NICE, FRANCE - MARCH 17: Podium / Nairo Quintana of Colombia and Movistar Team / Egan Arley Bernal of Colombia and Team Sky Yellow Leader Jersey / Michal Kwiatkowski of Poland and Team Sky Green Points Jersey / Celebration / during the 77th Paris - Nice 2019, Stage 8 a 110km stage from Nice to Nice / PN / @ParisNice / on March 17, 2019 in Nice, France. (Photo by Justin Setterfield/Getty Images)

A “Corrida para Sol” vai para a estrada! Uma prova marcada pela incerteza e com um pelotão não tão composto mas onde muitas figuras importantes estarão presentes.

 

Percurso

Como tem acontecido nos últimos anos, as primeiras etapas não são lineares, a com toda a situação podem ser mesmo decisivas. O traçado é ondulado, autêntico rompe pernas e é muito interessante haver 2 sprints intermédios nos 30 kms finais, ambos no topo de pequenas colinas.



Depois a etapa tem tudo para se decidir no Cote de Neauphle-le-Chateau, apenas a 4500 metros da meta, tem 1,5 kms a 6,5% e uma fase em paralelo, o quilómetro final tem 7,5%. É a plataforma ideal para ataques de ciclistas ofensivos, depois é sempre a descer até à meta.

Este sim será dia para os puros sprinters, ficarão certamente contentes ao ver estes 167 kms com apenas 3 contagens de 3ª categoria para ultrapassar. O final é muito rápido, em ligeira descida.

Jornada curiosa, onde vários tipos de ciclistas estarão à espreita de um bom resultado. Algumas colinas pelo caminho, mas deverá ser o final a decidir tudo. Os últimos 2000 metros são em ligeira subida, sensivelmente 2%. Corredores como Caleb Ewan estão autenticamente na praia e com uma cruz neste dia.

A saga dos sprinters e puncheurs é interrompida por um contra-relógio de 15 kms que, por sinal, é bem complicado. Longe de ser totalmente plano, tem 2 subidas. Primeiro 1000 metros a 5,4%, e depois 1700 metros a 6,2%. Só dará para colocar um ritmo mais certo nos últimos 4 kms.





Os sprinters terão de suar muito se ainda querem ter esta oportunidade. É que são 227 kms e quase 3000 metros de acumulado num carrossel constante, com 4 contagens de 3ª categoria pelo meio, mas muitas subidas não categorizadas. Novamente há um sprint dentro dos 20 kms finais e os últimos 15 kms da jornada serão mesmo os mais acessíveis.

Começa aqui a montanha mais a sério e há espaço para ataques de longe. De muito longe mesmo, há 2 contagens de 2ª categoria (5 kms a 4,8% e 10,3 kms a 4,3%) logo de início. A tirada pode começar a tomar outro rumo a 40 kms para o final. Primeiro 5,2 kms a 5,3% e depois 2,2 kms a 6,1% têm tudo para reduzir o pelotão. A última montanha de 2ª categoria está a 13 kms da meta e tem 4,7 kms a 5,6%, não é extremamente dura, mas depende muito como se correr no resto da etapa.

De seguida desce-se para Apt e há uma colina de 1 kms a 8,2%, com um sprint intermédio no topo a 3 kms do risco de meta, até ao centro da cidade é sempre a descer até aos 500 metros finais.

 

 

Vamos à alta montanha e com uma tradicional chegada em alto. A jornada não é complicada de controlar e tudo se deve decidir mesmo no Col Saint Martin, com 16500 metros a 6,1%. É uma subida para puros trepadores na extensão (vai demorar mais de 30 minutos), mas não nas pendentes, nenhum quilómetro passa dos 7,1%. A fase final é a mais dura, com 5 kms seguidos entre os 6,2% e os 7,1% e é aí que se devem fazer as diferenças.

O dia do tudo por tudo, se a corrida chegar até aqui. Se querem recuperar tempo as diferenças vão ter de ser feitas como a 60 kms do final, no Col de la Porte, o único com extensão para tal, com os seus 13 kms a 4,7%. Volta a surgir oportunidade para tal no Cote de Chateaneuf, visto que tem 6,7 kms a 6,4%, e é a última real montanha, mas está a 30 kms da meta e o terreno a parte daí até é acessível para o final em Nice.

 

Táticas

Um traçado com menos dureza que o habitual, especialmente na última etapa. Apenas a 1ª e a 6ª etapa nos parecem realmente interessantes, faltando outra jornada de média montanha. Ainda assim este Paris-Nice tem potencial para ser jogado logo de início devido à situação do COVID-19. É que a qualquer momento a corrida pode ser cancelada, ficando o pelotão de quarentena e aí valem para a geral os resultados que estiverem na altura, tal como no UAE Tour. Posicionamento e cortes podem ser ainda mais importantes que o normal, bem como os sprints intermédios.

