu van der Poel e perde para muitos sprinters. Veremos o que faz a Ag2r Citroen, não se pode ignorar 2 pesos pesados como Greg van Avermaet e Oliver Naesen. Atenção ainda à Team DSM que pode fazer uma gracinha com o jovem Nils Eekhoff. Há muitos sprinters aqui, mas a alguns deles parece faltar aquele ponto extra para ganhar, nomes como Sonny Colbrelli, Marc Sarreau, Danny van Poppel ou Thomas Boudat.
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