A semana das Ardenas chega ao fim com mais um dos Monumentos do ciclismo! A Decana das clássicas marca o fim desta fase da temporada antes da entrada em cena das Grandes Voltas.
Percurso
Um novo percurso é aquilo que os ciclistas terão pela frente na Liege-Bastogne-Liege, com o final em Ans a ser substituído pela chegada ao centro de Liege. No total serão 256 quilómetros com partida e chegada na cidade belga.
Poucos são os quilómetros planos nesta clássica no entanto o início é o mais fácil com a primeira subida a aparecer apenas ao quilómetro 75, sendo o Cote de La Roche-en-Ardenne (3.3 kms a 4.8%). O Cote de Saint Roch (900 metros a 10.8%) fica, sensivelmente, a meio do percurso, antes dos 100 quilómetros finais de loucos.
Tudo começa com o Cote de Mont-le-Soie (2 kms a 5.6%), seguindo-se, num espaço de 25 quilómetros, o Cote de Wanne (2 kms a 8.2%), o Cote de Stockeu (1100 metros a 11.3%), o Col de la Haute-Levée (4.4 kms a 5.2%) e o Col du Rosier (4.4 kms a 5.6%).
Para os derradeiros 50 quilómetros ficam a faltar 4 subidas, as mais duras e onde tudo se deve decidir. O Col du Maquisard (2.9 kms a 5.2%) abre as hostilidades da parte final e, logo de seguida, há o famoso Cote de la Redoute (2.2 kms a 8%). A entrada nos últimos 25 quilómetros faz-se com o Cote des Forges (1300 metros a 7.9%), antes do Cote de la Roche-aux-Faucons (1300 metros a 9.9%), que este ano será a derradeira subida da prova.
Ficam a faltar 15 quilómetros e é a parti daqui que o percurso muda. Uma pequena subida antecede a descida para os derradeiros 4 quilómetros. A última curva fica a 600 metros da chegada antes de uma reta da meta em ligeira curva para a esquerda.
Táticas
Mais uma vez, a história da corrida vai passar pela Astana. A equipa cazaque vai querer endurecer muito a prova de forma a reduzir os gregários dos seus rivais para quando os ciclistas da Astana ataquem não haja força de perseguição. Só a Deceuninck-QuickStep pode fazer frente à Astana e esperamos que a corrida só comece a ser mais movimentada nos últimos 50 quilómetros, com a sequência de subidas mais duras.
Favoritos
Já com um Monumento ganho na temporada, Julian Alaphilippe é um dos ciclistas do momento, ele que se redimiu na Flechè Wallone após o falhanço na Amstel Gold Race. Esteve perto em 2015, quando foi 2º, e conta com um bom bloco para o apoiar, onde se destaca Enric Mas. As duras subidas não serão problema para o francês que nunca pareceu em dificuldade nas últimas semanas. Dentro de todos os favoritos, é aquele com melhor ponta final.
Jakob Fuglsang está na forma da sua vida: 3º na Amstel, 2º na Flechè Wallone, será 1º na Liège-Bastogne-Liège? A forma está lá, resta saber que conseguirá deixar para trás todos os seus adversários uma vez que não é dos mais rápidos entre os favoritos. A Astana fará tudo para o deixar na pole position, caberá ao dinamarquês concluir o trabalho.
Outsiders
Adam Yates teve o azar de cair na quarta-feira, no entanto não parece ter nada de grave que o impeça de estar à partida amanhã. Este ano, em provas por etapas onde existam subidas como estas, o britânico tem estado imbatível, leva já 3 vitórias em 2019. Não tem medo de atacar e, normalmente, fá-lo sempre no momento certo.
Uma das confirmações da temporada é Maximilian Schachmann, ele que depois de ganhar 3 etapas no País Basco foi 5º na Amstel e na Flechè. A Bora-hansgrohe tem uma forte equipa em seu torno, com Formolo e Konrad como destaques. É muito combativo, não tem medo de atacar e tem uma boa ponta final.
Até agora, a semana das Ardenas não está a correr da melhor forma para Michal Kwiatkowski. Esteve bem na Amstel mas não conseguiu o top 10, parecia bem na Flechè mas foi ao choque e ficou fora dos 10 melhores e tem, agora, a melhor oportunidade. Um dia longo e duro em cima da bicicleta é perfeito para o campeão polaco que tem uma ponta final bastante rápida. Será a despedida de sonho da Team Sky?
Possíveis surpresas
Vincenzo Nibali esteve em grande nível no Tour of the Alps, algo raro no Tubarão de Messina fora das grandes voltas. Já com vários monumentos no palmarés, o italiano não tem nada a perder em atacar quando a corrida ficar mais dura. Romain Bardet tem excelentes resultados aqui e a forma parece estar a melhorar, numa prova que se adapta perfeitamente às suas características. Tim Wellens e Bjorg Lambrecht vão querer mostrar a camisola da Lotto-Soudal, o primeiro deve atacar de longe e o segundo deve ficar mais resguardado (foi 5º na Amstel e 4º na Flechè). Michael Matthews é o único “sprinter” que é capaz de passar com os melhores este percurso e esperar por um sprint final mas mesmo assim será muito complicado e terá que confiar muito em Tom Dumoulin, que pode surpreender com um ataque de longe. Atenção a Simon Clarke, Valentin Madouas, Patrick Konrad, Tadej Pogacar, Rui Costa e Jelle Vanendert como potenciais ciclistas a fazerem top 10.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Ilnur Zakarin e David Gaudu.
Tips do dia
Vincenzo Nibali melhor que Alejandro Valverde -> odd 1,70 (stake 1)
Jakob Fuglsang no pódio -> odd 2,10 (stake 1)
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