Chegou a hora dos elites masculinos discutirem o título nacional de estrada! Quem será o sucessor de Rui Costa e irá envergar as cores lusas no próximo ano?

 

Percurso

194 quilómetros e 2551 metros de desnível acumulado positivo é aquilo que os corredores terão pela frente na prova de amanhã. O dia não é muito duro, já existiram circuitos finais mais exigentes no entanto até lá chegarem (os 100 quilómetros iniciais) os corredores terão uma fase mais complicada, com algumas subidas.



O circuito final será percorrido por 5 vezes, conta com duas pequenas subidas, não muito longas e não muito duras, e prova disso foram as decisões ao sprint nas provas de sub-23 masculinos e elites femininas.

 

Táticas

Um Campeonato Nacional é sempre uma corrida muito diferente do habitual. Muitas equipas vêm com blocos muito fortes e extensos, ao passo que há corredores que chegam sozinhos. Se as equipas mais representadas do pelotão se encontram na fuga do dia esta pode vir a ter o seu sucesso.

O bloco mais extenso é a W52-FC Porto, com um total de 12 ciclistas à partida, sendo que as restantes equipas nacionais variam entre os 3 e os 7 elementos. Corredores como Nelson Oliveira, José Gonçalves, Rui Oliveira, André Carvalho e João Almeida terão que fazer uma corrida perfeita e ter a sorte do seu lado mas estar na movimentação certa.

 

Favoritos

A missão de Rui Oliveira não será fácil. Vai correr sozinho, tentando manter o título nacional na UAE Team Emirates, e sabe que todos o quererão descartar uma vez que se o levarem para o risco de meta o mais provável é verem-no a vencer. Vem de bons resultados, este é um percurso bom para as suas características. Como dissemos anteriormente, é preciso uma corrida perfeita, para que possa ganhar.



A superioridade da W52-FC Porto pode ser fundamental na corrida de amanhã. Por incrível que parece, a equipa portuguesa nunca venceu esta prova. Acreditamos numa corrida atacada e aí entra o nome de Daniel Mestre. O experiente corredor português bateu na trave o ano passado, esteve ao ataque e numa equipa com várias opções vemos o alentejano a mexer-se na parte final, marcando outros ataques. É muito rápido em grupos restritos.

 

Outsiders

Rafael Silva é um dos sprinters mais regulares do pelotão nacional e tem comprovado isso esta temporada. Venceu no GP Abimota, deu-lhe bastante moral para o que resta da temporada não só para si mas também para a equipa da Antarte-Feirense, que tem conseguido muito bons resultados. Passa bem as dificuldades, é um perigo.

Luís Gomes é um corredor muito completo, tanto o vemos a discutir corridas com sprinters mais puros, como em chegadas mais duras com alguns trepadores. Recente vencedor da Taça de Portugal, esta é mais uma prova que lhe assenta que nem uma luva. Esperará por uma corrida mais endurecida para eliminar os principais sprinters.



Caso um ataque em solitário tenha o seu sucesso, João Almeida tem que ser o nome a ter em atenção. O português está a ter uma época fenomenal e a vitória no dia de ontem era o que faltava. Não terá tarefa fácil, uma vez que corre sozinho e terá a marcação de todos mas se há ciclista capaz de atacar e deixar todos para trás é o jovem da Deceuninck-QuickStep que, em grupos restritos, também é rápido.

 

Possíveis surpresas

Para o sprint, acreditamos que a W52-FC Porto quererá resguardar Francisco Campos, jovem corredor que já foi campeão nacional sub-23 e tem apresentado uma enorme regularidade. João Rodrigues, Amaro Antunes, Joni Brandão e José Neves devem ser usados para atacar de longe e endurecer a corrida e se algum deles vencesse após tanta insistência não seria surpresa. Iuri Leitão vem em grande forma do GP Douro Internacional, está muito forte, se estiver no grupo dos favoritos é sempre um dos grandes candidatos devido à sua ponta final. Luís Mendonça deverá ser a aposta da Efapel, um corredor muito completo, mais que um sprinter e que adora este tipo de percursos. É muito rápido e terá um bom bloco para o apoiar. Daniel Freitas é um corredor com características semelhantes, um sprinter muito completo e que vem em boa forma das últimas provas do calendário nacional. Não será fácil para sprinters mais puros como César Martingil ou João Matias, terão que esperar por uma corrida pouco endurecida. Para ataques, muita atenção a nomes como João Benta, Gonçalo Carvalho, Gonçalo Amado, Emanuel Duarte, Gaspar Gonçalves, Tiago Antunes e os internacionais Nelson Oliveira e José Gonçalves.




Super-jokers

Os nossos super-jokers são André Ramalho e Hugo Nunes.

 

 

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