As clássicas italianas não param e amanhã é dia para uma das mais antigas provas de um dia em solo transalpino
Percurso
Como o nome indica, a 100ª edição da prova começa na região de Milão, mais propriamente em Magenta. Os primeiros 154,7 quilómetros pouco ou nada têm para contar. Completamente planos, para o pelotão ganhar ritmo antes da chegada a Turim.
Aí, começa a primeira ascensão a Superga (4300 metros a 9%). Ultrapassada a subida restam menos de 20 quilómetros que passam rapidamente, já que uma parte é a descer, 3 são planos, antes da derradeira ascensão a Superga. Na segunda passagem são 4900 metros a 9,1%. Uma subida duríssima e constante que no seu miolo chega a ter rampas a 14%.
Favoritos
Uma prova fácil de controlar que normalmente se decide na última subida. Os ataques começam na primeira passagem por Superga, no entanto é raro alguém vencer a partir daí, já que os interesses são muitos, apesar de se formarem grupos muito restritos.
Michael Woods anda sempre bem nos finais de temporada e este ano não está a ser excepção. 2º em 2016, vem de ser 2º no Giro dell’Emilia isto depois de ter estado bem nas clássicas do Canadá. Um ciclista perfeito para estas grandes inclinações e que está numa equipa com várias opções o que o pode favorecer.
Milano-Torino é uma das clássicas que Alejandro Valverde ainda não tem no seu palmarés. É verdade que poucas vezes a correu mas tem estado sempre em crescendo, terminando no pódio no ano passado. Após a Vuelta parece ter mantido a forma, 5º em Emilia e 2º no GP Bruno Beghelli, é mais um que adora rampas deste género a fazer lembrar as clássicas das Ardenas.
Outsiders
Adam Yates vem de ganhar a CRO Race e, apesar da concorrência não ser a mais forte, mostrou-se muito bem e motivado para as poucas corridas que faltam. 2º em 2017, o britânico é bastante explosivo, basta ver os seus resultados nas provas do mês de Abril e no País Basco.
Egan Bernal foi uma pequena desilusão no passado sábado no entanto não é de esperar que o pico de forma tenha desaparecido de um momento para o outro. A Team INEOS é uma das equipas mais fortes e irá, com toda a certeza, trabalhar para o vencedor do Tour, que já se viu ter uma explosão impressionante.
Outro colombiano que pode sonhar com a vitória é Sergio Higuita. O jovem ciclista parece não quebrar e não acusar o cansaço da Vuelta, aliás, parece ainda melhor. 3º em Emilia e 5º no dia de hoje, Higuita não deverá ter assim tanta marcação já que o líder da sua equipa Michael Woods é um ciclista mais perigoso, o que pode levar a um ataque surpresa.
Possíveis surpresas
Quando está bem, David Gaudu é um perigo à solta. Pouco se viu do pequeno ciclista francês nas clássicas de Outuno, mas já demonstrou estar com ambição no último domingo. Muito franzino, estas rampas são perfeitas para si. Bauke Mollema é um poço de regularidade, incrível como está sempre entre os primeiros mas raramente ganha. Amanhã, se o quiser fazer terá que atacar de longe. Giulio Ciccone é outra opção na Trek-Segafredo. Na Lotto Soudal atenção ao sempre perigoso duo constituído por Tim Wellens e Tiesj Benoot, dois ciclistas que não têm medo de atacar. Davide Formolo, Jakc Haig, Jakob Fuglsang, Diego Rosa e Rudy Molard têm está em evidência e são ciclistas com qualidade suficiente para conseguirem vencer na Basílica de Superga.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Marc Hirschi e Rui Costa.