Após várias provas para os classicómanos, é tempo para os sprinters terem a sua oportunidade numa prova onde o vento poderá fazer estragos.

 

Percurso

Uma das clássicas mais planas do calendário internacional, um total de 193 quilómetros onde não há praticamente uma inclinação para amostra. Registam-se 2 sectores de empedrado, um deles a ser ultrapassado por 4 vezes. Falamos do Broekstratt (1700 metros), que na última volta ao circuito de 16,5 quilómetros fica a 7000 metros da chegada.

 

Táticas

A meteorologia terá um grande impacto na prova de amanhã. São esperadas fortes rajadas de vento e temperaturas baixas. Em princípio, o vento cruzado será uma constante e as estradas bastante desabrigadas poderão proporcionar uma corrida muito partida.



Há vários ciclistas que se adaptam muito bem a este tipo de clima, corridas muito duras, e há outros que não um dia fácil. A Deceuninck-QuickStep é a equipa a ter em atenção, levam um bloco forte e são exímios nestas condições.

 

Favoritos

Sam Bennett quer continuar a sua Primavera de grande nível e continuar na senda de vitórias. O irlandês tem estado imparável, conta já com 5 vitórias em 2021, e este tipo de condições são do seu agrado. Quererá dar uma resposta após o que aconteceu na Gent-Wevelgem e confiará numa equipa experiente, onde Michael Morkov e Florian Senechal serão fundamentais.

A evolução de Tim Merlier em 2021 tem sido agradável de se ver. O sprinter belga deu um salto impressionante, já venceu várias semi-clássicas belgas e tem aqui mais uma para poder juntar ao currículo. Muito motivado, o mau clima não será entrave, está habituado a isso no ciclocrosse.

 

Outsiders

O mau tempo são excelentes notícias para Alexander Kristoff. O Viking é especialista neste tipo de provas e condições, adora sprintar após dias bastante longos e duros. Uma vitória aqui salvará, um pouco, a sua menos positiva temporada de clássicas.




Pascal Ackermann precisa de um grande resultado para dar o click e pode muito bem acontecer hoje. O alemão esteve bem na Milano-Sanremo, chegou num dos primeiros grupos perseguidores, e o seu comboio é dos mais fortes, o que poderá ser importante neste final.

Se as condições permitirem uma corrida dura, Florian Senechal pode coroar a grande temporada de clássicas que está a fazer. Um dos mais regulares do último mês e meio (seis top-10), e em muitos casos trabalhando para os seus líderes, poderá aproveitar o vento para escapar num pequeno grupo onde, certamente, será dos mais rápidos.

 

Possíveis surpresas

Giacomo Nizzolo está a fazer uma temporada de clássicas interessante e já este perto da vitória. Em crescendo de forma, o campeão europeu quererá uma corrida mais agressiva. Danny van Poppel tem conseguido estar em destaque nas recentes clássicas, estando sempre nos principais cortes e falhando o top-10 por pouco. Numa prova mais ao seu jeito pode conseguir um grande resultado. Cees Bol peca sempre pela colocação no entanto se conseguir seguir o seu comboio é um perigo, é muito possante e encaixa perfeitamente nesta prova. Veremos o que Elia Viviani e Nacer Bouhanni conseguem fazer, o primeiro vem de uma queda e o segundo teve uma semana atribulada envolto em bastante polémica. Sprinters como Timothy Dupont, Rudy Barbier ou John Degenkolb podem estar na luta pelos primeiros lugares. No caso de uma corrida dura, atenção a nomes como Nils Politt, Dimitri Claeys, Dries de Bondt e Victor Campenaerts.



 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Pierre Barbier e Niccolo Bonifazio.

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