As provas por etapas do World Tour estão de regresso, agora na Turquia. Muitos corredores têm aqui uma oportunidade para salvar a temporada, sendo que Ruben Guerreiro, Ricardo Vilela e Amaro Antunes partem com fortes ambições.
Percurso
Etapa 1
Konya recebe a partida e a chegada da primeira etapa da Volta a Turquia. Um total de 151 quilómetros que deve ver a primeira chegada ao sprint, apesar de um miolo de etapa duro com várias subidas longas, que deve desgastar as pernas aos homens rápidos.
Etapa 2
O segundo dia é perfeito para os puros sprinters, etapa praticamente plana, com um total de 150 quilómetros numa chegada bastante fácil a Adalia.
Etapa 3
Marmaris volta a receber uma chegada da Volta a Turquia. Apesar da subida existente a 7 kms do fim (3kms a 6,8%), normalmente os sprinters costumam sobreviver e uma chegada ao sprint em grupo reduzido é aquilo que costuma acontecer.
Etapa 4
Está na hora da etapa rainha, com a dura chegada a Selcuk. Antes da subida final, ainda existem duas longas contagens de montanha bem duras, que servirão para aquecer os motores dos líderes. Os últimos 5400 metros são a 7,3%.
Etapa 5
Segue-se nova tirada praticamente plana, praticamente pois existe uma subida de 1800 metros a 7,15% situada após 54 quilómetros. Até ao final, em Manisa, faltam cerca de 80 quilómetros.
Etapa 6
A Volta a Turquia termina em Istanbul, tal como aconteceu na temporada passada. O final parece plano, no entanto não tem nada disso, já que dentro dos 1400 metros finais existe uma curva em U que leva os ciclistas a uma colina final em paralelo, com rampas a 7% mas que suaviza entre os 3%-4% até aos 800 metros finais. A partir daí, a estrada torna-se mais plana, mas existem duas curvas perigosas, a última delas a 200 metros do fim.
Favoritos
Esta Volta a Turquia tem apenas uma chegada em alto e como se situa no final de temporada, nem todos estarão prontos para a disputa do 1º lugar. Para vencer esta prova, é preciso ser um ciclista explosivo e que suba bem.
O campeão em título é Diego Ulissi e o italiano tem que partir como o grande favorito. O transalpino decidiu falhar as clássicas italianas para defender o seu título e uma prova World Tour é sempre importante, independentemente de qual for. Costuma andar muito bem nos finais de temporada e é muito explosivo, tendo sido o vencedor da chegada em alto no ano passado.
O jovem Mark Padun pode fechar em grande a sua primeira temporada entre a elite do ciclismo. Após uma primeira fase de temporada fantástica, o ucraniano “abrandou” o ritmo mas voltou a destacar-se na Vuelta e nos Campeonatos do Mundo. Não é tão explosivo como Ulissi mas é mais trepador que o italiano e pode ser o único a deixá-lo para trás em Selcuk.
Outsiders
Alexey Lutsenko pouco tem competido nos últimos tempos no entanto nos Campeonatos do Mundo mostrou muito boa forma para este final de temporada. Talvez a chegada em alto possa ser dura demais, no entanto o cazaque já mostrou noutras ocasiões que quando está bem é difícil de bater. Conta com uma boa ponta final, para amealhar bonificações.
Ildar Arslanov está de volta à Turquia à procura de mais um bom resultado. No ano passado foi 6º e, esta temporada, já esteve em evidência em algumas provas. Não é um ciclista explosivo mas um bom trepador que preferiria subidas mais longas. Não sendo muito conhecido, pode ter alguma liberdade.
Pode parecer estranho mas acreditamos que Patrick Bevin tem aqui uma boa oportunidade para conseguir um excelente resultado. O neozelandês esteve muito bem no último mês de competição e pretende acabar bem a temporada. Muito rápido, poderá ter a facilidade de conseguir bonificações e depois defender-se em Selcuk onde perderá, com toda a certeza, tempo.
Possíveis surpresas
Os portugueses Amaro Antunes e Ruben Guerreiro podem acabar bem a temporada. Uma prova não muito dura e uma chegada em alto explosiva, que vai ao encontro às características dos 2 ciclistas no entanto ambos têm tido uma época afetada por lesões que os impede de dar o seu melhor. Se estiverem bem, cuidado com eles. James Knox está a ter um bom final de temporada e a Quick-Step vai dar-lhe liberdade total para procurar um bom resultado, ele que é um bom trepador mas não muito explosivo. Várias equipas vêm com alternativas aos seus líderes, com a UAE Team Emirates a ter Kristijan Durasek e a BMC Nicolas Roche. Atenção, ainda, a Louis Vervaeke e Steff Crass. Nas equipas Profissionais Continentais, Mauro Finetto, Eduard Prades e Pawel Cieslik são os maiores perigos.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Tsgabu Grmay e Mustafa Sayar.