Hoje é dia de Londres receber o World Tour, com uma clássica que surgiu após os Jogos Olímpicos de 2012, disputados nessa cidade inglesa.



 

Percurso

Esta prova começa e acaba no centro de Londres, fazendo uma incursão pela zona de Surrey a meio, onde estão as maiores dificuldades. Este ano, o percurso mudou face a anos anteriores, focando-se mais num circuito a uma subida bastante conhecida.

Há um total de 6 colinas categorizadas. As colinas são Newlands Corner (1,4 kms a 5%), ao quilómetro 34,5 e Box Hill (3,2 kms a 4%), a subida que marcou a prova de estrada dos Jogos Olímpicos de Londres, que será ultrapassada por 5 vezes, entre o quilómetro 54,5 e o quilómetro 117.

A última dificuldade montanhosa está localizada a cerca de 50 kms da chegada, pois a prova tem um total de 169 quilómetros. A parte final é feita numa estrada larga, perfeita para o sprint final, mesmo em frente ao Palácio de Buckingham.

 

Táticas

Todos os anos os clássicómanos tentam a sua sorte na parte mais dura da prova, este ano constituída, exclusivamente, pela subida a Box Hill no entanto só em 2014 e 2015 é que não se viu uma chegada ao sprint no The Mall. Este ano, acreditamos num cenário semelhante e, no final, deverão ser os homens rápidos a sorrir, já que são muitos os que estão presentes e não querem desperdiçar a viagem até Inglaterra.

 

Favoritos

Caleb Ewan é o sprinter do momento e vai querer aproveitar o balanço que traz do Tour. O único homem rápido a ganhar 3 etapas, duas das quais na última semana espera uma prova mais dura, pois sabe que está cada vez melhor nas subidas e, com as pernas dos seus rivais mais cansadas, terá ainda mais hipóteses. Sabe-se posicionar como poucos.



Um dos homens da temporada tem sido Sam Bennett, ele que vai começar a segunda metade de temporada e estrear-se como campeão irlandês. 2019 tem sido o ano de afirmação do sprinter da Bora-hansgrohe que passa, cada vez melhor as subidas, e conta com um dos melhores comboios com Michael Schwarzmann, Jempy Drucker e Shane Archbold.

 

Outsiders

Elia Viviani não teve o melhor dos Tour e quer vingança, juntando a isto ter sido 2º no ano passado. A confiança pode não estar no seu melhor no entanto o italiano continua a ser muito rápido e terá que seguir o seu comboio, com Michael Morkov como última “carruagem”, se quiser ter um bom resultado.

Arnaud Demare é um antigo vencedor desta competição e, após um Tour de Wallonie onde conseguiu uma vitória fabulosa ao 4º dia, chega a Londres com bastante ambição. Adora dias longos e duros em cima da bicicleta e prova disso são os excelentes resultados conseguidos noutras clássicas World Tour.

Será difícil ver um ataque ter o seu sucesso no entanto se há ciclista capaz de o conseguir é Oliver Naesen. O belga é um poço de regularidade, é um especialista de clássicas e não tem medo de atacar. Terá que levar companhia porque sozinho torna-se uma tarefa muito mais complicada só que isso não é problema para Naesen pois é um corredor bastante rápido.



 

Possíveis surpresas

Várias equipas trazem duas opções, dependendo se a corrida se tornar mais seletiva ou não. Giacomo Nizzolo é a principal aposta da Dimension Data, faz o seu regresso após o abandono no Tour, vamos ver se está recuperado ou não, pois se estiver é um perigo, dado os resultados obtidos este ano. Caso contrário, a aposta da equipa será Ryan Gibbons. Phil Bauhaus e Kristoffer Halvorsen esperam uma corrida pouco atacada para puderem passar com tranquilidade as várias passagens por Box Hill mas se não o conseguirem Sonny Colbrelli e Chris Lawless são as alternativas na Bahrain-Merida e na Team INEOS. Alexander Kristoff é outro dos antigos vencedores presentes só que o norueguês vem de um Tour muito fraco, onde nunca se encontrou, só que nunca podemos descorar o Viking que é um especialista neste tipo de provas, longas e com um final ao sprint. Para o sprint, há que ter atenção a Niccolo Bonifazio, Davide Cimolai, Mike Teunissen e Edward Theuns. Já nomes como Alberto Bettiol, Michael Matthews e Zdenek Stybar são corredores com a qualidade suficiente para atacarem na fase mais dura e conseguirem fazer diferenças.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Sep Vanmarcke e Gabriel Cullaigh.




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