Antes da Vuelta, o Binck Bank Tour é uma oportunidade para os homens das clássicas voltarem ao seu terreno predileto, com 1 semana nos Países Baixos. Nuno Bico e Ruben Guerreiro serão os portugueses presentes.
Percurso
O Binckbank Tour começa com 177.5 quilómetros totalmente planos, na Holanda, onde o maior perigo deverá ser o possível vento lateral em zonas expostos (e há muitas). No final os ciclistas passam 4 vezes na linha de meta, o que permitirá um bom reconhecimento.
Logo ao 2º dia muitas diferenças serão feitas, 13 quilómetros de contrarrelógio individual com partida e chegada em Venray, num percurso plano e que mistura grandes rectas com curvas apertadas.
Não há grandes alterações para a 3ª etapa, mais uma totalmente plana, com um circuito no final, onde as bonificações e o “Golden Km” devem ser as maiores atracções.
A 4ª tirada mantém o perfil das anteriores, o terreno plano predomina, e nem o sector de empedrado a meio do dia deverá fazer diferenças. A chegada é em Ardooie.
Finalmente ao 5º dia há uma jornada mais complicada, ainda assim os 205 quilómetros devem terminar ao sprint, pois não há grandes subidas e o acumulado não excede os 1000 metros ao longo do dia.
Continua a tendência de aumento das dificuldades, entre Reimst e Sittard-Geleen, há quase 1500 metros de acumulado e muito mais colinas. Tanto o quilómetro de ouro, como o sprint intermédio estão em ligeiras subidas e este deve ser um dia bem mais atacado.
Para terminar temos claramente o dia mais duro, a única real oportunidade de fazer grandes diferenças. Após 120 km relativamente calmos, começam as subidas e os sectores de empedrado, que resultam em 1700 metros de acumulado. A sequência é sempre a mesma, e será ultrapassada por 4 vezes (em grande parte). As subidas são bem conhecidas do Tour des Flandres, primeiro o Denderondeberg, depois o Muur e por fim o Bosberg, isto tudo num espaço de 10 quilómetros. O final da etapa é em ligeira subida, a meio do Muur e o quilómetro de ouro está na última passagem pelo Bosberg.
Favoritos
Uma edição que é menos dura que as anteriores, realisticamente só o contrarrelógio e a última etapa podem fazer grandes diferenças e haverá certamente alguns ciclistas que planeiam defender-se com as bonificações e com o quilómetro de ouro para depois poderes perder algum tempo. Os candidatos são muitos, estão aqui muitos especialistas em clássicas.
Este percurso favorece claramente Jasper Stuyven, um especialista em clássicas com uma excelente ponta final. Foi ao Tour onde se mostrou muito em forma, esteve perto de ganhar 1 etapa, trabalhou imenso para John Degenkolb e tem claramente boas pernas pois hoje nos Europeus pareceu muito bem. Aos 26 anos, Stuyven quer afirmar-se ainda mais, só que somente Mads Pedersen poderá estar mais perto dele na etapa decisiva.
Greg van Avermaet tem um historial incrível nesta prova, 5º em 2014, 2º em 2015, 4º em 2016 e 2017, o campeão olímpico vai querer finalmente juntar esta competição ao seu palmarés. No Tour demonstrou toda a sua polivalência e completou essa demonstração na Classica San Sebastian. Também é um corredor rápido e pode somar muitas bonificações.
Outsiders
Bom, se Greg van Avermaet tem um historial incrível, que dizer de Tim Wellens? 1º em 2014 e 2015 e 2º em 2017. No entanto a prova este ano é menos dura, o que não o favorece. Ainda assim, vai andar bem no esforço individual e vai armadilhar a última etapa de certeza. Então se estiver a chover, podem estar uma daquelas exibições à Wellens.
Oliver Naesen tem aqui uma oportunidade para liderar a Ag2r La Mondiale e voltar às clássicas, ao seu terreno predilecto. Naesen é muito completo, tem uma boa ponta final e foi 2º em 2016 e 5º em 2017 nesta prova. Alexis Gougeard, Nico Denz e Stijn Vanden bergh serão boas ajudas.
A Quick-Step Floors tem várias opções, mas pensamos que o líder será o grande vencedor do Tour des Flandres este ano, Niki Terpstra. Terpstra também já ganhou o Binck Bank Tour em 2016. No entanto, sai prejudicado pela ausência de dificuldades, pois não é um ciclista que sprinte bem. A formação belga deve jogar como é seu apanágio, com as muitas opções que tem e deve gostar se houver muito vento lateral.
Possíveis surpresas
Como referimos, dentro da Quick-Step são várias as opções, desde Yves Lampaert a Zdenek Stybar, e, porque não, Maximilian Schachmann, que brilhou nos Europeus de contra-relógio. A Team Sunweb é outra equipa com diversas opções, Edward Theuns seria o líder lógico, mas Michael Matthews parece estar a recuperar as melhores sensações e Soren Kragh Andersen foi enorme no Tour. Na Team Sky Dylan van Baarle deve ser o líder, ele que fez top 20 no Paris-Roubaix e Tour des Flandres este ano, pensamos que o pódio será quase impossível, mas o top 10 uma possibilidade plausível. Michael Valgren já assinou pela Dimension Data, mas nem por isso aparecerá aqui com menos motivação, o 6º classificado em 2017 saiu do Tour em grande forma. Sep Vanmarcke andará certamente entre os melhores, mas tem alguns handicaps em termos de contra-relógio e sprint. Estamos curiosos relativamente a Matej Mohoric, o talento do esloveno é enorme e vai testar-se aqui. Por fim, atenção a Luke Durbridge, Magnus Cort e Timo Roosen.
Super-Jokers
Os nossos Super-Jokers são Stefan Kung e Victor Campenaerts.
Tips do dia
Para a geral: Soren Kragh Andersen melhor que Stefan Kung -> odd 1,57
Para a geral: Dylan van Baarle melhor que Jasha Sutterlin -> 0dd 2,00 Akiem Hicks Authentic Jersey golden goose sconti