Uma prova onde o vento tem marcado presença nos últimos anos, deitando por terra as aspirações de alguns ciclistas. Espera-se que este ano volte a aparecer nos primeiros dias, o que deixará os ciclistas nervosos. O pelotão é mais curto que o habitual, no entanto todo o cuidado é pouco.

 

Favoritos

2020 tem sido um ano em cheio para Nairo Quintana. O colombiano tem realizado exibições impressionantes, somando por triunfos as duas provas já disputadas, tendo ganho etapas em ambas. O primeiro real teste ao ciclista da Arkea-Samsic surge a partir de amanhã. A subir está muito forte, veremos como se aguenta nos dias de ventos e como se defende no contra-relógio. Warren Barguil, Winner Anacona e Diego Rosa serão peças fundamentais. Não esquecer que Quintana já derrotou muitos destes ciclistas este ano.



Vincenzo Nibali não ter por hábito começar bem as temporadas no entanto este ano está a ser diferente. Muito ofensivo na Volta ao Algarve e nas clássicas francesas, o Tubarão de Messina iria participar no Tirreno-Adriático mas o seu cancelamento levou-o a mudar o seu calendário. As subidas francesas, longas e constantes, são ideais para si, ele que se defende muito bem no contra-relógio.

 

Outsiders

Sergio Higuita está a ter um início de ano incrível, tendo sido campeão nacional colombiano e vencedor do Tour of Colombia 2.1. A sua evolução no último ano tem sido impressionante e é de esperar mais e melhor. O ciclista da EF Pro Cycling tem capacidade para seguir os melhores na montanha mas é nas etapas que não terminam em alto que pode levar a melhor, pois com a sua ponta final pode somar importantes bonificações. O contra-relógio e, possivelmente, o vento, podem prejudicá-lo.

Longe de ser um trepador, Dylan Teuns pode sonhar com a vitória final. Não será fácil para o belga, principalmente devido à chegada a La Colmiane, uma subida longa e talvez dura para as suas características. A forma é excelente, basta ver os resultados conseguidos nas provas espanholas. Será dos mais fortes no contra-relógio e no vento também poderá ganhar tempo. Não esquecer a sua boa ponta final, para tentar as bonificações.



Thibaut Pinot ainda está longe da sua melhor forma e o próprio já o admitiu após não ter conseguido estar entre os melhores quer em La Provence que em Haut Var. Duas semanas já se passaram, pelo que a condição física deve ter melhorado. Dos melhores do mundo quando a estrada inclina, tem no contra-relógio e no vento os calcanhares de Aquiles. Por isso, esta prova é um teste importante para Pinot e uma vitória pode dar muita confiança.

 

Possíveis surpresas

A Bahrain-Merida quase que repetia a fórmula das provas espanholas no entanto Mikel Landa está ausente por lesão. Mesmo assim, Pello Bilbao é outra carta importante para a formação árabe. Trepador competente, excelente no contra-relógio e com boa ponta final, tem tudo o que é necessário para um bom resultado. Tanel Kangert mostrou-se muito forte nas clássicas francesas e esperamos que o estónio ande muito bem. Corredor muito completo e regular, não costuma falhar quando tem oportunidades. Veremos se trabalhará para Higuita ou poderá fazer a sua corrida. Julian Alaphilippe tem andado discreto, mas de um momento para o outro o génio francês pode aparecer. Uma prova feita à sua medida, não muito dura e onde apenas a chegada em alto pode fazer moça. Se estiver melhor que nas últimas provas é um perigo. Maximilian Schachmann voltou a abrir a temporada a todo o gás e o polivalente alemão é uma séria ameaça, principalmente se existirem cortes devido o vento. A chegada em alto estará muito no limite e aí, perderá algum tempo. Tiesj Benoot apareceu bem no fim-de-semana de abertura de clássicas e um bom resultado aqui não é de descartar, acontecendo o mesmo com Romain Bardet, que tem no Giro um grande objetivo e começa a apurar a sua forma, após se ter começado a mostrar no último mês. Tem etapas perfeitas para si, mas a chegada a La Colmiane é dura. Por fim, olho em Guillaume Martin, Patrick Konrad e Pierre Latour para terminarem no top 10.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Tejay van Garderen e Ben O’Connor.



 

Tips do dia

Para a classificação geral: Sergio Higuita melhor que Richie Porte -> odd 1,57 (stake 2)

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Link de acesso ao canal de apostas: https://t.me/joinchat/AAAAAEPNkd3AtPPJiZ6gUQ

 

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