Tour of Slovenia 2019 - 26th Edition - 5th stage Trebnje - Novo Mesto 167,5 km - 23/06/2019 - Diego Ulissi (ITA - UAE - Team Emirates) - Giovanni Visconti (ITA - Neri Sottoli - Selle Italia - KTM) - Aleksandr Vlasov (RUS - Gazprom - RusVelo) - photo Rene Vigneron/BettiniPhoto�2019

Um traçado diversificado e 4 equipas World Tour presentes no último teste de Tadej Pogacar antes da defesa do título do Tour. A Volta a Eslovénia vai amanhã para a estrada.

Percurso

Etapa 1

A Volta a Eslovénia arranca com uma etapa relativamente simples, onde é esperado que seja um sprinter a festejar. Existem algumas colinas pelo caminho, mas nada que faça temer os ciclistas rápidos.

Etapa 2

Logo na segunda jornada já se devem fazer algumas diferenças, na chegada a Celje. A subida de Svetina, a cerca de 20 kms da meta irá reduzir certamente o tamanho do grupo, até pela sua dureza (5,4 kms a 7,5%), em que tem no seu miolo 2 kms a 9%. A descida até Celje tem partes bastante íngremes e técnicas, sendo que os últimos 2 kms têm cerca de 7% de inclinação média, com rampas bem mais complicadas.




Em 2019 houve chegada aqui, Luka Mezgec foi o mais forte num grupo de 20 unidades, os ciclistas que sobreviveram à subida de Svetina, mas na altura o final foi plano. Em 2018 o final foi muito parecido a este, venceu Rigoberto Uran, também num grupo de 20 ciclistas.

Etapa 3

Vários cenários podem acontecer nesta tirada de 168 kms. Volta a haver uma contagem de montanha a cerca de 20 kms da meta, mas desta vez mais acessível, com 4,1 kms a 5,7%. É uma subida com um primeiro quilómetro muito duro, a rondar os 9%, um 2º quilómetro quase plano e os últimos 2 kms têm cerca de 6%. Depois ainda há cerca de 1,2 kms a 6%, porém os últimos 10 kms deverão dar para recuperações e o mais provável é haver um sprint em grupo restrito.

Etapa 4

A jornada mais dura de toda a Volta a Eslovénia, um autêntico carrossel com imponentes paredes, que totalizam mais de 3000 metros de acumulado. Apesar de haver muitas contagens de montanha tudo se deve começar a decidir na última passagem por Ravnica (2,8 kms a 10,6%), uma subida duríssima, e que tem 1 km a 14% de inclinação média. A questão é que os ciclistas têm apenas alguns minutos de descida até entrarem em Nova Gorica, que tem uns assustadores 2400 metros a 13,3%, uma subida que nunca baixa dos 10% e que tem 500 metros a 16,5%.

Etapa 5

Etapa de consagração para alguns, de salvação para outros, na chegada acessível a Novo Mesto, uma jornada com partida da capital Ljubliana. Caso a classificação da montanha ainda esteja em jogo há um atractivo na etapa, com 2 contagens de 3ª categoria. Os últimos 400 metros são em ligeira subida, esta é uma chegada semelhante à de 2017, onde Sam Bennett festejou.



Táticas

Olhando para o perfil existem 2 a 3 oportunidades para os sprinters, a etapa de Celje fará as primeiras diferenças na geral e depois a 4ª jornada em Nova Gorica será decisiva. Em relação a sprinters, a lista não é propriamente extensa, Phil Bauhaus, Matteo Malucelli, Jon Aberasturi e Stanislaw Aniolkowski serão os favoritos com o pelotão completo, com o pelotão mais reduzido saltam à vista Matteo Trentin ou Robert Stannard.

Para a classificação geral obviamente a UAE Team Emirates tem responsabilidade acrescidas. Tem um dos heróis da casa em Tadej Pogacar, secundado por corredores que também estão a preparar o Tour, como Jan Polanc ou Rafal Majka, havendo também Diego Ulissi, que acabou o Giro em grande.

Favoritos

Tadej Pogacar tem tudo para adicionar esta corrida ao seu palmarés, e com algum à vontade, tendo em conta que a maior concorrência até poderá estar dentro da sua própria equipa. Mas o esloveno é um herói nacional e muitos se lembram nas imagens de Primoz Roglic a ganhar esta corrida, Pogacar vai querer o mesmo.




Diego Ulissi saiu da Volta a Itália em grande forma, entrou sem grande ritmo na corrida, desgastou-se pouco, e acabou a subir com os melhores na alta montanha e a fazer excelentes exibições. A sua condição física deverá ser de excelência e estas subidas até 5 kms assentam-lhe muito bem.

Outsiders

Tem sido, de longe, a melhor temporada de Jonathan Lastra até agora. 4º na Volta ao Algarve e 6º na Vuelta a Andalucia, será que o espanhol de 28 anos não vai acusar o desgaste dos últimos 2 meses? O traçado é explosivo, não tem praticamente subidas acima dos 10 minutos, o que é bom para ele.

Javier Romo está a estrear-se como profissional e está a ter uma belíssima temporada, tendo já sido 5º na Settimana Coppi e Bartali, 11º na Volta a Turquia e 8º na Volta a Hungria, é um corredor relativamente regular e que pode aparecer aqui muito bem.

Tal é a força da UAE Team Emirates que muito possivelmente irão colocar 2 elementos no pódio, no mínimo. Em termos de reputação temos de mencionar Rafal Majka. O polaco muito provavelmente estará ao serviço de Tadej Pogacar, mas vemo-lo com mais possibilidades de fazer pódio do que qualquer outro ciclista que poderíamos colocar aqui.



Possíveis surpresas

A Bike Exchange vem com Robert Stannard que tem demonstrado grandes melhorias na montanha este ano e com Tanel Kangert, que chega com ritmo do Giro, mas não é um corredor que gosta propriamente de inclinações muito elevadas. Na Bahrain-Victorious os ciclistas da casa (Matej Mohoric e Jan Tratnik) têm total liberdade e um top 5 é possível, já que ambos se defendem bem em subidas curtas, veremos se Mohoric está recuperado da queda do Giro. Fabio Felline é inconstante, nunca se sabe quando o italiano vai aparecer em grande, e veremos se Enrico Battaglin e Giovanni Visconti beneficiam do ritmo que trazem do Giro ou se acusam o desgaste. Remy Mertz tem acumulado alguns bons resultados e deve ser a carta da Bingoal para a geral, enquanto na Caja Rural Jefferson Cepeda pode surpreender e na Gazprom-Rusvelo todos esperam um bom resultado de Ilnur Zakarin.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Urko Berrade e Max Stedman

By admin