Três camisola do arco-íris já foram distribuídas, no entanto a prova que muitos asseiam ainda está por vir. No percurso muito duro de Imola, quem sucederá a Mads Pedersen?

Percurso

258,4 quilómetros num dos dias mais longos da temporada com 5000 metros de desnível acumulado positivo! 9 voltas ao circuito definido em torno de Imola, com um total de 28,8 quilómetros.

O circuito é composto por duas subidas. Mazzolano surge após pouco mais de 5 quilómetros com um total de 2200 metros a 7.1%, contendo o primeiro quilómetro 9.6% de inclinação média. Uma descida rápida deixa os ciclistas na derradeira escalada, Cima Gallisterna (2300 metros a 7.3%), sendo que o miolo da subida tem 1300 metros a quase 11% de média.

No topo ficam a faltar 11 quilómetros para a chegada. A 3800 metros do final os ciclistas entram no autódromo Enzo e Dino Ferrari, num final totalmente plano.

Táticas

Ao contrário do que aconteceu nas provas até agora disputadas, a possibilidade de chover existe, o que poderá endurecer ainda mais a corrida. É, também, sabido que alguns ciclistas se adaptam melhor a este tipo de condições meteorológicas.

Seleções como a Eslovénia e Bélgica partem com mais que um candidato à vitória final, pelo que a vantagem numérica pode ser muito importante, tal como se viu hoje na prova feminina. Numa prova muito aberta, França, Alemanha, Holanda, Espanha, Itália, Dinamarca, Canadá e Polónia também têm aspirações à vitória final.

Tudo vai depender muito de como forem feitas as primeiras voltas, se o ritmo for alto os voltistas/trepadores sairão mais beneficiados em relação aos puncheurs que sonham com o título mundial.

Favoritos

Conseguirá Wout van Aert culminar o seu ano de sonho com o título mundial? Desde o regresso do ciclismo que o belga tem estado impressionante e aquilo que fez no Tour de France foi incrível. Está com uma capacidade fabulosa para passar as subidas e não perdeu a sua ponta final. Adapta-se a dias duros e tem uma seleção forte para o apoiar, com nomes como Greg van Avermaet, Tiesj Benoot, Oliver Naesen e Tim Wellens.

Numa semana Tadej Pogacar poderá juntar a Volta a França e o título mundial. Nem nos seus melhores sonhos o jovem esloveno acreditaria em tal cenário mas com a forma com que saiu do Tour tudo é possível. Se há ciclista que pode atacar e chegar isolado é Pogacar, sem descartar que num grupo restrito é bastante rápido.

Outsiders

Julian Alaphilippe esteve uns furos abaixo do que fez no ano passado, no entanto costuma-se dizer que é com os erros que se aprende. Em 2018 e 2019 esteve fantástico no Tour e chegou muito cansado aos Mundiais, este ano está em sentido contrário. Este é o terreno predileto do francês, que adora subidas curtas e explosivas, com constantes mudanças de ritmo.

Depois da desilusão de há uma semana atrás, Primoz Roglic estará pronto para a vingança! O esloveno costuma sair forte das Grandes Voltas e andar bem nas provas que se seguem. Não é um classicómano, mas este é o tipo de percurso de eleição de Roglic. Estas subidas são ideais para si, sprinta bem e, com Pogacar pode fazer uma dupla temível. A vantagem numérica pode ser fundamental.

Há algumas semanas Michal Kwiatkowski seria considerado, por muito poucos, como um candidato à vitória, mas as exibições que realizou na semana final do Tour mostram que o polaco está no caminho certo. Campeão do Mundo em 2014, também debaixo de chuva, Kwiatkowski é mais um ciclista completo, que sobe bem e sprinta como poucos.

Possíveis surpresas

Michael Woods esteve a um grande nível no Tirreno-Adriático, em subidas parecidas com estas. Já em Innsbruck, o canadiano foi dos mais fortes num percurso idêntico. Precisamente em Innsbruck, o campeão foi Alejandro Valverde que, discretamente, realizou um Tour de bom nível. A explosividade já não é a mesma mas a experiência conta muito neste tipo de provas. Jakob Fuglsang tem-se tornado num dos melhores classicómanos do Mundo e, depois da vitória na Il Lombardia e com o Giro à porta a forma tem que ser excelente. Estará muito marcado mas mais uma grande vitória na sua carreira é possível. Tom Dumoulin tem um percurso ao seu jeito, veremos se tentará fazer o mesmo que Anna van der Breggen e arrancar de longe, pois o holandês tem capacidade para tal. Marc Hirschi e Maximilian Schachmann saíram bem do Tour e não podem ser descartados da luta. Dos ciclistas que não fizeram o Tour, Diego Ulissi é a melhor alternativa, um corredor que tem estado a andar muito bem e vem de algumas vitórias, o que dá sempre muito moral. Por fim, nunca podemos descorar nomes como Greg van Avermaet, Vincenzo Nibali, Richard Carapaz, Alexey Lutsenko e Enric Mas.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Thomas Pidcock e Pello Bilbao.

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O início do Campeonato Mundial de 2020 é diferente dos anos anteriores. O circuito local deste ano começa de imediato e deverá ser completado nove vezes pelos atletas. Isto inclui mais do que 5.000 metros verticais, principalmente devido a duas subidas: Mazzolano e Cima Gallisterna. Embora as subidas não pareçam duras, sobretudo devido às secções mais planas da subida, ambas as colinas têm uma parte muito íngreme, o que significa que os melhores trepadores podem fazer a diferença.

Com isso em mente, o vencedor do Tour Tadej Pogacar é imediatamente colocado na ribalta. No entanto, podemos encontrar entre os favoritos nomes como Wout van Aert, Julian Alaphilippe, Jakob Fuglsang e Tom Dumoulin. E esta é apenas uma pequena amostra. Acha que consegue reunir uma equipa ainda melhor? Então escolha os seus ciclistas e ganhe até 1.000 euros!

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