Está na hora da Volta a Portugal! A partida deste ano é dada em Lisboa, num curto prólogo onde as primeiras diferenças serão feitas.

 

Percurso

A Volta a Portugal 2021 dá os seus primeiros passos em Lisboa, com um prólogo de 5,4 kms talhado para bons especialistas no contra-relógio e ciclistas explosivos. O traçado é bastante simples, partida na Praça do Império, uma longa recta quase até ao Viaduto de Alcântara e 180º graus para voltar à Praça do Império, perfazendo os 5400 metros.



 

Favoritos

Em termos comparativos, o prólogo do ano passado em Fafe, ganho por Gustavo Veloso, foi bem diferente, mais ondulado e técnico. Em 2019 foi relativamente parecido, aí o triunfo foi para Samuel Caldeira, sendo que em 2018 foi um sprint em Setúbal. Em 2017 tivemos este mesmo percurso, venceu Damien Gaudin diante de Domingos Gonçalves e Alejandro Marque.

Rafael Reis é um dos melhores contra-relogistas portugueses da actualidade e dos últimos anos e este é certamente um grande objectivo para ele. Integrado numa estrutura que está a passar um grande momento, a Efapel, fez 3 contra-relógios este ano tendo estado sempre no pódio. É bom em prólogos, tem alguma explosão e vem de ser 2º no Abimota e 3º na Volta ao Alentejo.



Mathias Norsgaard irá gostar certamente deste traçado. O corredor da Movistar tem excelentes bases de contra-relógio, foi campeão nacional sub-23, medalhado nos Mundiais sub-23, vencedor do Chrono des Nations sub-23. É claramente um especialista, ao ter 2,02 metros tem potência para dar e vender. A Movistar tem equipamento de contra-relógio de topo e pode dar uso disso mesmo em Lisboa.

 

Outsiders

Geralmente os prólogos têm 1 ou 2 ciclistas de equipas estrangeiras a intrometerem-se na luta, o nosso conselho é estarem atentos a Joel Suter. Os suíços têm uma excelente escola de contra-relogistas e Suter não é nada mau. Explosivo, com bons resultados ocasionais em prólogos, já foi vice-campeão nacional sub-23 aos 20 anos.

Na última vez que a Volta a Portugal começou em Lisboa o melhor elemento dos que está aqui presente foi Alejandro Marque, tendo sido 3º há 4 anos. O espanhol gostaria de um traçado mais longo, mas ainda assim não pode ser descartado da luta pela sua consistência no contra-relógio e pelo facto da posição aerodinâmica contar muito neste percurso.



Daniel Mestre é um corredor que tem obtido resultados cada vez melhores neste tipo de esforço. Será uma corrida a rondar os 6 minutos e meio, o que ainda beneficia um bom sprinter como ele. Foi 3º no ano passado em Fafe e impressionou nos contra-relógios este ano na Volta ao Alentejo e na Volta ao Algarve.

 

Possíveis surpresas

Samuel Caldeira sabe bem o que é ganhar um prólogo na Volta a Portugal e vai tentar fazê-lo novamente, numa rara oportunidade que terá de brilhar ao longo desta “Grandíssima”. O ciclista da W52-FC Porto é explosivo, muito poderoso e possante, bom para o percurso rolante. Gustavo Veloso gostaria, tal como Alejandro Marque, de mais alguns quilómetros para colocar toda a sua potência em acção. Ainda assim tem um registo brilhante em prólogos e contra-relógios na Volta a Portugal e não pode ser descartado. O normal é que alguns ciclistas da geral se imiscuem no top 10, tais como João Rodrigues, Joni Brandão ou António Carvalho. Mauricio Moreira pode surpreender, o uruguaio está em grande forma, a voar e cheio de confiança, já ganhou 1 contra-relógio este ano (apesar de bem diferente). Entre as equipas estrangeiras temos o olho em alguns ciclistas, nomeadamente no poderoso Tom Wirtgen, no alemão Juri Hollmann (parece estar a melhorar, tem bons resultados no contra-relógio como sub-23 e até já foi 12º nos Europeus de elites) e no norte-americano Gavin Mannion, sempre precavendo-nos de alguma surpresa de um britânico da Swift Carbon pela escola de pista que têm. Ciclistas como Tiago Machado, Daniel Freitas ou Ricardo Mestre podem andar perto do top 10.



 

Super-Jokers

Os nossos Super-Jokers são: Aleksandr Grigorev e Alastair MacKellar.

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