Viseu volta a receber a Volta a Portugal, desta vez com o prólogo de abertura. As primeiras curtas diferenças serão feitas, resta saber quem sairá da cidade de Viriato com a camisola amarela.
Percurso
Desta vez é Viseu a receber a partida da Volta a Portugal e como já é habitual temos um prólogo para começar. Como só podia ser o curto esforço de 6 quilómetros tem início e fim da Avenida Europa, onde normalmente as etapas terminam nesta cidade. Não há muito a dizer sobre o prólogo, é para ciclistas explosivos e a meio há 2 kms a 2%, no entanto engane-se quem pensar que é falso plano pois existem algumas rampas duras que levam os ciclistas até ao centro histórico da cidade de Viriato. O miolo do percurso é feito num empedrado, por vezes, irregular, característico destas regiões de Portugal.
Favoritos
Jimmy Engoulvent e Gaeten Bille são antigos vencedores de prólogos em Viseu o que demonstra que é necessário ser um ciclista explosivo para ganhar neste tipo de percurso. A técnica também será importante pois a passagem pelo centro histórico nunca é fácil.
Domingos Gonçalves tem todas as características para andar bem amanhã. Muito explosivo, um posso de força, o ciclista natural de Roriz parte como um dos grandes candidatos, ele que já esteve perto de ganhar prólogos na Volta, 2017 e 2018 fez 2º e 5º, respetivamente. A Caja Rural vem com o objetivo de ganhar etapas e tem já aqui a primeira oportunidade.
Vencedor do prólogo do Troféu Joaquim Agostinho, Gustavo Veloso parte como um dos candidatos. A idade pode já pesar, no entanto o galego ainda é dos melhores no contra-relógio individual em Portugal e, por várias vezes, já triunfou na Volta a Portugal. É o último ciclista a partir, pelo que terá referência de todos os seus adversários.
Outsiders
A W52/FC Porto tem várias alternativas e Daniel Mestre é uma delas. Sendo um sprinter, o alentejano é um corredor muito explosivo, o que faz com que este seja uma etapa perfeita para si. Anda sempre bem na Volta a Portugal e já esteve perto de vencer vários prólogos.
Não seria de estranhar ver Joni Brandão a vencer o prólogo. É verdade que não é um especialista, no entanto costuma defender-se muito bem neste tipo de esforços, é relativamente explosivo, e este ano tem estado intocável. Num dia perfeito, pode começar a Volta da melhor maneira.
Gian Friesecke pode ser o maior rival das equipas nacionais. O suíço é relativamente desconhecido no entanto ao longo da sua ainda curta carreira apresenta bons resultados em esforços curtos, alguns deles realizados em Portugal. Tem feito uma temporada positiva e vem com algum ritmo.
Possíveis surpresas
Nikolay Mihaylov é um corredor muito experiente, especialista em contra-relógio e com excelente resultados na especialidade. Vem em boa forma e foi 3º no recente prólogo do Troféu Joaquim Agostinho. Vicente Garcia de Mateos é sempre um ciclista a ter em atenção. Cada vez mais completo, o espanhol está cada vez melhor no contra-relógio, como se comprovou no ano passado. A sua experiência de pista pode ser essencial. O resultado obtido no Troféu Joaquim Agostinho pode dar muita motivação ao algarvio Samuel Caldeira de conseguir um excelente resultado, com Ricardo Mestre a ser outra alternativa na W52/FC Porto. Alejandro Marque e Sérgio Paulinho podem estar na luta mas já lhes falta alguma explosão em percursos tão curtos. As equipas estrangeiras vão apostar muito nesta etapa e podem muito bem ganhá-la. Alexander Catarford é um candidato sério, ciclista com bons resultados quando corria no circuito UCI America. Walter Vargas, Thibault Guernalec e Mario Gonzalez são outras alternativas.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são António Carvalho e Maxime Daniel.