CHAMPÉRY, SWITZERLAND - JUNE 16: Podium / Tejay van Garderen of The United States and Team EF Education First / Jakob Fuglsang of Denmark and Astana Pro Team Yellow Leader Jersey / Emanuel Buchmann of Germany and Team Bora-Hansgrohe / Celebration / Trophy / during the 71st Criterium du Dauphine 2019, Stage 8 a 113,5km stage from Cluses to Champéry - Montée de Champéry 1036m / #Dauphine / @dauphine / on June 16, 2019 in Champéry, Switzerland. (Photo by Tim de Waele/Getty Images)

A competição segue em solo francês com aquela que será a última prova de preparação para o Tour de France. Grande parte dos candidatos estão presentes portanto o espetáculo está garantido.

 

Percurso

A pandemia de COVID-19 veio alterar os planos da ASO relativamente ao Criterium du Dauphiné. Ao invés das tradicionais 8 etapas, com um contra-relógio, chegadas ao sprint, etapas de média montanha e etapas de alta montanha, a edição deste ano terá apenas 5 tiradas e todas elas de alta montanha.



A edição deste ano da prova francesa inicia-se com uma etapa bastante complicada e longa. 221 quilómetros com um total de 7 contagens de montanha, duas delas nos 15 quilómetros finais. O Côte de Leymieux (2100 metros a 5%) termina a 11 quilómetros do fim, antes da subida final, que é dividida em duas partes. Primeiro o Col de la Gachet (3900 metros a 4.6%) antes de uma curta descida que leva aos 1200 metros finais, onde os últimos 500 metros inclinam a 6%.

A montanha continua a aparecer na competição gaulesa, agora com a duríssima chegada ao Col de Porte. Um dia mais curto que o anterior, com tudo a decidir nos últimos 16,6 quilómetros com uma inclinação média de 6.2%. Esta é uma subida algo irregular, com uma curta descida no seu início a estragar a média, no entanto a partir seguem-se 7 quilómetros muito duros, com dois deles a rondarem os 11%, a 5000 metros do fim. Aqui deverão surgir os ataques pois o final será mais fácil.

Terceiro dia e terceira chegada em alto. Uma tirada marcada pela passagem pelo Col de la Madeleine (17,8 kms a 8.2%) deverá reduzir muito o pelotão antes da chegada a Saint-Martin-de-Belleville (15,3 kms a 5.9%), uma subida muito irregular com dois pequenos patamares a facilitarem a vida aos corredores: primeiro 7 kms a 6.9%, seguidos de 2,7 kms a 7.1%, antes dos 3 kms finais a 6.9%.





Dia da etapa mais dura da competição, com um total de 4669 metros de desnível acumulado positivo. 4 contagens de montanha abrem a etapa, antes de duas dificuldades muito duras nos 50 quilómetros finais. Falamos do Montée de Bisanne (12,7 kms a 7.7%) e Montée de l’altiport (7,5 kms a 4.9%), esta a coincidir com a chegada.

Para variar, tudo termina com mais uma etapa de alta montanha, com a chegada a acontecer na mesma subida do dia anterior. 8 contagens de montanha em 154,5 quilómetros que perfazem um total de 4391 metros de desnível acumulado positivo. Passando para a parte decisiva, tudo se deve decidir nas últimas três subidas do dia: Côte de Domancy (2,5 kms a 8.4%), Côte de Cordon (4,6 kms a 7.7%) e Montée de l’altiport (9,1 Km a 4.5%).

 

Favoritos

Montanha, montanha e mais montanha. É desta forma que se descreve o Criterium du Dauphiné deste ano. Não é só preciso se rum ciclista muito forte mas também ter uma equipa muito consistente em seu redor e, por isso, é de esperar novo duelo entre Jumbo-Visma e Team INEOS.

Após a exibição impressionante no Tour de l’Ain, Primoz Roglic tem que partir como favorito máximo. O esloveno somou mais uma prova por etapas ao seu já vasto palmarés numa demonstração de força não só sua mas também da Jumbo-Visma. A equipa é praticamente a mesma, sai George Bennett e entram Sepp Kuss e Wout van Aert, o que deve dar ainda mais confiança a Roglic. Com um incrível à vontade nas montanhas, o esloveno sabe que tem uma explosão acima da média no final, o que lhe pode ser suficiente para derrotar os seus rivais.



Mais uma vez, Egan Bernal é o seu maior rival, ele que parece ter passado dificuldades na última etapa do Tour de l’Ain e, mesmo assim, ainda foi 2º. Ainda não estará no seu máximo, isso só no Tour, mas não quererá perder outra vez para Primoz Roglic. O seu bloco está reforçado, com as inclusões de Michal Kwiatkowski e Pavel Sivakov.

 

Outsiders

A evolução de Nairo Quintana entre o Mount Ventoux Denivéle Challenge e o Tour de l’Ain foi notória, vendo-se que faltava ritmo ao pequeno colombiano. É certo que está longe do que apresentou no início de 2020, onde, simplesmente, estava imbatível, mas aos poucos parece estar a voltar a esse nível. Será complicado bater os dois nomes já referidos mas se há ciclista capaz de o fazer é o colombiano da Arkea-Samsic.

Emanuel Buchmann regressa, finalmente, à competição. 2019 foi o ano de confirmação de todo o seu talento e 2020 começou logo com um triunfo. O alemão é daqueles ciclistas que costuma aparecer bem após pausas competitivas e um grande resultado aqui não seria de estranhar. Foi 3º no ano passado.



Depois de uma pequena incursão em solo italiano, onde mostrou boas pernas, Tadej Pogacar vira-se para as provas por etapas. O fenómeno esloveno entrou em 2020 a todo o gás, ganhando em Valencia e terminando em 2º no UAE Tour. Será uma das primeiras vezes que vamos ver o corredor da UAE Team Emirates a correr frente-a-frente com grande parte dos seus rivais do Tour de France e a expectativa é grande.

 

Possíveis surpresas

Thibaut Pinot vem de ser 4º na Route d’Occitanie onde ainda se notou que lhe faltava algo. Uma semana já passou por isso é de esperar ver o francês melhor. Muito irreverente, não deverá ter medo de atacar e dinamitar a corrida, nem que seja para testar as suas pernas. Adam Yates recomeça a sua temporada aqui, ele que voou no UAE Tour e que costuma começar bem após paragens competitivas. Veremos que consegue fazer, pelo menos, parecido ao que o seu irmão Simon conseguiu na Polónia. Uma prova sem contra-relógios e com muita montanha é a praia de Mikel Landa, ele que só foi batido por Remco Evenepoel em Burgos. A pressão para conseguir resultados é muito pois o basco é finalmente líder absoluto de uma equipa mas se há prova onde o pode conseguir é aqui. Jumbo-Visma e Team INEOS podem usar a sua superioridade numérica e, com isso, vencer a corrida com outros ciclistas e, aí, Tom Dumoulin e Steven Kruijswijk na equipa holandesa e Pavel Sivakov na formação britânica são sérios candidatos. Por fim, atenção a Sergio Higuita, Guillaume Martin e Richie Porte como candidatos aos primeiros lugares.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Hugh Carthy e Jack Haig.



Tips do dia

Para a classificação geral: Egan Bernal no pódio -> odd 1,84 (stake 1)

Para a classificação geral: Nairo Quintana melhor que Richie Porte -> odd 1,596 (stake 2)

Para a 1ª etapa: Julian Alaphilippe no pódio -> odd 2,00 (stake 1)

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