Depois das elites femininas, é tempo dos homens discutirem o título mundial de contra-relógio. Numa distância mais curta que o habitual, conseguirá Rohan Dennis revalidar o título?

 

Percurso

Cerca de 31 kms é uma distância bastante reduzida para um Campeonato do Mundo e o traçado é bastante acessível, a fase inicial e a fase final são algumas técnicas, mas o miolo tem longas rectas e é bastante talhado para ciclistas bem poderosos. Em termos de dificuldades montanhosas, estas são praticamente inexistentes.

 

Preparação

A táctica num contra-relógio é simples, dar tudo por tudo de início ao fim. Portanto, resta analisarmos como foi a preparação dos candidatos. É preciso lembrar que esta não é uma corrida qualquer, é um Campeonato do Mundo. Tal como no Tour, é preciso ser mesmo um ciclista diferenciado para ganhar.



Por um lado, temos os ciclistas que vêm agora de completar o Tour. Foi uma prova de 3 semanas bastante exigente, o que geralmente não é aconselhável para maximizar o resultado aqui. Basta recordar que entre a Vuelta e os Mundiais normalmente dista mais tempo e mesmo assim é considerado curto para recuperar, ainda que nessa posição do calendário haja mais desgaste acumulado do resto da época.

Outro caminho possível, e foi aqui que alguns grandes candidatos se focaram, foi o Tirreno-Adriatico como preparação. Foram uns excelente 8 dias com um contra-relógio no final, perfeito para ganhar ritmo. Ainda por cima minimizaram as deslocações ficando logo em terreno transalpino. Ainda há aqueles que não fizeram o Tour sempre a top (Remi Cavagna) ou os que não completaram a competição com autorização da equipa (Stefan Kung).

 

Favoritos

Depois do que mostrou no Tirreno-Adriatico, Filippo Ganna tem de ser considerado um dos maiores candidatos. O italiano aniquilou por completo a concorrência, que era de peso, e mostrou uma condição física invejável. Recordista do Mundo da perseguição individual, motivado por correr em casa, a única interrogação está na distância. Será Ganna capaz de replicar o que fez em 10 kms ao longo de mais de 31 kms?



É verdade que foi preocupante para Rohan Dennis perder o contra-relógio no Tirreno-Adriatico por aquela margem, mas se há coisa que o australiano é capaz de fazer é atingir a melhor forma no sítio certo à hora certa. Duplo campeão mundial, já no ano passado não fez grandes resultados e depois conquistou o título em Yorkshire por mais de 1 minuto. Dennis é temperamental e capaz do melhor e do pior.

 

Outsiders

Wout van Aert foi daqueles candidatos a esta prova que completou o Tour e andou quase sempre a top. O belga poderá apresentar algum desgaste, mas neste momento parece capaz de fazer quase tudo. Derrotou Campenaerts nos Nacionais por meio minuto num traçado também bastante plano, van Aert gostaria de mais subidas no percurso.

Stefan Kung teve uma boa preparação para esta corrida, foi campeão europeu da especialidade há 1 mês, depois foi fazer o Tour e abandonou há 8 dias para poder descansar bem. A distância é muito boa para o suíço e o traçado também lhe agrada, as medalhas são uma forte possibilidade.



Victor Campenaerts foi quem mais próximo esteve de bater van Aert nos Nacionais e Ganna no Tirreno-Adriatico, tendo ficado a 21 segundos de Kung nos Europeus. É normal que a sua forma esteja a subir, ele ficou lesionado numa queda no início de Agosto e tem vindo a recuperar. Estudou bem o percurso e já o realizou algumas vezes, o recordista da hora vai tentar fazer uma gracinha.

 

Possíveis surpresas

Remi Cavagna está em grande, grande forma e já mostrou que consegue competir com os melhores neste tipo de eventos, ficando com a medalha de prata nos Europeus. O francês tem um motor enorme e preferia mais ondulações no terreno. Tom Dumoulin ainda não está ao nível que já mostrou noutras épocas, mas não anda muito longe. O facto de não ter preparado especificamente este evento pode-lhe custar caro. Nelson Oliveira é presença constante no top 10 dos Mundiais e tem tudo para voltar a conseguir o mesmo, para o ciclista português teria sido melhor abandonar o Tour no final da 2ª semana, mas as obrigações com a Movistar falaram mais alto. O Reino Unido tem 2 opções bastante válidas, o traçado dificilmente poderia ser melhor para Alex Dowsett e Geraint Thomas está em subida de forma para o Giro que começa daqui a pouco tempo. Edoardo Affini corre em casa e procura uma surpresa, um top 5 para o italiano já seria um grande resultado. Patrick Bevin foi 4º no ano passado e praticamente não tem sido visto, esta abordagem deu resultado com Dennis em 2019. Por fim, olho em Maciej Bodnar, Jos van Emden e Kasper Asgreen.



 

Super-Jokers

Os nossos Super-Jokers são: Ryan Mullen e Benjamin Thomas.

 

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