O World Tour também se faz por terras americanas, com as tradicionais clássicas canadianas. Para abrir, o pelotão terá pela frente uma prova mais fácil, onde Rui Costa e Nuno Bico representarão as cores nacionais.
Percurso
Esta prova será feita em circuito: serão 16 voltas a um circuito de 12,6 kms. O circuito começa logo com 1 quilómetro em ligeira ascensão, sendo que a partir daí e até ao quilómetro 5 é quase sempre em descida, com um quilómetro de plano pelo meio. Ao acabarem a descida, existem 5 quilómetros de plano que leva o pelotão à primeira dificuldade do dia, o Cote de la Montagne (375 metros a 10% de inclinação média).Como quem sobe tem que descer, existe logo uma descida, no entanto muito curta, que conduz o pelotão à segunda dificuldade do dia, o Cote de la Potasse (420 metros a 9% de inclinação média). Mal acabem esta subida, os ciclistas chegam ao sopé da terceira colina do dia, o Montee de la Fabrique (190 metros a 7% de inclinação média). Nesse momento faltam 2,2 kms para o fim do circuito.A entrada no último quilómetro é feita com duas curvas muito apertadas, que deixa os ciclistas nos últimos 900 metros da corrida. Será uma longa recta em ligeira subida, a uma inclinação média de 4%.
Favoritos
Esta é uma corrida que tradicionalmente chega com um grupo de 30 a 50 elementos ao último quilómetro e onde os homens rápidos costumam levar a sua avante. O percurso é o mesmo, será que teremos um desfecho diferente? É bem possível. Isto porque Peter Sagan não está presente e o lote de favoritos está mais aberto, isso poderá levar a menos alianças e a uma corrida mais atacada, algo que a redução de ciclistas face a outros anos também poderá ajudar. O lote de classicómanos que gostam de atacar de longe talvez seja melhor que nunca e há várias equipas que chegam aqui com mais do que uma opção óbvia.
Greg van Avermaet tem um registo incrível no Quebec, 3º em 2013, 2º em 2016 e 2017, o belga vai querer adicionar esta prova ao seu palmarés. Avermaet é um ciclista que raramente tem baixas de rendimento durante a temporada e andou muito bem no BinckBank Tour. Com o final em ligeira subida tem opções em vários cenários.
Outro ciclista que adora este percurso é Michael Matthews, 2º em 2015, 5º em 2016 e 3º em 2017. O ciclista da Team Sunweb pretende fazer um final de temporada em grande visto que falhou o seu grande objectivo, o Tour. Matthews foi recentemente vencedor da etapa rainha do BinckBank Tour, finalizando em 2º na classificação geral. Na Bretagne Classic esteve ao ataque, algo que poderá repetir aqui. A equipa da Sunweb é forte, com Nikias Arndt, Soren Kragh Andersen e Sam Oomen, perfeita para estes percursos.
Outsiders
Tendo em conta uma corrida mais atacada e acelerada que o habitual, Oliver Naesen é uma opção muito válida. Acabou em alta o BinckBank Tour, venceu a Bretagne Classic e não tem medo de atacar, tendo uma boa ponta final à mistura. Dentro da Ag2r, e dado este tipo de percurso, será mesmo a única grande opção da equipa.
Sonny Colbrelli é um nome muito a ter em conta caso um grupo maior chegue. É um ciclista que a sprintar em ligeiras inclinações é muito potente e ia batendo Sagan no Tour num final desses. Não precisa de partir para o ataque, pois tem Matej Mohoric, Enrico Gasparotto e Domenico Pozzovivo na equipa, que podem seguir as movimentações.
Michael Valgren é um daqueles corredores com um instinto matador para as clássicas e para as grandes ocasiões. No BinckBank Tour teve um azar incrível que não lhe permitiu obter resultados enormes, provou que a condição física está lá na Bretagne Classic. Tem de atacar de longe se quiser ganhar.
Possíveis surpresas
Enrico Battaglin é um ciclista de objectivos muito específicos, alguém que tem na sua grande especialidade o sprint em subida. Na etapa da Volta a Polónia para as suas características foi 3º. Diego Ulissi tem tido uma época mais discreta que o habitual, mas gosta do Canadá, já foi 11º em 2017, 7º em 2016, 6º em 2012 e 5º em 2015 neste percurso. Rui Costa também está no alinhamento da Team UAE Emirates, o português pareceu estar a melhorar com o seu resultado na Bretagne Classic. Muito cuidado com Matej Mohoric, parece que em tudo o que o esloveno toca torna-se em ouro, vencedor do BinckBank Tour e da Volta a Alemanha. Tom Jelte Slagter é um nome algo inesperado, mas obtém sempre bons resultados aqui. A Quick-Step Floors vem com uma equipa mais fraca que o habitual, com Zdenek Stybar, outro especialista em clássicas, como melhor opção. Daryl Impey será o líder da Mitchelton-Scott, Tim Wellens o da Lotto-Soudal e Nathan Haas é o capitão da Katusha-Alpecin. Cuidado ainda com Arthur Vichot e Anthony Roux da FDJ, Jasper Stuyven e Soren Kragh Andersen.
Super-Jokers
Os nossos Super-Jokers são Sep Vanmarcke e Enrico Gasparotto.
Tips do dia
Sonny Colbrelli melhor que Magnus Cort -> odd 1,445